terça-feira, 19 de novembro de 2013

O divórcio e o recasamento-P/13—19/11/2013



O TERRÍVEL ESTADO CHAMADO “DUREZA DE CORAÇÃO”

NÃO VOS DEIXEIS ENGANAR PELA DUREZA DO VOSSO CORAÇÃO  PARA DEUS NÃO EXISTE DIVÓRCIO SEM PECADO.
Não há como fugir desta triste realidade espiritual: divórcio e recasamento são sempre motivados por ‘DUREZA DE CORAÇÃO’. “Coração duro” é o estado pecaminoso do coração obstinado em sua própria vontade, que se rebela carnalmente contra a vontade de Deus, e arruma desculpas e falaciosas justificativas para viver deliberadamente em pecado.
Como Deus pode abençoar e aceitar um ato feito na base de dureza e rebelião de coração, coisas que Ele diz abominar, e que compara com o pecado de idolatria e feitiçaria?  Como Deus poderia abençoar um divórcio e recasamento que são também abomináveis para Ele, pois são frutos da abominável rebelião?
A Bíblia diz que para os duros de coração (rebeldes e obstinados em sua própria vontade), e que rejeitam a Palavra do Senhor, em vez de aceitação, o que receberão, com toda certeza é rejeição não apenas de seus atos, mas até de suas próprias pessoas.
Portanto, não adianta, eufemizar ou suavizar a expressão: “DUREZA DE CORAÇÃO”, que é a mesma coisa que tentar tapar o sol com a peneira. Ou os duros de coração se deixam quebrantar, e abandonam seus pecados, ou sofrerão rejeição da parte do Senhor.
“Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mu-lher; entretanto, não foi assim desde o princípio (não é, nem o plano, nem a vontade de Deus revelada em Sua Palavra”. (Mt 19:8)
“Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação (coração duro) é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti...”  (I Sm 15:23 )
“Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários”. (Hb 26,27)

A RELAÇÃO ENTRE A COBIÇA E O DIVÓRCIO
Algo que fica claro, quando Cristo trata do divórcio no sermão do monte, é que a COBIÇA ou CONCUPICÊNCIA CARNAL estão indissoluvelmente ligada ao divórcio, por isso, trata os temas como se um dos resultados da concupicencias fosse o divórcio, e que a solução do divórcio seria semelhante a da concupiscência, ou seja, auto-emolação, caracterizada por corta o olho ou a mão causa do tropeço, e aplicando isso ao divórcio, e recasamento, o celibato, se encaxa bem como uma aplicação da recomendação de Cristo de cortar qualquer coisa que possa me expor a condenação do inferno.
A CONCUPISCÊNCIA
Provocadora de Adultério no Coração
Solução: Auto-imolação = Cortar ou deixar o pecado
 Alternativa: Viver em Adultério = Queimar no inferno O DIVÓRCIO
Provocador de Adultério Prático
Solução: Auto-imolação = Cortar ou deixar o pecado = Celibato
 Alternativa: Viver em Adultério = Queimar no inferno
Mt 5:27-30 – “Ouvistes que foi dito: Não adulte-rarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura (COBIÇA), no coração, já adulterou com ela. Se o teu olho direito te faz tropeçar, ar-ranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno”.
1 Co 6:9 -  ".... não herdarão o reino de Deus.... adúlteros..."
Hb 13:4  - "...Deus julgará os impuros e adúlteros".
         Mt 5:31-32 – “Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divór-cio. Eu, porém, vos digo: qualquer que re-pudiar sua mulher, exceto em caso de rela-ções sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudia-da comete adultério”.
Mt 19:11-12 – “Disseram-lhe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar. Jesus, po-rém, lhes respondeu: Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado. Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita”.
Ap 21:8 - "Mas, quanto ... aos fornicadores (pornos = praticantes de sexo ílicito, ou desautorizado por Deus) ....a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte”.
A COBIÇA, geralmente é definida em sua essência como “o desejo de ter aquilo que é proibido, o desejo de tomar aquilo que não se deve tomar, o não refrear os apetites e desejos contrários às leis de Deus e dos homens.... é o pecado do mundo sem Deus. É o pecado do mundo, da sociedade, do homem que virou as costas às leis de Deus. É o próprio antônimo da generosidade do amor de Deus e da caridade da vida cristã”. (Willian Barcley). "a disposição que sempre está pronta a sacrificar o próximo em lugar de si mesmo em todas as coisas..." (Lightfoot). 
Como a definição acima se encaixa no divórcio e recasamento motivados por cobiça. É fato notório que a grande maioria de pessoas que se divorciam e recasam são motivadas por desejos que são proibidos a uma pessoa casada, e sua concupiscência (do grego, epitumia, ou desejo desenfreado), usam de todos os meios para tomar aquilo que não se deve tomar, a mulher ou cônjuge do próximo. Para essas pessoas hedonistas que fazem do alvo da sua vida o prazer, nada consiguirá detê-las em suas taras, mesmo que tenham de passar por cima das leis de Deus e dos homens. Mesmo que tenham de sacrificar o próximo, o cônjuge inocente e os filhos que em geral sofrerão muitíssimo.
Por isso, entre as terríveis associações do divórcio e do recasamento, está exatamente a cobiça, que é verdadeiramente chamada de o pecado do mundo sem Deus ou do homem que virou as costas para Deus, embora, continue a desenvolver o que certo comentarista bíblico (Joseph Alleine, não lembro bem!), chamou de “hipocrisia inconciente”, se referindo aquelas pessoas que terão uma terrível surpresa, ao se encontrarem juntos com os perdidos no dia do juízo final. Esses hipócritas inconsientes,  que nada negaram a sua cobiça desenfreada, embora, tenham feito isto, evangelicamente, ou com o respaldo de igrejas e pastores modernos, por isso, com a consciência cauterizada, passaram toda a sua “vida cristã” se auto-enganando com sua falsa religiosidade ou evangelicidade, ouvirão as piores palavras do universo: “Nem  todo o que me diz SENHOR, SENHOR, entrará no Reino dos céus, mas, aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus...apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. (Mt 7:21-23) 

