quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

AS LÍNGUAGENS DO AMOR-P/15



AS LÍNGUAGENS DO AMOR-P/15
Ela queria que ele focalizasse nela a sua atenção, que lhe dedicasse mais tempo e pudessem realizar algumas atividades juntos. Quando digo “Qualidade de Tempo” desejo afirmar que você deve dedicar a alguém sua inteira atenção, sem dividi-la. Não significa sentar no sofá e assistir televisão. Quando o tempo é gasto dessa forma, quem recebe a atenção são as estações de TV, e não o cônjuge. O que pretendo afirmar é algo como sentar-se ao sofá com a televisão desligada, olhar um para o outro e conversar, no processo de dedicação mutua. É dar um passeio juntos, só os dois. É ambos saírem para comer fora, é um olhar nos olhos do outro e conversar. Você já percebeu que, nos restaurantes, é perfeitamente possível notar a diferença entre um casal de namorados e um de casados? Os namorados miram-se nos olhos e “batem papo”. Os casados sentam-se à mesa e olham ao redor do restaurante. Pode-se dizer que foram ali apenas para comer! Quando me sento ao sofá com minha esposa e dedico-lhe vinte minutos de minha inteira atenção e ela faz o mesmo por mim, concedemos um ao outro vinte minutos de nossa existência. Nunca mais teremos aquele tempo novamente! Entregamos ali parte de nossas vidas um ao outro. Esse é um poderoso comunicador do amor emocional. Um único remédio não pode curar todas as enfermidades existentes. Em meu aconselhamento para Roberto e Amelia, cometi um erro muito sério, pois afirmei que palavras de afirmação teriam o mesmo significado para os dois. Esperava com isso que, se cada um deles desse ao outro uma afirmação verbal, o clima emocional mudaria e ambos sentir-se-iam amados. Isso funcionou para Roberto. Seus sentimentos em relação a Amelia tornaram-se mais positivos. Ela passou a apreciar mais o trabalho duro que ele desempenhava. Porém, o mesmo não ocorreu com Amelia, porque “Palavras de Afirmação” não era sua primeira linguagem do amor, mas sim a qualidade de tempo. Peguei novamente o telefone, liguei para Roberto e agrade¬ci-lhe o esforço feito nos últimos dois meses. Disse-lhe que ele fizera um bom trabalho ao dizer palavras de afirmação para Amelia e ela as ouvira. Ele me disse: Mas Pastor, ela ainda continua triste. Acho que as coisas não melhoraram muito para ela! E eu lhe respondi: Você tem razão, Roberto. E acho que sei o porquê. O problema é que sugeri a linguagem do amor errada! Roberto não tinha a menor noção do que eu estava falando. Expliquei-lhe então que os motivos que levam uma pessoa a experimentar o amor emocional por outra não são necessariamente os mesmos. Ele concordou comigo que a sua linguagem do amor era realmente “Palavras de Afirmação”. Contou-me então que desde menino isso era importante para ele e estava contente ouvir Amelia expressar apreciação pelas coisas que ele fazia. Expliquei, então, que a linguagem de Amelia não era “Palavras de Afirmação”, mas sim qualidade de tempo. Passei-lhe também o conceito de dedicar atenção integral ao cônjuge, dizendo-lhe que não deveria ouvi-la enquanto lia jornal ou assistia televisão, mas sim olhá-la nos olhos e dedicar-lhe toda a atenção; fazer com o cônjuge algo que ele aprecia, e ser real¬mente sincero nessa atividade. Ele então me disse: “Algo como ir com ela a um concerto...” As luzes começavam a brilhar nesta casa.
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.


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