DIVÓRCIO
OU VIUVEZ?
Rom. 7: 2,3
”ORA, A MULHER CASADA ESTÁ LIGADA PELA LEI AO MARIDO, ENQUANTO ELE
VIVE; MAS, SE O MESMO MORRER, DESOBRIGADA FICARÁ DA LEI CONJUGAL. DE SORTE QUE,
ENQUANTO VIVER O MARIDO,
SERÁ CONSIDERADA ADÚLTERA,
SE FOR DE OUTRO HOMEM;
MAS, SE ELE MORRER, ELA ESTÁ LIVRE DA LEI,
E ASSIM NÃO SERÁ ADÚLTERA SE FOR DE OUTRO MARIDO”.
I Co. 7:39
"A MULHER ESTÁ LIGADA AO MARIDO
ENQUANTO ELE VIVER,
CONTUDO, SE FALECER O MARIDO,
FICA LIVRE PARA CASAR COM QUEM QUISER,
MAS SOMENTE NO SENHOR"
“DOIS... UMA SÓ CARNE”
LIGADOS PELA LEI
ENQUANTO AMBOS VIVEREM
UNIDOS INDISSOLUVELMENTE
EXCLUSIVAMENTE A MORTE PODE LIVRÁ-LOS PARA RECASAR
RECASAR ANTES DA MORTE DO CÔNJUGE = ADULTÉRIO
Seria impossível falar de modo mais claro que este. O que está
afirmado acima só deixa em dúvidas quem não aceitar o que o texto clara e
naturalmente diz e partir para encontrar por qualquer meio e a qualquer custo,
uma brecha para divórcio e recasamento. Portanto, é falaciosa a conversa que diz que esse assunto de
divórcio e recasamento na Bíblia é difícil determinar o que Deus realmente
quer, o que Ele permite e o que Ele proíbe. O máximo que alguém pode
honestamente afirmar é que não tem dedicado tem suficiente para estudo este
assunto que está claramente revelado na Bíblia.
Por isso, que até o quinto século depois de Cristo, e alguns
autoridades no assunto estiquem este tempo até a época da Reforma, os cristãos
aceitavam sem discussão ou dúvidas o ensino sobre a indissolubilidade do
casamento e o pecado dos divórcio e do recasamento.
O ENSINO CLARO DE TEXTOS COMO OS CITADOS ACIMA É: O VÍNCULO FEITO
POR DEUS, POR OCASIÃO DA ALIANÇA DE CASAMENTO ORIGINAL É PARA TODA A VIDA:
“dois... uma só carne” e que liga indissolúvelmente um cônjuge ao outro é tão
forte que a força dos homens e das suas mutáveis e “convenientes” leis humanas,
sejam de caráter civil ou religioso, não podem quebrá-lo, de modo que,
independente do que aconteça (adultério, violência, incompatibilidade de
gênios, etc...), e com quem aconteça (seja crente ou descrente, antes ou depois
da conversão, parte “inocente” ou “parte culpada”) o vínculo do casamento
permanece inquebrável, enquanto os dois viverem.
O Comentário Bíblico Moody diz: “Será considerada adúltera se
vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem. A tradução "se for
de" tem o sentido implícito de se for casada com. Mas, depois da morte do
seu marido, ela pode tornar a se casar sem que seja acusada de adultério. A
esposa que ficou viúva, está livre para casar-se com outro”.
RECONCILIAÇÃO OU DIVÓRCIO?
CELIBATO OU RECASAMENTO?
PROIBIÇÃO PAULINA AO DIVÓRCIO E AO RECASAMENTO
E O MANDAMENTO PARA
RECONCILIAÇÃO, SENÃO CELIBATO
I Cor. 7: 10, 11, 39
“ORA, AOS CASADOS, ORDENO, NÃO EU, MAS O SENHOR,
QUE A MULHER NÃO SE SEPARE DO MARIDO •S
SE, PORÉM, ELA VIER A SEPARAR-SE,
QUE NÃO SE CASE
OU QUE SE RECONCILIE COM SEU MARIDO;
E QUE O MARIDO NÃO SE APARTE DE SUA MULHER”.
