Só o conhecimento de Deus não é prova de salvação.
Nós podemos fazer diversas conclusões baseadas nestas verdades.
Primeiramente que, não importa quanto as pessoas possam saber sobre Deus e a
Bíblia, isto não é um sinal certo de salvação. O diabo antes de sua queda, era
uma das mais brilhantes estrelas da manhã, uma labareda de fogo, um que excedia
em força e sabedoria. (Isaías 14:12, Ezequiel 28:12-19). Aparentemente, como um
dos principais anjos, Satanás conhecia muito sobre Deus. Agora que ele está
caído, seu pecado não tem destruído suas memórias de antes. O pecado destrói a
natureza espiritual, mas não as habilidades naturais, tais como a memória. Que
os anjos caídos têm muitas habilidades naturais pode ser visto em muitos versos
da Bíblia, por exemplo, Efésios 6:12. "Porque não temos que lutar contra a
carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra
os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade,
nos lugares celestiais". No mesmo modo, a Bíblia diz que Satanás é
"mais astuto" do que os outros seres criados. (Gênesis 3:1, também 2
Coríntios 11:3, Atos 13:10) Portanto, podemos ver que o Diabo sempre teve
grandes habilidades mentais e que é capaz de conhecer muito sobre Deus, sobre o
mundo visível e invisível, e sobre muitas outras coisas. Visto que sua ocupação
no princípio era ser um anjo principal diante de Deus, é somente natural que
compreender estas coisas sempre tenha sido de primeira importância para ele, e
que todas suas atividades tenham a ver com estas áreas de pensamentos,
sentimentos e conhecimento. Porque era sua ocupação original ser um dos anjos
diante da própria face de Deus e porque o pecado não destrói a memória, é claro
que Satanás conhece muito mais sobre Deus do que qualquer outro ser criado.
Depois da queda, podemos ver de suas atividades como a tentação, etc., (Mateus
4:3) que ele tem gastado seu tempo para aumentar seu conhecimento e suas
aplicações práticas. Que o seu conhecimento é grande pode ser visto em quão
enganador ele é quando tenta as pessoas. A astúcia de suas mentiras mostra quão
sagaz ele é. Certamente não poderia manejar tão bem suas ludibriações sem um
conhecimento real e verdadeiro dos fatos. Este conhecimento de Deus e de Suas
obras é desde o princípio. Satanás existia desde a Criação, como Jó 38:4-7
mostra: "Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se
tens inteligência... Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e
todos os filhos de Deus jubilavam?" Assim, ele deve conhecer muito sobre a
maneira como Deus criou o mundo, e como Ele governa todos os eventos do
universo. Além do mais, Satanás viu como Deus desenvolveu Seu plano de redenção
no mundo; e não como um inocente espectador, mas como um inimigo ativo da graça
de Deus. Ele viu Deus trabalhar nas vidas de Adão e Eva, em Noé, Abraão, e
Davi. Ele deve ter tomando um especial interesse na vida de Jesus Cristo, o
Salvador dos homens, a Palavra de Deus encarnada. Quão próximo prestou atenção
a Cristo? Quão cuidadosamente ele observou Seus milagres e ouviu Suas palavras?
