Fez uma pequena pausa e prosseguiu: Ao chegar em casa na
quarta-feira à noite trouxe para cada um de nossos filhos um pacote de
biscoitos e uma plantinha para mim. Disse que a rosa logo morreria e achava que
eu gostaria de algo que durasse mais tempo. Eu pensei que tivesse alucinações!
Não podia acreditar que Jak fizesse aquelas coisas e nem o porquê delas. Na
quinta-feira após o jantar ele me deu um cartão onde escrevera que, apesar de
não saber dizer seu amor por mim, gostaria que eu soubesse o quanto eu
significava para ele. Novamente chorei e sem relutância abracei-o e beijei-o.
Nessa hora ele falou: “Por que não arrumamos uma babá para ficar em casa no
sábado à noite e vamos nós dois jantar fora?” Meio fora de órbita respondi que
seria maravilhoso. Na sexta-feira à noite, ao vir para casa, parou em uma loja
de doce e trouxe para cada um de nós um pacotinho com nossos doces preferidos.
De novo ele nos fez surpresa e disse que aquela era nossa sobremesa. Janice
parou novamente para dar um profundo suspiro e prosseguiu: No sábado à noite,
eu estava em “alfa”. Não tinha idéia do que tinha acontecido a Jak, nem se
aquilo duraria muito tempo. Só sabia que adorava cada minuto. Após nosso jantar
naquele sábado, disse-lhe que não entendia aquela sua atitude e pedi que ele me
contasse o que acontecera. Nesse momento, ela olhou para mim muito séria e
disse: Pastor, quero que o senhor entenda exatamente o que ocorreu. Este homem,
depois que nos casamos, nunca mais me dera flor alguma. Jamais me dedicara um
único cartão. Ele sempre dizia que comprá-los era um desperdício de dinheiro
porque você olhava uma vez para os mesmos e depois os jogava fora. Acredite ou
não, só saímos para jantar uma única vez em cinco anos. Nunca adquiriu algo
para as crianças e esperava que eu comprasse somente o extremamente essencial.
Jamais trouxe uma pizza para jantarmos. Esperava encontrar a comida pronta
todas as noites, ao chegar em casa. Estou, então, desejosa de dizer que o que
aconteceu foi uma mudança radical de comportamento. Nesse momento, virei-me
para Jak e perguntei: O que você respondeu quando, ainda no restaurante, ela
lhe perguntou o que acontecera? Disse a ela que, ao ouvir seu seminário sobre
as linguagens do amor, compreendi que a linguagem dela era o “Receber
Presentes’’. Nessa hora, também percebi que há muitos anos não lhe dava uma
lembrança sequer. Para ser sincero, creio que não lhe ofereci algo desde nosso
casamento. Lembro-me que quando namorávamos, costumava trazer-lhe flores e
outros presentinhos, mas depois que nos casamos, achei que não deveria mais
arcar com essa despesa. Contei-lhe então que decidira dar-lhe durante uma
semana um presente por dia e observaria se aquilo causaria alguma mudança nela.
Tenho de admitir que presenciei uma enorme diferença em suas atitudes durante
aquela semana. Fez uma pequena pausa e prosseguiu: Disse-lhe também que
confirmava ser verdadeiras as palavras que o senhor dissera, e aprender a
linguagem certa do amor era a chave para que o cônjuge se sentisse amado. Pedi
perdão por ter ficado tão endurecido todos aqueles anos, falhando tanto em
suprir sua necessidade de sentir-se amada. Disse a ela que realmente a amava e
apreciava todas as coisas que ela fazia por mim e pelas crianças. Disse-lhe também
que, com a ajuda de Deus, iria me tornar um expert em presentear e iria me
aprimorar nisso por toda minha vida. Nessa hora, Janice me disse: Mas, Jak,
você não pode continuar a me comprar presentes todos os dias pelo resto de
nossas vidas. Não há orçamento que agüente isso! Eu lhe respondi: Pode ser que
não dê para comprar todos os dias, mas pelo menos uma vez por semana, acho que
sim. Isso soma 52 novos presentes por ano que você deixou de receber nos
últimos cinco anos. E quem disse que terei de comprar todos eles? Posso muito
bem fazer alguns. Posso utilizar a idéia do Pastor de, na primavera, apanhar
uma flor do nosso jardim. Janice então o interrompeu:
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.
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