Gostaria, porém, que soubesse
desta minha decisão de ser a melhor esposa do mundo”. Seja qual for a resposta
dada, negativa ou positiva, aceite simplesmente como uma informação. Esta
colocação mostrará a ele que algo diferente está para acontecer no relacionamento
entre vocês dois. Em seguida continuei, com base em sua opinião de que a primeira
linguagem do amor de Gledson é “Toque Físico”,
e em minha suposição de que a segunda seja “Palavras de Afirmação”, focalize sua atenção nestas duas áreas
por um mês. Se Gledson conceder-lhe uma sugestão do que você deve fazer para ser uma melhor esposa, aceite essa informação e insira-a em seu plano. Procure traços positivos nele e manifeste apreciação por eles. Neste meio tempo,
pare com as críticas. Se
neste mês você tiver motivos para reclamar,
escreva-os em sua caderneta de anotações, ao invés de dizer qualquer coisa a Gledson. E finalmente
concluí, tome mais iniciativa em tocá-lo
fisicamente e também no envolvimento sexual. Surpreenda-o e seja mais agressiva, não simplesmente para corresponder às investidas dele. Coloque um alvo
de, nas primeiras duas semanas, ter relações sexuais pelo menos uma vez a cada sete dias e nas duas seguintes, duas
vezes em cada semana. Ana me contara que, durante os últimos seis meses,
ela e Gledson tiveram somente uma ou duas relações sexuais. Imaginei
que este plano tiraria as coisas do marasmo em que se encontravam em menos tempo. Se você afirmar ter sentimentos que
não nutre, isso ê hipocrisia. Porém, expressar um ato de amor em benefício, ou
para o prazer de outra pessoa, é um ato de escolha. Ana então disse: Pastor, isso será realmente difícil! É quase impossível
corresponder-me sexualmente com ele, pois ignora-me
o tempo todo. Sinto-me usada e não amada em nossas relações sexuais. Ele me trata como se eu fosse totalmente insignificante em outras áreas e, de repente,
quer ir para a cama e usar meu corpo.
Magôo-me muito com isso e esta deve ser a razão de termos tão pouco
envolvimento sexual nos últimos anos. Respondi então a Ana, com real compreensão
pelo que ela passava: Sua reação é
absolutamente natural e normal. Para a maioria
das esposas, o desejo de ter relações sexuais com os maridos é decorrente do fato de serem amadas por
eles. Se elas se sentem prestigiadas, então querem ter relações sexuais.
Se não, sentem-se usadas no contexto sexual. É por este motivo que amar a quem
não nos ama é extremamente difícil. É algo
que vai além de nossas tendências normais. É preciso confiar
profundamente em Deus para poder fazer isso. Creio que Ele a ajudará, se você
ler novamente o sermão de Jesus sobre o amar os inimigos, ou seja, a quem nos
odeia e nos usa. Depois,
peça a Deus ajuda para colocar em prática os ensinos de Cristo. Dava para perceber
que Ana concordava com o que eu lhe dizia. De vez em quando ela
balançava a cabeça afirmativamente, mas
seus olhos afirmavam que ela estava com muitas dúvidas: Mas Pastor, não é uma hipocrisia demonstrar amor
sexual quando se tem tantos sentimentos negativos por uma pessoa? Minha
resposta foi: Acho que seria bom conversarmos um pouco sobre a diferença entre
amor como sentimento e amor como ação. Se você afirmar ter sentimentos que não nutre, isso
é hipocrisia e esta comunicação falsa não é uma boa forma para se construir
um relacionamento íntimo. Porém, se você expressar um ato de amor em benefício ou para o prazer de outra pessoa, é um ato de escolha. Você não atribuirá
àquele ato um profundo envolvimento emocional. Creio que foi exata mente
isto que Jesus quis dizer. Fiz uma pequena pausa e prossegui: Certamente não dá
para termos sentimentos calorosos por quem nos odeia. Isso não seria normal,
mas, por outro lado, podemos realizar atos
de amor por eles. E isso é uma decisão nossa. Esperamos que tais atos de
amor produzam efeitos positivos em suas
atitudes, seu comportamento e
tratamento. Pelo menos, escolhemos fazer algo positivo por eles. Minha
resposta, aparentemente, satisfez a Ana, pelo menos naquele momento.
Fiquei com a sensação de que precisaríamos conversar sobre isso novamente. Eu
também sentia que, se aqueles planos fossem postos em prática, seriam devido à profunda fé que ela nutria em Deus. Tornei a dizer-lhe: Eu gostaria que, depois
de um mês, perguntasse a Gledson se você melhorou ou não. Coloque em suas
próprias palavras, mas pergunte a ele algo como: “Gledson, lembra-se quando
umas semanas atrás eu lhe disse que gostaria de ser a melhor esposa do mundo?
Seria possível você me dizer o que tem achado?”
Prossegui com outras propostas: Seja qual for a resposta de Gledson, aceite-a como
uma informação. Ele pode ser sarcástico, frívolo, hostil ou positivo.
Seja qual for a resposta que ele lhe der, não argumente, aceite-a e
assegure-lhe que você fala sério e realmente quer ser a melhor esposa do mundo,
e se ele tiver sugestões, você está aberta para elas. Além do mais prossegui, mantenha o hábito de interrogá-lo nesse
sentido uma vez por mês, durante os seis
primeiros meses. Quando Gledson lhe der o primeiro retorno positivo, e disser algo como: “É... tenho de
admitir que quando você me falou que
gostaria de tentar ser a melhor esposa do mundo, eu quase morri de rir;
no entanto, tenho de aceitar que as coisas
têm andado diferentes por aqui!”; você
saberá que seus esforços começam a modificá-lo emocionalmente. Ele
talvez lhe conceda um retorno positivo de pois
do primeiro mês, do segundo ou mesmo do terceiro. Uma semana depois de
você receber o primeiro retorno positivo, quero
que faça um pedido a Gledson algo que
gostaria que ele fizesse, e esteja
relacionado com sua primeira linguagem
do amor. Por exemplo, numa bela noite você pode ria virar-se para ele e
dizer algo parecido com: “Gledson, sabe o
que eu estou com vontade de fazer? Você se lembra de como nós costumávamos jogar “Xadrez” juntos? Eu gostaria tanto que jogássemos juntos,
só nós dois, na quinta-feira à noite! As crianças
vão ficar na casa da Mariana. Você acha que seria possível?” Ana prossegui , coloque esse pedido de
forma específica, não geral. Não diga algo
como: “Sabe, gostaria muito que a gente pudesse gastar mais tempo juntos”.
Isso é muito vago. Como é que você saberá se
ele fará ou não o que pediu? Mas...
se fizer um pedido específico, ele saberá exata mente o que você quer e
com certeza reagirá. Quando ele o fizer, será pela escolha de realizar algo que
a agrade. E finalmente, faça, a cada
mês, um pedido específico. Se ele a
atender, ótimo; se não concordar, não se importe. Uma coisa é certa: quando atender seu pedido, você saberá que ele procura
satisfazer a sua necessidade. Nesse processo, você o ensinará a falar sua
primeira linguagem do amor, porque os
pedidos que fará com certeza são parte dela. Se ele decidir amá-la através de sua primeira linguagem do amor, suas
emoções positivas relativas a ele despontarão na superfície. Seu “tanque” emocional começará a encher e, a seu tempo, o
casamento renascerá. Ana então
disse: Pastor, eu faria qualquer coisa
se isso fosse possível. Talvez você precise de um milagre em seu casamento.
Por que não tenta colocar em prática a experiência de Ana ? Bem. Dará um bocado de
trabalho, mas acredito que compensa uma tentativa. Eu, pessoalmente, estou
muito interessado em ver se esta
experiência dará certo e se esta hipótese comprovar-se-á. Gostaria que
nos encontrássemos sistematicamente durante
este processo; talvez a cada dois meses,
e você fizesse anotações das palavras de afirmação que disser a Gledson a cada semana. Gostaria,
também, que
me trouxesse a lista das reclamações
anotadas em sua caderneta; aquelas que você não vai revelar para
Gledson. Pode ser que, através destas
reclamações, eu consiga ajudá-la a formular
pedidos que possam ir ao encontro do suprimento destas frustrações. Finalmente, gostaria que você aprendesse como compartilhar
suas frustrações e irritações de forma construtiva
e os dois conseguissem lidar com isso. Mas, durante estes seis meses de experiência, quero que você as anote sem nada dizer a Gledson. Ana levantou-se e acredito que já com a resposta à
famosa pergunta que me fizera: “E possível amar alguém a quem se odeia?” Nos seis meses que se seguiram, Ana viu uma tremenda mudança na
atitude e no tratamento de Gledson para com ela. Nos primeiros 30 dias ele
estava frívolo e lidou com a situação de forma superficial. Porém, após o
segundo mês, ela já recebeu dele o retorno positivo de seus esforços. Nos
últimos quatro meses, ele respondeu positivamente a quase todos os seus
pedidos, e seus sentimentos para com ela começaram a sofrer uma drástica
mudança. Gledson nunca apareceu para o
aconselhamento, mas ouviu algumas de minhas fitas e discutiu-as com Ana. Chegou mesmo a encorajá-la a continuar
suas sessões de aconselhamento, o que durou por mais três meses após o final da experiência. Atualmente, Gledson segreda
a seus amigos que eu sou um “milagreiro”. Sei, no entanto, que o amor é
que faz milagres. Talvez você precise de um
milagre em seu casamento. Por que não tenta colocar em prática a
experiência de Ana? Diga a seu cônjuge o que
tem pensado sobre o casamento dos dois, e que gostaria de fazer o
possível para suprir de forma melhor suas
necessidades. Peça sugestões de como melhorar. As propostas que forem
dadas servirão de dicas para que se
descubra sua primeira linguagem do amor. Se ele (ela) não fizer alguma sugestão, tente descobrir sua
primeira linguagem do amor através
das reclamações feitas ao longo dos anos.
Então, durante seis meses, focalize sua atenção naquela linguagem. Ao final de cada mês, solicite um
retorno de como você evolui por
intermédio de outras sugestões. Quando
seu cônjuge demonstrar melhoras, espere uma semana e então faça um
pedido específico. A solicitação deverá ser de algo que realmente apreciaria
que ele (ela) fizesse por você. Se ele (ela) decidir atendê-la (o), saberá que
ele (ela) tomará aquela atitude com o
objetivo de suprir suas necessidades.
Se ele não atender seu pedido, continue a amá-lo. Talvez no próximo mês
você receba uma resposta positiva. Se seu cônjuge começar a falar sua
linguagem do amor através do atendimento a seus pedidos, as emoções positivas
sobre ele (ela) voltarão e, a seu tempo, seu casamento renascerá. Não posso
garantir os resultados, mas são muitas as pessoas a quem aconselhei que experimentaram
os milagres do amor.
Notas 1.Lucas 6:27, 31-32.
2. Lucas 6:38.
Nenhum comentário:
Postar um comentário