Isto é o porque Satanás se pôs contra a obra de Cristo, e foi para o seu
tormento e angústia que Satanás assistiu a obra de Cristo desvelada com
sucesso. Satanás, então, conhece muito sobre Deus e sobre a obra de Deus. Ele
conhece o céu em primeira mão. Ele conhece o inferno também, com conhecimento
pessoal como sua principal residência, e tem experimentado seus tormentos por
todos estes milhares de anos. Ele deve ter um grande conhecimento da Bíblia:
pelo menos, podemos ver que ele conhecia o suficiente para ver se conseguia
tentar nosso Salvador. Além do mais, ele tem tido anos de estudo dos corações
dos homens, seus campo de batalha onde ele luta contra nosso Redentor. Quanto
labores, esforços, e cuidados o Diabo usou através dos séculos a medida que
ludibriava os homens. Somente um ser com seu conhecimento e experiência sobre a
obra de Deus, e sobre o coração do homem, portanto, poderia imitar a verdadeira
religião e transformar-se em um anjo de luz. (2 Coríntios 11:14) Portanto,
podemos ver que não há nenhuma quantidade de conhecimento sobre Deus e religião
que poderia provar que uma pessoa tem sido salva de seu pecado. Um homem pode
falar sobre a Bíblia, Deus, e a Trindade. Ele pode ser capaz de pregar um
sermão sobre Jesus Cristo e tudo que Ele fez. Imaginem, alguns podem ser
capazes de falar sobre o caminho da salvação e a obra do Espírito Santo nos
corações dos pecadores, talvez até mesmo mostrar a outros como se tornarem
Cristãos. Todas estas coisas podem edificar a igreja e iluminar o mundo,
todavia, não é uma prova certa da graça de Deus no coração de uma pessoa. Pode
também ser visto que as pessoas meramente concordarem com a Bíblia não é um
sinal certo de salvação. Tiago 2:19 mostra que os demônios realmente,
verdadeiramente, crêem na verdade. Da mesma forma que eles crêem que há um só
Deus, eles concordam com toda a verdade da Bíblia. O diabo não é um herético:
todos os artigos de sua fé estão firmemente estabelecidos na verdade. Deve ser
entendido que, quando a Bíblia fala sobre crer que Jesus é o Filho de Deus,
como uma prova da graça de Deus no coração, a Bíblia tenciona dizer não um mero
concordar com a verdade, mas outro tipo de crença. "Todo aquele que crê
que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou
também ama ao que dele é nascido". (1 João 5:1) Este outro tipo de conhecimento
é chamado "a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é
segundo a piedade". (Tito 1:1) Há um acreditar espiritual na verdade, o
que será explicado mais tarde.
As
Experiências Religiosas não são prova de salvação.
Algumas pessoas têm fortes experiências religiosas, e pensam
delas como uma prova da obra de Deus em seus corações. Freqüentemente, essas
experiências dão às pessoas um sentido da importância do mundo espiritual, e da
realidade das coisas Divinas. Contudo, essas, também, não são uma prova seguro
de salvação. Os demônios e os seres humanos condenados têm muitas experiências
espirituais que causam um grande efeito nas atitudes de seus corações. Eles
vivem no mundo espiritual e vêem em primeira mão como este é de fato. Os
sofrimentos deles mostram-lhes o valor da salvação e o valor de uma alma humana
em uma maneira mais poderosa do que se possa imaginar. A parábola em Lucas
capítulo 16 ensina isto claramente, porque o homem sofrendo pergunta se Lázaro
pode ser enviado para avisar seus irmãos, a fim de evitarem este lugar de
tormento. Sem dúvidas, as pessoas no inferno têm uma idéia distinta da vastidão
da eternidade, e da brevidade da vida. Eles estão completamente convencidos de
que todas as coisas desta vida não são importantes quando comparadas com as
experiências do mundo eterno. As pessoas que estão agora no inferno têm um
grande sentido da preciosidade do tempo, e das maravilhosas oportunidades que
as pessoas têm, as que possuem o privilégio de ouvir o Evangelho. Elas estão
completamente conscientes da loucura do pecado, da negligência das
oportunidades, e de se ignorar as advertências de Deus. Quando os pecadores
descobrem por experiência pessoal o resultado final de seu pecado há
"pranto e ranger de dentes" (Mateus 13:42) Assim, até mesmo as mais
poderosas experiências religiosas não são um sinal seguro da graça de Deus no
coração. Os demônios e as pessoas condenadas também têm um forte senso da
majestade e poder de Deus. O poder de Deus é mais claramente demonstrado na
execução de Sua Divina vingança sobre Seus inimigos. "E que direis se
Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com
muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição" (Romanos
9:22). Estremecendo, os diabos aguardar a punição final deles, debaixo de um
poderoso senso da majestade de Deus. Eles sentem isto agora, certamente, mas no
futuro isto se mostrará em altíssimo grau, quando "se manifestar o Senhor
Jesus desde o céu com os anjos do seu poder. Como labareda de fogo..." (2
Tessalonicenses 1:7-8) Neste dia, eles desejarão fugir, se esconder da presença
de Deus. "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos
que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele."
