A conversa terminou. Patricia sentiu-se totalmente abandonada e
sozinha, mas na semana seguinte ela marcou uma consulta com um conselheiro
conjugal. Após três semanas aquele psicólogo entrou em contato com Pedro e
perguntou se ele poderia conversar com ele sobre suas perspectivas a respeito
do casamento. Pedro concordou e o processo de cura começou. Seis meses depois
eles deixavam o consultório do conselheiro com o casamento renovado. Eu, então,
perguntei a Pedro e Patricia: O que foi que vocês aprenderam no aconselhamento
que favoreceu essa virada em seu casamento? Pedro então respondeu: Em resumo,
Pastor, aprendemos a falar a primeira linguagem do amor um do outro. O
conselheiro não usou esse vocabulário, mas quando o senhor falou hoje em seu
seminário, as luzes se acenderam. Minha mente voltou à época de nosso
aconselhamento e percebi que foi exatamente isso que aconteceu conosco. Nós
finalmente aprendemos a falar a linguagem do amor um do outro. Eu então
perguntei: E qual é sua linguagem do amor, Pedro? “Toque Físico” ele respondeu
sem titubear. Sem a menor sombra de dúvida! Acrescentou Patricia. Voltei-me
então para ela: E qual a sua linguagem do amor, Patricia? “Qualidade de Tempo”,
Pastor. Era isso que eu pedia quando ele gastava todo aquele tempo com o
trabalho e o computador. Como você descobriu que o “Toque Físico” era a
linguagem do amor de Pedro? Levou um tempo. Pouco a pouco, essa característica
começou a surgir durante as sessões de aconselhamento. No começo, acho que
Pedro nem se apercebeu. Pedro então completou: É isso mesmo. Eu estava tão
inseguro em minha auto estima que levou um tempão até que eu identificasse e
percebesse que a ausência do toque de Patricia havia feito com que eu me
afastasse dela. Eu nunca disse que precisava do toque dela. Em nossa época de
namoro e noivado, eu sempre tomava a iniciativa de abraçar, beijar, andar de
mãos dadas, e ela sempre foi receptiva. Isso fazia com que eu achasse que ela
me amava. Após nosso casamento houve situações em que eu a procurei
fisicamente e ela não correspondeu. Achei que ela estivesse muito cansada
devido às suas responsabilidades no novo emprego. Eu não percebi, mas concluí
isso pessoalmente. Senti-me como se ela não me achasse mais atraente. Então,
decidi que não tomaria mais a iniciativa para não me sentir mais rejeitado. E
esperei, para ver quanto tempo demoraria até que ela decidisse beijar-me,
tocar-me ou demonstrar uma nova experiência sexual. Cheguei a esperar seis
semanas por um toque. Aquilo foi insuportável. Eu me afastava para ficar longe
da dor que apertava quando estava com ela. Sentia-me rejeitado, dispensado e
mal-amado. Então Patricia acrescentou... Eu não tinha a menor idéia de que ele
se sentia dessa forma. Sabia que não me procurava mais. Não nos abraçáva¬mos,
nem nos beijávamos como antes, mas achei que, desde que estávamos casados, isso
não era mais tão importante para ele. Compreendia também que estava sob pressão
no trabalho. Não tinha, porém, a menor idéia que ele desejava que eu tomasse a
iniciativa. Fez uma pausa e prosseguiu: E foi exatamente como ele disse. Eu
vivi semanas sem tocá-lo. Isso nem passava por minha mente. Eu preparava as
refeições, mantinha a casa limpa, colocava a roupa para lavar e tentava não
atrapalhá-lo. Honestamente, eu não sabia o que mais poderia fazer. Não entendia
o afastamento nem a falta de atenção dele. Não é que eu não apreciasse tocá-lo.
E que para mim isso não era tão importante. Receber sua atenção, seu tempo é o
que me fazia sentir amada. Não importava se nos beijássemos ou abraçássemos.
Desde que ele me desse sua atenção, eu me sentia querida. Respirou fundo e
continuou: Levou um bocado de tempo até que localizássemos a raiz do problema
e, ao descobrirmos que não supríamos a necessidade de amor um do outro, demos
uma virada em nosso relacionamento. Quando comecei a tomar a iniciativa de tocá-lo, foi impressionante
o que aconteceu. Sua personalidade e seu ânimo mudaram drasticamente. Eu ganhei
um novo marido. Quando ele se convenceu de que eu realmente o amava, então
começou a ficar mais sensível às minhas necessidades. Ele ainda tem computador
em casa? perguntei. Tem sim. Mas
raramente o usa e, quando o faz, está tudo bem porque eu sei que ele não está
“casado” com o computador. Fazemos tantas coisas juntos, que se tornou fácil
para mim dar-lhe a liberdade para usar o computador quando quiser. Pedro então
disse: O que me deixou pasmo no seminário hoje foi a forma como sua palestra
sobre as linguagens do amor reportou-me aos anos passados. O senhor disse em
vinte minutos o que levamos seis meses para aprender. Bem, não importa a
rapidez com que se aprende uma coisa, mas sim o quanto se desfruta dela. E,
obviamente, vocês assimilaram isso muito bem. Pedro é uma das pessoas que
possuem o “Toque Físico” como a primeira linguagem do amor. Emocionalmente,
este tipo anseia que seu cônjuge o toque fisicamente. Um gostoso cafuné na
cabeça ou nas costas, andar de mãos dadas, abraços apertados ou não, relações
sexuais tudo isto e outros “toques de
amor” fazem parte das necessidades emocionais de quem possui o “Toque Físico”
como sua primeira linguagem do amor. Notas 1. Marcos 10.13
2. Marcos 10.14-16
Descobrindo sua Primeira Linguagem do Amor
Descobrir a primeira linguagem do amor de seu cônjuge é essencial
para você manter sempre cheio o seu “tanque do amor”. Porém, vamos
primeiramente nos certificar de que você sabe qual é a sua própria linguagem.
Após conhecer as cinco:
Palavras de Afirmação;
Qualidade de Tempo;
Receber Presentes;
Formas de Servir;
Toque Físico,
algumas pessoas saberão instantaneamente a primeira linguagem
tanto delas como a de seus cônjuges. Outros, porém, não terão tanta facilidade.
Alguns são como Beto, que após ouvir sobre as cinco linguagens do amor,
disse-me:
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.
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