Sobre a proibição do divórcio e do recasamento, exposta de modo
tão claro e indiscutível neste texto, o que me deixa perplexo, e não dá muitas
vezes para entender como ainda existem pastores e mestres de seminário capazes
de encontrar motivos para um crente se divorciar e recasar. E começo o esse
juízo por mim mesmo. Questiono-me: Como passei tantos anos e tantas vezes por
esse texto e não percebi o que estava claramente exposto lá? A resposta que soa
de minha alma me deixa atônito. Parece que enxergamos apenas aquilo que
queremos ver, o resto, consciente ou inconcientemente ignoramos. Dizendo de
outra forma, o que mete medo, por isso a Bíblia amaldiçoa o homem que confia em
si mesmo ou no homem, pois, devido à contaminação da queda, as nossas
faculdades foram mais afetadas do que estamos disporstos a admitir, é como se
buscássemos na Bíblia apenas aquilo que queremos encontrar, o resto,
especialmente aquilo que vai contra o que estamos procurando, de modo
inconciente e ás vezes conciente, acabamos por ignorar. Este é um pensamento
assombroso, mas não parece está muito longe da verdade. Se não, como explicar
ter passado tantas vezes por este texto e não perceber o óbvio?
Depois de passar pela dolorosa autoconfrontação acima, e perceber
que não sou em nada melhor do que os outros mortais continuo buscando entender
o que está acontecendo na igreja de Nosso Senhor, e chego a pensar, que,
embora, não todos, mas pelo menos, alguns destes obreiros e crentes divorcistas
e recasamentistas, apesar de afirmarem acreditar na autoridade da Palavra de
Deus, parecem, agir como os fariseus a quem Jesus confrontava. Tornam-se
peritos em Bíblia com a finalidade causuística de burlá-la e no final das
contas conseguirem violar a lei, de um modo, que parece lícito.
Podemos até comparar esse casuísmo evangélico, com a legislação
brasileira, da qual é dito, que muitas de suas leis e inter-pretações, são
feitas exatamente para derrubarem a proibição feita por leis anteriores. Num
contexto casuístico e relativista como este muita coisa é proibida, mas no
final das contas tudo se torna lícito, dependendo da astúcia dos intérpretes da
lei. O resul-tado líquido e certo é o
caos e demolição da sociedade. Por isso, estamos assistindo a demolição da
igreja cristã, por causa deste situacionismo conveniente. Francis Schaeffer já
tinha previsto em sua época, o que ele chamou de “desastre evangélico” da
igreja cristã. Cabe ao santos, o
remanecente fiel do Senhor, não colaborar com esse desastre, não participar
desta auto-ilusão sedutora que nos faz sentir seguros quando, semelhantemente
ao Titanic a igreja cristã professa ruma inexoravelmente rumo ao iceberg que
põe fim a toda soberba. Antes, é urgente, urgentíssimo que nos firmemos, mais
ainda, de modo, incondicional e inarredável, ao lado da autoridade absoluta e
suficiência inesgotável da Palavra de Deus.
De modo que, este texto de I Co 7:10-11 é tão claro e evidente,
que não é preciso fazer muito comentário sobre ele, é o que pode ser chamado de
texto auto-explicativo. No texto, Deus de modo categórico e sem deixar margem
para nenhuma dúvida:
Proibe marido e
mulher de se divorciarem;
Mas caso o divórcio
ocorra contra a vontade da parte do crente fiel, o que esse crente abandonado
tem de fazer está mais claro ainda: que viva de um modo em que seja possível a
reconciliação;
Se a reconciliação
não for mais possível, porque o outro cônjuge não quer reconciliação ou porque
recasou, neste caso, também, não há dúvidas quanto ao que Deus espera que o
crente faça, ou seja: que não se case novamente, o que equivale, nas palavras
de Cristo, a ser celibatário pelo Reino de Deus.
