segunda-feira, 25 de junho de 2012

AS LÍNGUAGENS DO AMOR-P/28







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Pastor, o motivo de trazê-lo até o aeroporto foi para partilharmos com o senhor um milagre. Alguma coisa nesta palavra faz-me recuar, principalmente quando não conheço a pessoa que a usa. “O que será que vem por aí?”, pensei. Ocultando esses pensamentos para mim mesmo, dediquei toda minha atenção a ela. Eu não sabia, mas estava prestes a levar um choque. Pastor, Deus usou o senhor para fazer um milagre em nosso casamento. Nossa, como me senti culpado! Um minuto atrás eu questionava o uso da palavra milagre, e agora, Janice dizia que eu era o veículo daquele milagre. Passei, então, a ouvir com mais interesse. Janice continuou: Há três anos assistimos, pela primeira vez, um seminário do senhor. Eu estava desesperada. Pensava seriamente em deixar Jak e já havia dito isso a ele. Nosso casamento estava vazio há muito tempo. Eu já tinha desistido. Durante anos eu dizia a Jak que precisava de seu amor, mas ele não esboçava nenhuma reação. Eu amava as crianças e sabia que elas me adoravam também, mas não sentia nenhum amor da parte de Jak. Para ser sincera, naquela época eu praticamente o detestava. Ele era uma pessoa absolutamente metódica. Fazia tudo por hábito. Era tão previsível quanto um relógio e ninguém conseguia alterar aquela rotina. Ela continuou: Durante muitos anos, tentei ser uma boa esposa. Eu cozinhava, lavava, passava... Colocava em prática tudo o que uma boa esposa deveria realizar. Fazia sexo porque sabia que era importante para ele. Porém, não havia jeito de me sentir amada por Jak. Sentia-me como se ele tivesse deixado de se interessar por mim após o casamento e simplesmente não me valorizava mais. Sentia-me usada e desvalorizada. Quando falei com Jak sobre meus sentimentos, ele simplesmente riu e disse que nós tínhamos um casamento tão bom quanto qualquer outro da vizinhança. Ele não conseguia entender porque eu estava tão infeliz. Lembrou-me então que as contas estavam pagas, tínhamos uma bela casa, um carro novo, e eu podia me dar ao luxo de escolher trabalhar fora ou em casa, e deveria estar alegre ao invés de reclamar o tempo todo. Ele nem ao menos tentou compreender meus sentimentos, o que me fez sentir totalmente rejeitada. E foi assim que três anos atrás chegamos ao seu seminário. Ela suspirou e prosseguiu: Até então, nunca havíamos participado de nenhum estudo sobre o casamento. Eu não sabia o que me esperava e, sinceramente, minhas expectativas eram negativas. Achei que nunca, nada nem ninguém mudaria Jak. Durante e depois do seminário, ele quase não falou. Aparentemente demonstrou gostar do assunto. Inclusive, achou o senhor muito engraçado. Mas não comentou comigo sobre nenhuma das idéias do seminário. Não esperava mesmo que o fizesse e tampouco lhe perguntei coisa alguma. Como já disse, eu já desistira de esperar alguma mudança. Como o senhor bem sabe, o seminário terminou no sábado à tarde. Naquele dia à noite e no domingo, as coisas foram como de costume. Porém, na segunda-feira à tarde, ele chegou do serviço e trouxe-me uma rosa. Fez uma nova pausa, para respirar fundo e prosseguiu: Onde você arrumou isso? eu perguntei. Ele respondeu: Comprei de um vendedor de flores. Achei que você gostaria de ganhar uma rosa. Eu comecei a chorar e agradeci comovida. Logo descobri que ele comprara a rosa de um vendedor em alguma esquina. De fato eu havia visto um naquele dia. Mas isso não importava, pois o que valia é que ele me trouxera aquela rosa. Na terça-feira à tarde ele me ligou do escritório e perguntou-me o que eu achava se ele trouxesse uma pizza para jantarmos. Ele pensou que eu apreciaria não cozinhar naquela noite. Disse-lhe que achava a idéia ótima e ele trouxe aquele lanche para casa. Nós curtimos muito aquela pizza. As crianças também gostaram muito e agradeceram-lhe por tê-la trazido. Dei-lhe um abraço e manifestei minha sincera apreciação por tudo.
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.

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