(Apocalipse 1:7) Portanto, todos O verão na glória de Seu Pai. Porém,
obviamente, nem todos que O verão, serão salvos.
As pessoas são diferentes dos demônios.
Agora, é possível que algumas pessoas possam objetar-se à
tudo isto, dizendo que os homens ímpios deste mundo são totalmente diferentes
dos demônios. Eles estão sob circunstâncias diferentes e são diferentes
espécies de seres. Um objetor pode dizer: "Aquelas coisas que são visíveis
e presentes para os demônios, são invisíveis e futuras para os homens. Além
disso, as pessoas têm a desvantagem de terem corpos, que restringem a alma, e
impedem que as pessoas vejam estas coisas espirituais em primeira mão.
Portanto, mesmo se os demônios possuem um grande conhecimento e experiência pessoal
das coisas de Deus, e não têm graça, a conclusão não se aplica a mim". Ou,
colocando de uma outra forma: se as pessoas possuem estas coisas nesta vida,
isto pode ser muito bem um sinal seguro da graça de Deus em seus corações. Na
resposta, concorda-se que nenhum homem nesta vida jamais terá o grau destas
coisas como os demônios as têm. Nenhuma pessoa jamais estremecerá, com a mesma
quantidade de temor que os demônios estremecem. Nenhum homem, nesta vida, pode
jamais ter o mesmo tipo de conhecimento que o Diabo tem. É claro que os
demônios e os homens condenados entendem a vastidão da eternidade, e a
importância do outro mundo, mais do qualquer outra pessoa viva, e assim eles
desejam ardentemente a salvação ainda mais. Porém, podemos ver que os homens neste
mundo podem ter experiências do mesmo tipo daquelas dos demônios e pessoas
condenadas. Eles têm a mesma percepção mental, as mesmas opiniões e emoções, e
os mesmos tipos de impressões na mente e no coração. Note, que para o apóstolo
Tiago isto é um argumento convincente. Ele argumenta que se as pessoas pensam
que acreditar em um único Deus é prova da graça de Deus, ela não é prova, pois
os demônios crêem no mesmo. Tiago não está se referindo ao ato de crer somente,
mas também às emoções e ações que vão juntas com sua crença. Estremecer é um
exemplo de emoções do coração. Isto mostra que as pessoas têm o mesmo tipo de
percepção mental, e que reagir no coração da mesma maneira, não é sinal seguro
de graça. A Bíblia não declara quantas pessoas neste mundo podem ver a glória
de Deus, sem possuírem a graça de Deus nos seus corações. Não nos é informado
exatamente em que grau Deus Se revela a certas pessoas, e quantas deles
responderam em seus corações. É muito tentador dizer que se uma pessoa tem uma
certa quantidade de experiência religiosa, ou uma certa quantidade de verdade,
ela deve ser salva. Talvez, seja até possível para alguns povos não-salvos
terem experiências maiores do que aqueles que possuem a graça em seus corações.
Assim, é errado olhar para a experiência ou conhecimento em termos de
quantidade. Os homens que possuem uma genuína obra do Espírito Santo em seus
corações, têm experiências e conhecimento de um diferente tipo.
As pessoas podem ter sentimentos religiosos que os demônios
não podem.
Neste ponto, alguém pode replicar estes pensamentos dizendo:
"Eu concordo com você. Eu vejo que crer em Deus, entendendo Sua majestade
e santidade, e conhecendo que Jesus morreu por pecadores, não é prova da graça
em meu coração. Eu creio que os demônios podem saber estas coisas também.
Porém, eu tenho algumas coisas que eles não. Eu tenho alegria, paz e amor. Os
demônios não podem tê-los, de forma que isto deve mostrar que sou salvo."