Somente se ficar
viúvo, pode casar novamente, sem cometer adultério e sob a bênção de Deus.
Portanto, a questão do divórcio está claríssima para quem não
padesse do mal terrível de “dureza de coração e entendimen-to”.
Veja o comentário do servo de Deus, Pr. Gerson Rocha, quanto a
esse evidente texto:
“O ensino bíblico é que a mulher não se separe do marido, e que o
marido não se aparte da mulher, Havendo separação, a ordem é: « Não se case »,
válida também para o marido, pois a reconciliação é o único remédio apresentado
para o casamento não naufragar: «Ora, aos casados, ordeno não eu, mas o Senhor,
que a [Pg 10] mulher não se separe do
marido (se porém ela vier a separar se, que não se case, ou que se reconci-lie
com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher” (1 Coríntios 7:10,11).
Se, porém, a dureza do coração (Mc 10:5) impedir a reconciliação,
Deus sente muito, mas não vai consentir no adultério, anulando a lei que Ele
estabeleceu, no princípio: “De modo que já não são dois, mas uma só carne” (Mc
10:8,9; Mt. 19:6; Gn. 2:24).
Morte, ou reconciliação
eis a solução Corações que se voltem para Deus em humilde e vero
arrependimento, já não pensam em morte, mas anelam por reconciliação, malgrado
os motivos de suas desavenças”.
Sobre I Cor 7:10, 11, o comentário Bíblico Moody diz: “As
seguintes palavras de Paulo relacionam-se com a manutenção ou interrupção dos
laços do casamento, no caso de crentes casados (vs. 10, 11) e de um crente com
um descrente (vs. 12-16). Para os crentes a regra é "não se separem",
sustentada pelo ponto de vista do Senhor, não eu mas o Senhor (cons. Mc. 10:
1-12). No caso de uma separação desaprovada, Paulo destaca duas possibilidades.
A esposa que não se case, tempo presente, enfatizando o estado permanente. Ou
então, que se reconcilie com seu marido, tempo aoristo, enfatizando um acontecimento
de uma vez por todas, em separações subseqüentes”.
CRENTE PODE DIVORCIAR DE DESCRENTE?
A QUESTÃO DE CRENTES CASADOS COM DESCRENTES
SE O DESCRENTE PEDIR DIVÓRCIO, O CRENTE FICA LIVRE PARA CASAR ?
1. Cor. 7: 12 a 15
“AOS MAIS DIGO EU, NÃO O SENHOR:
SE ALGUM IRMÃO TEM MULHER INCRÉDULA,
E ESTA CONSENTE EM MORAR COM ELE,
NÃO A ABANDONE”;
”E A MULHER QUE TEM MARIDO INCRÉDULO,
E ESTE CONSENTE EM VIVER COM ELA,
NÃO DEIXE O MARIDO”.
Novamente, Paulo usa de uma clareza, que torna este texto
auto-explicativo. Deus proibe claramente um cônjuge crente se divorciar do
cônjuge descrente. Um fato a se destacar aqui, é que este cônjuge descrente não
era apenas uma pessoa irreligiosa ou ligada a uma das seitas cristãs que ainda mantém
uma moralidade aceitável, mas tratava-se de uma pessoa pagã, envolvida com
rituais pagãos abomináveis. Isso se torna um fator muito forte em defesa da
indissolubilidade do casamento como uma lei que está acima da posição religiosa
do cônjuge, ou até mesmo da questão do adultério. Para o pagão, adulterar era
algo natural. Tanto que Paulo deixa isso claro em I Co 6, quando se referiu ao
velho estilo de vida pagã dos crentes de Corinto. E é a esses crentes a quem
Paulo manda tolerar cônjuges pagãos, que certamente teriam um estilo de vida
licenciosa como eles tiveram.
