pensamentos e desejos. Temos a habilidade de tomar decisões e de
agir. Usar ou manipular outras pessoas não é um ato de amor, mas de traição.
Você induz a quem manipula a desenvolver hábitos desumanos. O amor diz: “Pelo
fato de eu amá-lo muito, não vou permitir que me trate desse jeito. Não é bom
para você nem para mim”.
Superando os Estereótipos
O aprendizado da linguagem do amor “Formas de Ser-vir” implica que
examinemos nossos estereótipos dos papéis de esposo e esposa. Markos fazia o
que a maioria de nós, maridos, realiza normalmente. Seguia o modelo dos papéis
assumidos pelos pais. Porém, nem isso ele realizava direito. Seu pai lavava o
carro e cortava a grama. Markos não fazia nada disso, mas essa era a imagem
mental que ele tinha a respeito do que um marido deveria realizar. Não resta a
menor dúvida de que ele não se via limpando a casa nem trocando as fraldas do
bebê. Ainda bem que ele teve boa vontade em quebrar seu estereótipo ao perceber
como essas coisas eram importantes para Maria. Isso será necessário para todos
nós se a primeira linguagem do amor de nossos cônjuges solicitar algo que
pareça inadequado a nosso papel. Devido às mudanças sociológicas dos últimos
trinta anos, não há mais um estereótipo comum dos papéis do esposo e da esposa
na sociedade moderna. Isso não significa, contudo, que todos os estereótipos
tenham desaparecido, mas que o número deles multiplicou. Antes da era da
televisão, a imagem que as pessoas tinham de um esposo e de uma esposa e de
como deveria ser esse relacionamento, era primeiramente influenciada pelos
próprios pais. Com a invasão da televisão e com a proliferação da separação dos
casais, o modelo desses papéis tornou-se grandemente influenciado por forças de
fora do lar. Sejam quais forem suas percepções a respeito, é muito provável que
seu cônjuge possua expectativas diferentes a respeito dos papéis conjugais. E
necessário “vontade política” para examinar e mudar estereótipos, e assim
expressar amor de forma mais efetiva. Lembre-se, não há recompensas para se
manter esses estereótipos; por outro lado, há benefícios tremendos em atender
às necessidades emocionais de seu cônjuge. Bem recentemente, uma esposa me
disse: Pastor, vou mandar todos meus amigos assistirem a seu seminário! E eu,
então, lhe perguntei: Por que você fará isso? Porque meu casamento mudou
radicalmente. Antes do seminário, Bernardo nunca me ajudava em nada. Nós dois
começamos nossas carreiras após a faculdade, mas sempre coube a eu fazer tudo
em casa. Era como se nunca tivesse passado pela cabeça dele realizar alguma
coisa. Depois do seminário ele começou a me perguntar de que forma poderia me
ajudar. Eu fiquei maravilhada! No início, nem acreditava que fosse verdade, mas
essa postura tem persistido já por três semanas. Ela suspirou profundamente e
continuou: Tenho de admitir que houve situações cômicas, no percurso destas
três semanas, porque ele não sabia fazer nada! A primeira vez em que colocou a
roupa para lavar, ao invés de usar o detergente diluído, colocou o alvejante.
Nossas toalhas azuis ganharam “lindas” bolas brancas. Depois, chegou a hora de
ele utilizar pela primeira vez nosso triturador de lixo. Pareceu estranho
quando começou a sair espuma de sabão na pia ao lado. Nós paramos o processo, e
depois de desligar a máquina coloquei minha mão na abertura do aparelho. Tirei
dali um quarto de um pedaço de sabão em barra que antes daquela aventura estava
inteirinho. Mas ele me amava de acordo com a minha linguagem e meu “tanque do
amor” enchia-se gradativamente! Agora ele já sabe fazer de tudo em casa e
ajuda-me muito. Temos, também, bons momentos juntos porque não preciso
trabalhar o tempo todo. E, “pode crer”, também aprendi a linguagem dele e
mantenho seu “tanque” cheio. Foi assim tão simples? Simples? Sim. Fácil? Não.
Bernardo teve de trabalhar duro para quebrar o estereótipo com o qual convivera
durante trinta e cinco anos.
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.
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