O MAIS IRRITANTE NO CASAMENTO.P/08
O poder do amor
É bem provável que sua vontade de mudar o cônjuge esteja relacionada a um desejo de suprir alguma necessidade em sua vida. Os seres humanos são egocêntricos por natureza. Acreditamos ser o centro do universo. Grande parte de nossos comportamentos é motivada pela busca de suprir as próprias necessidades. Robert desejava que Sheila fosse mais organizada para ela não precisar perder tanto tempo procurando as coisas, mas admitiu que se sentia também motivado a não ter de perder seu tempo ajudando-a. Queria que ela se interessasse mais por sexo, porque as necessidades dele não estavam sendo supridas. Desejava que ela gastasse menos dinheiro para ele se sentir mais adequado como provedor e para poderem ficar dentro do orçamento. No entanto, Sheila desejava receber palavras de afirmação de Robert para fortalecer sua auto-estima. As palavras de condenação do marido tinham um impacto profundo em seu auto-respeito. É natural e saudável preocupar-se com o próprio bem-estar. Na verdade, se não nos alimentássemos, não dormíssemos nem nos exercitássemos corretamente, não poderíamos viver. Temos a responsabilidade de encontrar maneiras de prover nossas necessidades físicas e emocionais. Ao mesmo tempo, fomos criados para nos relacionar. Aqueles que vivem isolados em sua concha nunca desenvolvem plenamente seu potencial na sociedade. Os relacionamentos nos chamam a sair da concha. No entanto, não teremos bons relacionamentos se buscarmos apenas suprir as próprias necessidades. Os relacionamentos bem-sucedidos requerem interesse no bem-estar do outro. Pegamos o desejo natural de suprir nossas necessidades e o voltamos para fora, para o outro, nos esforçando da mesma forma para suprir as necessidades dele. A palavra usada para descrever essa atitude centrada no outro é amor. Nesse sentido, é verdade que "o amor faz o mundo girar” Sem amor, a sociedade não teria como continuar. Na relação do casamento, não há nada mais importante do que o amor. Onde há amor, as mudanças são inevitáveis. Sem amor, as mudanças positivas são muito raras. Pense na fase em que você e seu cônjuge estavam "apaixonados". Vocês não estavam dispostos a fazer qualquer coisa por amor escalar a mais alta montanha, nadar no mais profundo mar, parar de fumar, aprender a dançar? Qualquer desejo que o outro expressasse, você estava disposto a tentar. Por que essa abertura tão grande para mudanças? Talvez porque sua necessidade emocional de ser amado estava sendo plenamente suprida. Não há dúvidas: o amor gera amor. Porém, com o passar do tempo, a obsessão emocional mútua deu lugar à natureza egocêntrica de cada um. Você e seu cônjuge começaram a se concentrar em suprir as próprias necessidades. Por ironia, essa mudança de foco resulta em insatisfação de ambas as partes. A vida egocêntrica é caracterizada por decepção e mágoa, que produzem raiva, ressentimento e amargura. Essa é a situação de milhares de casais. Para mudar esse quadro, é preciso voltar ao amor não ao estado eufórico dos apaixonados, mas à escolha consciente de buscar os interesses do outro. O amor exige uma mudança fundamental de perspectiva. Contraria nossa tendência natural egoísta, mas é o instrumento mais poderoso para fazer o bem. O amor muda radicalmente o clima de um casamento. A atitude de amor precisa de estruturas comportamentais pelas quais possa ser expresso. Em meu casamento, essas estruturas formaram-se quando comecei a fazer as seguintes perguntas a minha esposa: Em que posso ajudar você? O que posso fazer para facilitar sua vida? Como posso tornar-me um marido melhor? Quando me dispus a fazer essas perguntas e usar as respostas de para descobrir como deveria expressar meu amor por ela, nosso casamento renasceu.
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.
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