”PORQUE O MARIDO INCRÉDULO É SANTIFICADO NO CONVÍVIO DA ESPOSA,
E A ESPOSA INCRÉDULA É SANTIFICADA NO CONVÍVIO DO MARIDO CRENTE.
DOUTRA SORTE, OS VOSSOS FILHOS SERIAM IMPUROS;
PORÉM, AGORA, SÃO SANTOS”.
Neste versículo, Paulo dá as razões porque Deus proibe do crente
divorciar do pagão. Sendo que a primeira razão para um crente não se divorciar
de um pagão era porque através da convivência do pagão com o crente, estes
viessem progressivamente mudar seu comportamento, mudando-o de pagão, para o
que Paulo chamou de “santificado”.
A segunda razão é que diferentemente do Velho Testamento, onde os
filhos de pagãos eram tidos como impuros, neste caso, os filhos seriam também
santos.
A terceira razão está ligada a salvação do pagão. Pois continuando
com o pagão, e pela observancia da vida santa e piedosa do crente, o pagão
viesse a se arrepender e ser salvo.
”MAS, SE O DESCRENTE QUISER APARTAR-SE,
QUE SE APARTE;
EM TAIS CASOS,
NÃO FICA SUJEITO À SERVIDÃO NEM O IRMÃO, NEM A IRMÃ;
DEUS VOS TEM CHAMADO À PAZ”.
Abaixo citamos a argumentação do Pr. Gerson Rocha, por ser
brasileiro e bem conhecido, quanto ao que é capciosamente chamado de
“privilegium palinum”, ou exceção abonanda por Paulo para dar direito de
recasamento ao crente que foi abandonado por um descrente. Vários estudiosos e
exegetas bíblicos sérios, que poderia citar aqui, mas por questão de espaço e
repetição, não o farei, dizem que este texto, de maneira nenhuma dá base para
recasamento de divorciados, ou seja, quem advoga essa falsa exceção paulina,
tem de usar de interpretação forçada ou hermeneutica desonesta.
“Livres Da Servidão, Mas Não Para Novas Núpcia – Definindo o
casamento de crente com incrédulo em termos de servidão, Paulo aconselha,
contudo, que ambos não se abandonem. Mt se o cônjuge descrente quiser se
apartar, que se aparte, ficando livre da servidão o irmão ou a irmã, isto é: o
cônjuge crente. [Pg 11]
Chamando tal casamento de servidão, Paulo se refere ao jugo desigual
em que se resolve a união do crente com o incrédulo, conforme nô lo mostra em
II Coríntios 6:14 16: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos...”.
Apartado do incrédulo, por iniciativa deste «mas se o incrédulo quiser se
apartar...” 0 cônjuge crente fica livre
desse jugo, mas não para novas núpcias, pois estando ligado ao seu cônjuge pela
lei (Rom. 7:1 3), será adúltero se, estando vivo aquele cônjuge, pertencer a
outro.
Este é o ensino claro de 1 Corintios 7:12 15, em que Paulo
reconhece a existência desse mau casamento, ou jugo desigual. E notem: Sobre
esse jugo desigual, Deus nada mais tem a dizer por ser aliança que não procedeu
dele: “Ai dos fi-lhos rebeldes, diz o Senhor, que executam planos que não
procedem de mim, e f a z e m aliança sem a minha aprovação, para acrescentarem
pecado sobre pecado” ( Isaias 30:1). E' por isso que Paulo, referindo se ao
casamento misto ao jugo desigual diz: “ Aos mais digo eu, não o Senhor...” (1
Cor. 7:12), admitindo que a separação, na base já aludida, liberta o crente
dessa penosa desigualdade (I Cor. 7:15). [Pg 12] “Perdão há, mas não cura
sífilis”, disse alguém. 0 crente fica livre da servidão, mas não pode contrair
novas núpcias enquanto viver o seu cônjuge. E' lamentável colher as dolorosas conse-quências
de um passo errado, mas não inevitável. Relembrar Romanos 7:1.3 pode evitar que
um abismo chame outro abismo”.
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