terça-feira, 17 de julho de 2012

AS LÍNGUAGENS DO AMOR-P/31



                                             AS LÍNGUAGENS DO AMOR-P/31        


Não são todos os sábados, mas somente quando a tem porada de caça está aberta. Maria, que estivera calada até então, disse: Quando a estação de caça não está aberta ele vai pescar. E não é verdade que ele caça somente nos sábados. Ele sai do trabalho para ir caçar. Uma, ou duas vezes por ano, tiro dois ou três dias de licença e, juntamente com outros colegas, vamos caçar nas montanhas. Não vejo mal algum nisso! Em que mais vocês discordam? perguntei: Bem, ela quer que eu vá à igreja o tempo todo. Não me importo de ir aos cultos aos domingos de manhã, mas, à noite, prefiro descansar. Tudo bem que ela queira ir, mas não acho que eu precise estar lá também. Maria novamente replicou: Você também não quer que eu vá! Faz escândalo cada vez que eu passo pela porta em direção à igreja. Sabia que aquela conversa não deveria continuar ali, embaixo daquela árvore e em frente à igreja. Como um jovem aspirante a conselheiro, achei que me metia em algo muito complicado para mim, mas como tinha sido treinado para fazer perguntas e ouvir, continuei: Em que mais vocês discordam? Dessa vez, Maria respondeu: Ele quer que eu fique em casa o dia inteiro e faça todo o serviço doméstico. Fica simplesmente maluco se eu visito minha mãe, ou saio para fazer compras ou qualquer outra coisa. Ele imediatamente interrompeu: Eu não me importo que ela visite sua mãe. No entanto, quando chego em casa, gosto de achar tudo em ordem. Há semanas em que ela não arruma nem a cama durante três ou quatro dias e nos outros, quando chego, ela nem ao menos começou o jantar. Trabalho duro e gostaria de alimentar-me logo ao chegar. Além disso, a casa está sempre na maior bagunça! Há brinquedos do bebê espalhados por todo lugar, e ele está sempre sujo. Não gosto de sujeira. Acho que ela se sentiria feliz se vivesse em um chiqueiro. Não somos ricos e moramos em uma pequena casa do moinho; mas pelo menos ela poderia ser limpa! Maria então perguntou: O que o senhor acha de ele me dar uma ajuda em casa? Ele age como se os esposos não precisassem jamais ajudar. Tudo o que ele quer é trabalhar e caçar. Espera que eu faça todo o resto. Por ele, eu teria até de lavar o carro! Com o propósito de achar que seria melhor eu procurar alguma forma de ajudar e não de buscar mais problemas, perguntei a ele: Markos, quando namoravam, antes de se casarem, você já ia caçar todos os sábados? Na maioria deles. Mas eu sempre chegava em casa a tempo de vê-la no sábado à noite. Ainda tinha a oportunidade de lavar meu carro, antes de encontrá-la. Eu não gostava de sair com minha caminhonete suja. Maria, quantos anos você tinha quando se casou? Eu perguntei. Dezoito. Nós nos casamos assim que eu terminei o colegial. Markos formou-se um ano antes de mim, e já trabalhava. No último ano do colegial, Markos via você constantemente? Sim, ele me visitava quase todas as noites. Chegava à tarde e muitas vezes ficava para jantar com toda a família. Costumava ajudar-me nas tarefas da casa e depois nos sentávamos e conversávamos até a hora do jantar. Maria, o que vocês dois faziam depois do jantar? Ela olhou em minha direção com um sorriso sem graça e disse: Bem, o que os namorados costumam fazer... Mas, se eu tivesse algum trabalho escolar, ele sempre me ajudava. Algumas vezes estudávamos horas juntos. Certa vez eu fui encarregada de montar um projeto de Natal para a classe que se formaria. Ele me ajudou todas as tardes, durante três semanas. Ele foi sensacional! “Mudei de marcha” e engatei a terceira na área das discórdias. Markos, quando os dois namoravam, você costumava ir com Maria à igreja aos domingos à noite? Sim, eu ia. Se não fosse, não tinha como vê-la no domingo à noite. O pai dela era superexigente. E ele nunca reclamou disso! Maria acrescentou. De fato, ele parecia gostar de ir. Até nos ajudou na programação de Natal!
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.

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