“Em uma escala de zero a dez, como está seu “tanque do amor” hoje
à noite?” Zero significa vazio e 10 quer dizer cheio até a boca e não há mais
como colocar algo. Faça uma leitura em seu próprio “tanque do amor” 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 ou 0. Seu
cônjuge, então, deverá perguntar: “O que farei para ajudar a enchê-lo?” E aí
você faz a sugestão algo que gostaria
que seu (sua) esposo (a) fizesse ou dissesse naquela noite. E o melhor que
puder, ele deverá atender sua solicitação. Depois, invertam a situação e
repitam o mesmo esquema de forma que ambos tenham oportunidade de ler as
condições de cada “tanque do amor” e fazer sugestões de como enchê-lo. Se
“jogarem” assim durante o três semanas, ficarão motivados a continuar, de
maneira informal, esta sincera e prática forma de expressar amor. Um marido me
disse: Não gostei da brincadeira do “tanque do amor”. Eu o joguei com minha
esposa. Cheguei em casa e perguntei a ela em que ponto em uma escala de zero a
dez achava-se o “tanque” dela naquela noite. Ela respondeu que em torno de 7.
Daí, perguntei-lhe de que forma eu poderia ajudar para que ele enchesse mais um
pouco. Sabe o que ela me respondeu? A melhor coisa que você poderia fazer para
mim esta noite era lavar a roupa. E ele mesmo concluiu: Amor e roupa para
lavar? Não dá para entender... Então eu lhe disse: O problema é exatamente
esse! Você não entende a linguagem do amor de sua esposa. Qual é a sua? Sem
pestanejar ele disse: Toque Físico e especialmente no campo sexual do
casamento. Então escute bem o que eu vou lhe dizer: O amor que você desfruta
quando sua esposa o ama através do toque físico, é o mesmo que ela sente quando
lhe pede para lavar a roupa. Então ela pode trazer toda a roupa que tiver que
eu lavo já! Lavo roupa todas as noites se isso fizer com que ela se sinta tão
bem!, ele gritou.
Se por acaso você ainda não descobriu sua primeira linguagem do
amor, faça anotações das vezes em que jogaram “Checagem do Tanque”. Quando seu
cônjuge lhe perguntar o que ele poderá fazer para encher seu tanque do amor,
sua sugestão, provavelmente, será uma indicação de sua primeira linguagem do
amor. Suas solicitações poderão ser provenientes de qualquer uma das cinco
linguagens, mas a maior parte delas possivelmente virá de sua primeira
linguagem do amor. Talvez alguns de vocês estejam, a esta altura, pensando o
que um casal, Raimundo e Helena, me disse: Pastor, tudo isso parece muito
lindo, mas o que fazer se a primeira linguagem de nosso cônjuge for uma que não
seja natural a nós?” Falarei sobre isso mais a frente.
Amar é um Ato de Escolha
Como falaremos a linguagem do amor um do outro, quando nossos
corações estão cheios de mágoa, raiva e res¬sentimento por fracassos
anteriores? A resposta a esta pergunta encontra-se na essência de nossa
humanidade. Somos criaturas que fazemos escolhas. Isso significa que temos a
capacidade de tomar decisões erradas, o que todos nós já fizemos. Já criticamos
pessoas e situações e magoamos muita gente. Não nos orgulhamos dessas escolhas
apesar de, no momento, termos justificativas para tê-las feito. Más atitudes
realizadas no passado não implica que devamos tornar a fazê-las no futuro. Ao
invés disso, podemos dizer: Desculpe, eu sei que lhe magoei, mas quero mudar
minha atitude. Desejo amá-la (o) em sua linguagem. Quero suprir suas
necessidades. Tenho visto casamentos que estavam à beira do divórcio serem
resgatados após o casal tomar a decisão de se amarem na linguagem um do outro.
O amor não apaga o passado, mas altera o futuro. Quando escolhemos expressar
nosso amor de forma mais ativa, e utilizamos para isso a primeira linguagem de
nosso cônjuge, criamos um clima emocional que pode curar as feridas dos
conflitos e fracassos de nosso passado. Breno estava em meu escritório. Parecia uma estátua sem
sentimentos. Ele fora até lá, não por iniciativa própria, mas a meu pedido. Uma
semana antes, sua esposa Beliza sentara- se na mesma poltrona onde ele estava e
chorara descontroladamente. Entre um soluço e outro ela conseguiu me contar que
ele lhe dissera não mais a amar e tomara a decisão de ir embora. Ela estava
arrasada. Quando conseguiu se controlar, ela disse: Trabalhamos tanto nestes
últimos três anos. Sei que não gastamos juntos o mesmo tempo que costumávamos,
mas achei que batalhávamos com o mesmo objetivo em mente. Não aceito que ele me
diga estas coisas. Ele sempre foi muito bom e carinhoso. É um ótimo pai. Como é
que ele pode fazer isso conosco? Ouvi enquanto ela descreveu seus doze anos de
matrimônio. A mesma história que já se repetiu tantas e tantas vezes. Tiveram
um namoro muito “curtido” e casaram-se muito apaixonados. Experimentaram uma
adaptação normal nos primeiros anos do casamento e também perseguiram o “sonho
Brasileiro”. Após um determinado período, a nuvem da paixão dissipou-se, mas
eles não aprenderam o suficiente para falar a primeira linguagem do amor um do
outro. Ela vivia, nos últimos anos, com o “tanque do amor” apenas pela metade,
mas recebia expressões de amor suficientes, a fim de pensar que tudo estava
bem. Porém, o “tanque do amor” de Breno estava vazio. Eu disse a Beliza que
conversaria com Breno. Liguei para ele e falei: Como você sabe, Beliza esteve
em meu consultório e contou-me o esforço que ela está fazendo para salvar o
casamento de vocês. Gostaria de ajudá-la; mas para isso preciso saber o que
você pensa a respeito. Breno concordou sem a menor hesitação e agora
encontrava-se sentado à minha frente. Sua aparência externa era exatamente o
oposto da de Beliza. Ela havia chorado descontroladamente, mas ele estava
inabalável. A impressão que eu tive dele é que havia chorado há semanas ou
meses atrás e agora existia uma dor interior. A história que Breno contou
confirmou minhas suspeitas.
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário