terça-feira, 7 de agosto de 2012

AS LÍNGUAGENS DO AMOR-P/33



                                            AS LÍNGUAGENS DO AMOR-P/33        


Markos interrompeu-me e disse: É isso mesmo, Pastor, ela está certa. Tenho realmente feito muitas cobranças e críticas a Maria porque estou desapontado com ela como esposa. Disse mesmo algumas coisas muito cruéis, que devem ter feito com que ela ficasse muito magoada comigo. Olhando para ambos, disse-lhes: Acredito que as coisas agora podem ser consertadas. Tirei um bloco de papel do meu bolso e destaquei duas folhas: Vamos tentar uma coisa. Quero que cada um de vocês se sente nos degraus da igreja e faça uma lista de pedidos. Markos, gostaria que preparasse uma relação de três ou quatro coisas que, se Maria resolvesse fazê-las, levariam você a se sentir amado quando chegasse à casa no final do dia. Se ter as camas arrumadas é muito importante, então coloque isso no papel. Virei-me para Maria e disse-lhe o mesmo: Maria, quero que você faça uma lista de três ou quatro coisas com as quais realmente gostaria que Markos a ajudasse, atitudes que, se ele as praticasse, ajudariam você a acreditar que ele a ama. (Aprecio muito as listas. Elas nos forçam a pensar de forma concreta). Após cinco ou seis minutos, eles me entregaram suas listas. A de Markos ficou assim:
1.  Arrumar as camas diariamente;
2.  Lavar o rosto do bebê quando eu estiver para chegar em casa;
3.  Colocar seus sapatos na sapateira antes que eu chegue em casa.
4.  Tentar, pelo menos, começar o jantar antes de eu chegar, de forma que possamos nos alimentar 30 a 45 minutos após a minha chegada. Li a lista de Markos em voz alta e disse: Posso entender que, se Maria decidir fazer estas quatro coisas, você as verá como formas dela demonstrar amor por você? Ele respondeu: É isso mesmo! Se ela fizer estas quatro coisas, isso certamente cooperará muito para que eu mude minha atitude para com ela. Em seguida, li a lista de Maria:
1.  Gostaria que ele lavasse o carro uma vez por semana e não esperasse isso de mim.
2.  Gostaria que ele trocasse a fralda do bebê quando chegasse em casa, especialmente quando estou atarefada na cozinha no preparo do jantar.
3.  Gostaria que ele passasse o aspirador na casa para mim, pelo menos uma vez por semana.
4.  Gostaria que, no verão, ele cortasse a grama todas as semanas a fim de não deixar que ela crescesse tanto, a ponto de eu ter vergonha do nosso jardim. Eu então disse: Maria, entendo o que você deseja. Se Markos decidir fazer essas quatro coisas, você as receberá como formas genuínas de expressões de amor? É isso mesmo. Seria maravilhoso se ele fizesse essas coisas para mim. Essa lista parece razoável para você, Markos? perguntei-lhe. Você poderia fazê-las, se assim decidisse? Sim, ele disse. Maria, você acha os itens da lista de Markos razoáveis? Você poderia realizá-las, se assim decidisse? Sim, eu posso fazer essas coisas. Mas eu me sinto frustrada porque não importa o quanto eu faça, pois nunca é suficiente. Markos, você entende que proponho uma mudança do modelo de casamento que você tem? Sabe de uma coisa, meu pai corta a grama e também lava o carro! acrescentou ele. Mas pelo jeito ele nunca passou o aspirador na casa nem trocou fralda de nenhum dos filhos, estou certo? Está! Você não é obrigado a fazê-las. Quero deixar isso bem claro; porém, se as realizar, serão comunicadas como expressões de amor a Maria.
Aquilo que fazemos um para o
outro antes do casamento,
não garante que continuaremos
a realizá-lo depois de casados.
E para Maria, eu disse: Você também precisa entender que não é obrigada a fazer as coisas da lista, mas, se decidir realizá-las, estas serão quatro formas que realmente terão significado para ele. Virando-me então para ambos, disse: Gostaria de sugerir que vocês tentassem esse novo procedimento por dois meses e então avaliassem se os ajudou ou não. Ao final deste período, talvez queiram acrescentar novos itens às suas listas e partilhá-las um com o outro. Eu, no entanto, recomendaria que não houvesse o acréscimo de mais de um item por mês. Isso faz sentido Maria replicou. Acho que você nos deu uma grande ajuda acrescentou Markos. Virando as costas, ambos saíram de mãos dadas e caminharam em direção ao carro. Ao ficar sozinho novamente, comecei a caminhar e disse em alta voz: “Acho que a igreja é para isso. Creio que vou gostar de trabalhar com aconselhamento!” E nunca mais esqueci o enfoque obtido embaixo daquela árvore. Após anos de pesquisa, percebi que a situação de Markos e Maria foi muito especial para mim. Raramente encontramos um casal onde ambos possuam a mesma linguagem do amor. Tanto para Markos como para Maria, “Formas de Servir” era sua primeira linguagem do amor. Centenas de pessoas identificam-se com uma ou outra e reconhecem que a principal forma através da qual sentem-se amadas por seus cônjuges, é através de “Formas de Servir”. Guardar os sapatos, trocar as fraldas do bebê, lavar louça ou o carro, aspirar o pó ou cortar a grama falam muito alto para aqueles cuja primeira linguagem do amor é “Formas de Servir”. Você talvez indague: “Mas se Markos e Maria tinham a mesma linguagem do amor, por que possuíam tantos problemas?” A resposta está no fato de que eles falavam dialetos diferentes. Eles faziam coisas um para o outro, mas não as que consideravam as mais importantes. Quando forçados a pensar de forma concreta, facilmente identificavam seus dialetos. Para Maria, era lavar o carro, trocar a fralda do bebê, aspirar o pó e cortar a grama, ao passo que para Markos era arrumar as camas, lavar o rosto do bebê, guardar os sapatos na sapateira e já ter o jantar começado ao chegar em casa. Quando começaram a falar os dialetos certos, os “tanques do amor” de ambos começaram a encher. Desde que a primeira linguagem do amor de ambos era “Formas de Servir”, aprender o dialeto específico de cada um foi relativamente fácil para eles.
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.

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