domingo, 10 de março de 2013

AS LÍNGUAGENS DO AMOR-P/48




                 ASLÍNGUAGENS DO AMOR-P/48


Você já conversou sobre sua situação com alguns de seus amigos? perguntei. Ela respondeu: Com umas duas amigas mais chegadas e, por cima, com outras pessoas.
E o que elas lhe disseram? Todos são unânimes em dizer que devo me separar dele, porque ele nunca vai mudar, e esta demora só prolonga a agonia. Pastor, ocorre que eu não consigo fazer isso! Talvez eu devesse, mas não quero  acreditar que esta é a coisa mais certa a se fazer. Eu então lhe disse: Parece-me que você está em um dilema. Por um lado sua crença religiosa e a moral, lhe dizem ser errado desmanchar um casamento; e por sua dor emocional lhe afirma ser o rompimento a sua única forma de sobreviver. É exatamente isso, Pastor. É desta maneira que me sinto. Não sei o que fazer! Quando o tanque (emocional) está baixo... não temos sentimentos de amor por nosso cônjuge e, simplesmente, experimentamos dor e vazio. Estou realmente solidário com sua dor. Sei que você enfrenta uma situação verdadeiramente difícil. Gostaria de poder oferecer-lhe uma resposta fácil mas,  infelizmente, não a possuo. Qualquer uma das alternativas que você mesma mencionou continuar ou desistir de seu casamento  certamente lhe acarretará muita dor. Antes que tome uma decisão, gostaria de conceder-lhe uma ideia. Não posso garantir que funcionará, mas desejaria que, pelo menos, fizesse uma tentativa. Pelo que me disse, percebo que sua fé é muito importante para você e também respeita muito os ensinos de Jesus. Ela balançou a cabeça afirmativamente e eu continuei: Gostaria de ler para você algumas coisas ditas: pelo próprio Jesus, que acredito tenham a ver com seu casamento. Li, então, devagar e pausadamente. “Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam. Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles. Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam.”
Estas palavras lembram seu marido? Ele a tem tratado mais como inimiga do que como amiga?  perguntei. Ela balançou sua cabeça afirmativamente. Ele já praguejou contra você? Muitas vezes. Ele já a maltratou? Sempre o faz. Ele já expressou que a odeia? Sim. Ana, se você concordar, gostaria de tentar um coisa. Desejaria ver o que aconteceria se aplicássemos este princípio em seu casamento. Deixe-me explicar melhor. Comecei a explicar a Ana o conceito do tanque emocional e o fato de que, quando ele está baixo como o dela se encontrava, não temos sentimentos de amor por nosso cônjuge e, simplesmente, experimentamos dor e vazio. Desde que o amor é uma profunda necessidade emocional, a falta dele possivelmente também é a nossa mais profunda dor emocional. Disse-lhe, então, que se pudéssemos aprender a falar a primeira linguagem do amor um ao outro, a necessidade emocional estaria suprida e sentimentos positivos seriam novamente gerados. Isso faz sentido para você?  perguntei-lhe. Pastor, o senhor acabou de descrever a minha vida. Nunca, antes, enxerguei de forma tão clara. Apaixonamo-nos antes de nos casarmos. Não muito tempo depois de nosso casamento, caímos das nuvens e nunca aprendemos a falar a linguagem do amor um ao outro. Meu tanque está vazio há anos, e estou certa que o dele também. Pastor, se eu  compreendesse antes este conceito, talvez nada disso nos teria acontecido. Não podemos voltar no tempo, Ana. Tudo o que podemos tentar é fazer o futuro diferente. Gostaria de propor-lhe uma experiência de seis meses. Estou disposta a tentar qualquer coisa  disse Ana. Apreciei seu espírito positivo, mas eu não estava muito certo de que ela entendera o alto grau de dificuldade daquela experiência. Então sugeri: Estabeleçamos então nossos objetivos. Se em seis meses você pudesse ter seu desejo romântico realizado, qual seria? Ana ficou um tempo sentada em silêncio. Depois, ainda pensativa, ela disse: Gostaria de ver Gledson amar-me novamente e demonstrar isso através de algum momento gasto comigo; desejaria realizar diversas atividades juntos; queria sair, eu e ele sozinhos, para passear; gostaria  muito que houvesse interesse da parte dele pelo meu mundo; apreciaria demais que conversássemos um com o outro quando saíssemos para jantar fora; desejaria que ele me ouvisse; gostaria de sentir que ele valoriza minhas idéias. Seria tão bom se pudéssemos novamente viajar e nos divertir juntos. E, mais do que qualquer outra coisa, desejaria saber que ele valoriza nosso casamento. Ana fez uma pausa e depois continuou: De minha parte, gostaria muito de voltar a ter sentimentos calorosos e positivos por ele. Desejaria  sentir orgulho dele. No momento, não nutro estes desejos. Eu escrevia enquanto Ana falava. Quando ela terminou, li alto o que ela me dissera e comentei: Estes objetivos parecem-me difíceis de ser alcançados. É isso mesmo o que você deseja, Ana? Concordo que, para o momento, eles pareçam praticamente impossíveis. Mas é o que desejo acima de tudo. Então estabeleçamos que estes serão nossos objetivos. Em seis meses, queremos ver você e Gledson possuir esse tipo de amor em seu relacionamento. Gostaria de levantar uma hipótese. O objetivo de nossa experiência será provar se ela é ou não verdadeira. Suponhamos que você consiga falar a primeira linguagem do amor de Gledson, de forma consistente durante seis meses. Digamos também que em algum ponto desse período sua necessidade emocional de amor comece a ser suprida, o tanque do amor encha-se e ele comece a corresponder seu amor. Esta hipótese baseia-se na idéia de que nossa necessidade de amor emocional é a carência mais
profunda que possuímos, e quando essa necessidade é suprida, a tendência natural é respondermos  positivamente à pessoa que nos supriu. E eu continuei. Você compreendeu que esta proposta coloca toda
iniciativa em suas mãos? Gledson não faz questão de trabalhar para salvar este casamento, mas você sim.
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.

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