TOLERÂNCIA OU REAÇÃO SANTA?

O DIVÓRCIO E RECASAMENTO DE HERODES E HERODIAS CONDENADO POR JOÃO BATISTA EVIDENCIA A REAÇÃO DOS SANTOS NÃO SÓ CONTRA O DIVÓRCIO, MAS CONTRA O RECASAMENTO
Mc 14:17-19 e 27-29
[17]  ... Herodes, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe (porquanto Herodes se casara com ela), mandara prender a João e atá-lo no cárcere.
[18]  Pois João lhe dizia: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão.
[19]  E Herodias o odiava, querendo matá-lo, e não podia.
[27]  E, enviando logo o executor, mandou que lhe trouxessem a cabeça de João. Ele foi, e o decapitou no cárcere,
[28]  e, trazendo a cabeça num prato, a entregou à jovem, e esta, por sua vez, a sua mãe.
[29]  Os discípulos de João, logo que souberam disto, vieram, levaram-lhe o corpo e o depositaram no túmulo. 

Esse Herodes mencionado no caso de João Batistas, era filho de Herodes o Grande, também conhecido como Herodes Antipas, que segundo, certo autor (Buttrick, citado por  Champlin) era um homem ambioso, sensual, suntuoso, ao passo que João era um homem disciplinado em seus apetites, renunciara o mundo, era reto e claro como a luz. Este ímpio governante governou a Galiléia e a Peréia de 4 a.C. a 39 d.C. Foi ele, o Herodes a quem Jesus chamour de “raposa” (Lc 13.32), e foi ele, assim com Acabe, dominado pela mulher, mandou matar a Elias, ele por sua vez, por causa, da condenação que João Batista fez de seu divórcio para recasar com a mulher divorciada de seu meio-irmão, mandou matá-lo. (Mt 14.1-12; Mc 14:1-29). Jesus o chamou de "raposa".
É impressionante o ódio de Herodias contra João Batista, por ele, denunciá-la não como a esposa de He-rodes, mas como uma adúltera. João, como um profeta do Senhor, e a semelhança de Elias, não temeu desafiar a ordem estabelecida pelo mau e pelo pecado. Este texto mostra que o divórcio e o recasamento não tinham aceitação unânime, nem mesmo entre os judeus; João foi chamado o maior profeta, entre os nascidos de mulher, e sua reação aos divorciados e recasados Herodes e Herodias, deveria evidenciar qual deveria ser a atitude dos santos em relação a esta questão. Veja abaixo, um pouco do pano de fundo histórico dos divórcios e recasamento de Herodes e Herodias.
“Herodias era filha de Aristóbulo, um dos filhos de Mariamne e de Herodes, o Grande. Era irmã de Herodes Agripa 1. Primeiramente casou-se com seu tio, Herodes Filipe, que era filho de Herodes, o Grande, e de outra esposa, que também se chamava Mariamne. Esse Herodes não deve ser confundido com o tetrarca Filipe. Anos depois, casou-se com seu tio, Herodes Ântipas. Este era o filho caçula de Herodes e de Maltace, o qual chegou a governar a Galiléia e a Peréia. Esse foi o Herodes que mandou executar João Batista. ...De seu primeiro casamento, ela teve uma filha, de nome Salomé. Essa filha casou-se com seu tio-avô, Filipe, o tetrarca. É comum os estudiosos identificarem Salomé com a jovem que dançou, conforme se vê em Mar. 6:22 ss; mas isso continua sendo debatido pelos eruditos... Herodias tornou-se perenemente infame, por causa do papel que desempenhou no caso da execução de João Batista. Herodias e seu (primeiro) marido, Herodes Filipe, residiam em Roma. Estando ela hospedada na casa de Herodes Antipas, ela e Antipas se apaixonaram um pelo outro, e ele acabou persuadindo-a a se casar com ele. Para isso, ele precisou divorciar-se de sua primeira esposa, uma princesa nabatéia, a fim de poder casar-se com Herodias. João Batista denunciou publicamente o casamento de Herodias com Antipas, e acabou aprisionado na fortaleza de Maquero. O ódio de Herodias contra João Batista atingiu um ponto sem controle, e o resultado foi o pedido que ela fez para que Antipas mandasse executar o profeta, o que sucedeu. Herodias causou a queda e o exílio de Antipas ao encorajá-lo a buscar exagerado poder político.

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