Antes de deixarmos para trás Markos e Maria, gostaria de fazer
três observações. Primeira, eles ilustram claramente que o que fazemos um para
o outro antes do casamento, não é garantia de que continuaremos a fazê-lo
depois de casados. Antes do matrimônio somos levados pela força da paixão. Após
o casamento, voltamos a ser as pessoas que éramos antes de nos apaixonarmos.
Nossas ações são influenciadas pelo modelo de nossos pais, nossa própria
personalidade, nossa percepção do amor, nossas emoções, necessidades e nossos
desejos. Apenas uma coisa é certa sobre nosso comportamento: não será o mesmo
da época em que estávamos apaixonados. E isso me leva à segunda verdade
ilustrada por Markos e Maria. Amor é uma decisão, e não pode ser coagido.
Markos e Maria criticavam o comportamento um do outro e não chegavam a lugar
algum. A partir do ponto em que decidiram fazer pedidos um ao outro, e não
cobranças, o casamento tomou outro rumo. Críticas e cobranças não levam a lugar
algum. O excesso de observações pode levar um cônjuge a concordar com o outro. Ele
(ela) pode fazer as coisas do modo dela (dele) mas, muito provavelmente, aquela
não será uma expressão de amor. Você pode dar outra direção ao amor através de
pedidos: Eu gostaria muito que lavasse o carro, trocasse a fralda do bebê,
cortasse a grama; porém, não há como colocarmos em alguém a vontade para tal.
Cada um de nós decide diariamente amar ou não nossos cônjuges. Se escolhermos
gostar dele, então a expressão desse amor da forma que seu cônjuge solicita,
torná-lo-á mais efetivo em termos emocionais. Há uma terceira verdade, que
somente é ouvida pelos amantes mais maduros. As críticas de meu cônjuge sobre
meu comportamento, fornecem-me dicas “quentes” a respeito de sua primeira
linguagem do amor. As pessoas tendem a criticar mais seus cônjuges na área em
que eles mesmos têm suas mais profundas necessidades emocionais.
A observação que fazem é uma forma inútil de suplicar amor. Se
conseguirmos entender essa característica, tornaremos estas críticas mais
produtivas. Uma esposa poderá dizer a seu marido, após ser observada por ele:
“Parece-me que isso é algo muito importante para você. Poderia explicar por que
considera (tal coisa) tão crucial?” Críticas exigem explicações. Uma conversa
poderá transformar a crítica mais em pedido do que em cobrança. A constante
reprovação de Maria à caça de Markos não significava que ela odiava aquele
esporte. Ela culpava isso por deixá-lo impossibilitado de lavar o carro,
aspirar o pó e cortar a grama. Quando ele aprendeu a suprir sua necessidade de
amor ao falar sua linguagem emocional, ela se libertou para também apoiá-lo em
seu esporte favorito.
Capacho ou Amante?
“Eu o sirvo há vinte anos. Isso inclui todas as modali-dades de
serviço. Sou seu capacho porque ele simplesmente me ignora, maltrata-me e
humilha-me na frente dos amigos e da família. Não o odeio. Não lhe desejo mal,
mas estou profundamente magoada e não quero mais viver com ele”. Essa esposa
utilizou “Formas de Servir” durante vinte anos, mas sem expressão de amor. Seus
atos demonstravam medo, culpa e ressentimento.
Devido às mudanças sociológicas
dos últimos trinta anos,
não há mais um estereótipo
do papel do esposo e nem da esposa,
na sociedade moderna.
Um capacho é um objeto inanimado. Você pode limpar seus pés nele,
chutá-lo, colocá-lo de lado, ou fazer qualquer outra coisa que deseje. Ele não
tem vontade própria. Pode servir a seu dono, mas não amá-lo. Quando nós,
homens, tratamos nossas esposas como objetos, excluímos a possibilidade de
receber amor. Manipulação que utiliza a culpa (“Se você for realmente uma boa
esposa, fará isso para mim”), não é uma linguagem do amor. Coação pelo medo
(“Acho melhor você fazer isso para mim, senão se arrependerá”) também não tem
nada a ver com o amor. Ninguém deve ser capacho. Podemos ser usados, mas somos
criaturas que possuem emoções,
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.
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