Sim, é verdade que você tem algo a mais do que os demônios possam ter, mas isto
não é nada melhor do que os demônios possam ter. Uma experiência pessoal de
amor, alegria, etc., não pode ser porque eles tenham qualquer causa neles
diferentes de um demônio, mas somente diferentes circunstâncias. As causas, ou
origens, de seus sentimentos não são as mesmas. Esta é a razão porque estas
experiências não são melhores do que aquelas dos demônios. Para explicar
melhor: Todas as coisas que foram discutidas antes sobre os demônios e pessoas
condenadas, surgiram de duas principais causas, entendimento natural e amor
próprio. Quando eles pensam sobre eles próprios, estas suas coisas são as que
determinam seus sentimentos e reações. O entendimento natural mostra-lhes que
Deus é santo, enquanto que eles são ímpios. Deus é infinito, mas eles são
limitados. Deus é poderoso, e eles são fracos. O amor próprio dá-lhes um senso
da importância da religião, do mundo eterno, e um desejo pela salvação. Quando
estas duas causas trabalham juntas, os demônios e os homens condenados
conscientizam-se da terrível majestade de Deus, quem eles sabem que será seu
Juiz. Eles sabem que o julgamento de Deus será perfeito e sua punição será para
sempre. Portanto, estas duas causas juntas com seus sentimentos causarão sua
angústia no dia do julgamento, quando eles verão a glória visível de Cristo e
Seus santos. A razão porque muitas pessoas sentem alegria, paz e amor hoje,
enquanto os demônios não, pode ser mais devido suas circunstâncias, do que
qualquer diferença em seus corações. As causas em seus corações são as mesmas.
Por exemplo, o Espírito Santo está agora atuando no mundo impedindo que todos
da humanidade sejam tão maus como poderiam ser (2 Tessalonicenses 2:7). Isto
está em contraste aos demônios, que são tão maus como eles poderiam ser o tempo
todo. Além do mais, Deus em Sua misericórdia dá dons à todas pessoas, tal como
a chuva para a colheita (Mateus 5:45), o calor do sol, etc. Não somente isto,
mas freqüentemente as pessoas recebem muitas coisas na vida que lhes trazem
felicidade, tais como relacionamentos pessoais, prazeres, músicas, boa saúde, e
assim por diante. Mais importante de tudo, muitas pessoas ouvem as novas de
esperança: Deus enviou um Salvador, Jesus Cristo, que morreu para salvar
pecadores. Nestas circunstâncias, o entendimento natural das pessoas pode fazer
com que sintam coisas que os demônios não podem sentir. O amor próprio é uma
força poderosa nos corações dos homens, forte o bastante para fazer com que as
pessoas, mesmo sem a graça, amem aos que os amam: "E se amardes aos que
vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os
amam." (Lucas 6:32) É uma coisa natural para uma pessoa que vê Deus ser
misericordioso, e que sabe que eles não são tão maus como poderiam ser, serem
conseqüentemente seguros do amor de Deus por eles. Se seu amor por Deus vem
somente de seus sentimentos de que Deus te ama, ou porque você tem ouvido que
Cristo morreu por você, ou algo similar, então, a origem de seu amor por Deus é
somente o amor próprio. Isto reina nos corações dos demônios também. Imagine a
situação dos demônios. Eles sabem que eles são irrefreáveis em sua maldade.
Eles sabem que Deus é seu maior inimigo e sempre será. Embora eles estejam sem
qualquer esperança, ainda estão ativos e lutando. Pense apenas, o que
aconteceria se eles tivessem algo da esperança que as pessoas têm? O que
aconteceria se os demônios, com seu conhecimento de Deus, tivessem suas
maldades refreadas? Imaginem se um demônio, depois de todos seus temores sob o
julgamento de Deus, fosse repentinamente levado a imaginar que Deus pudesse ser
seu Amigo? Que Deus poderia perdoá-lo e permiti-lo, com pecado e tudo, no céu?
Oh a alegria, a maravilha, a gratidão que nós veríamos! Não seria este demônio
um grande amante de Deus, visto que, apesar de tudo, todo mundo ama as pessoas
que lhes ajudam? O que mais poderia causar sentimentos tão poderosos e
sinceros? É alguma maravilha, que muitas pessoas são enganadas dessa maneira?
Especialmente visto que as pessoas têm os demônios para promover esta ilusão.
Eles têm promovido isto agora e por muito séculos, e ah!, eles são muito bons
nisto.
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EDITOR...
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