sábado, 13 de abril de 2013

AS LÍNGUAGENS DO AMOR-P/51



                                       ASLÍNGUAGENS DO AMOR-P/51

O conceito das linguagens do amor também pode ser aplicado aos filhos? Essa pergunta sempre me é feita por aqueles que parti­cipam de meus seminários sobre casamento. Minha resposta genérica é sim. Quando as crianças são pequenas, não há como saber a primeira linguagem do amor delas. Portanto, use todas  e você terá mais possibilidades de desco­bri-la. Outra dica: ao observar o comportamento de seus fi­lhos, será possível desvendar, mais facilmente, a primeira linguagem do amor deles. Carlos tem seis anos de idade. Quando seu pai chega em casa à noite, após o trabalho, ele pula em seu colo e despenteia os cabelos dele. O que esta criança quer dizer com isso? “Quero ser tocado.” Ele toca em seu pai porque também deseja ser acaricia­do. A primeira linguagem do amor de Carlos, muito possi­velmente, é “Toque Físico”. Paulo é vizinho de Carlos. Ele tem cinco anos e meio e ambos brincam juntos. O seu pai, no entanto, encontra uma situação completamente diferente ao chegar em casa do tra­balho. Paulo diz entusiasmado: Venha cá, papai. Quero lhe mostrar uma coisa. Paiê, vem cá! E o pai responde: Espere um pouco, Paulo! Deixa eu dar uma olhada no jornal, primeiro. O menino vai ao seu quarto, mas volta em quinze segundos, e diz: Papai, venha até o meu quarto. Eu quero mostrar-lhe uma coisa. Papai, quero mostrar-lhe agora!! O pai responde: Só um instante, filho. Deixe-me terminar de ler o jornal. A mãe de Paulo aparece neste momento e passa-lhe um “pito”. Ela lhe diz que o pai está cansado, e ele deve deixá-lo ler o jornal sossegado. Ele então diz: Mas mamãe, eu quero mostrar paro o papai aquilo que eu fiz. Eu sei, mas “dê um tempo” para o seu pai ler o jornal  a mãe responde. Um minuto mais tarde, Paulo vai em direção de seu pai e pula em cima do jornal e ri. O pai fica bravo e pergunta: O que é que você está fazendo, Paulo? Paulo responde: Quero que você vá ao meu quarto comigo, ver o que eu fiz! O que Paulo então solicita? “Qualidade de Tempo”. Ele quer a atenção total de seu pai e não vai parar enquanto não a conseguir, mesmo que para isso tenha de fazer uma bela cena. Se o seu (sua) filho (a) pegar algum objeto, embrulhá-lo e der a você com um brilho todo especial nos olhos, a pri­meira linguagem do amor dele, provavelmente, é “Receber Presentes”. Ele (ela) os concede, porque gostaria de receber algo em troca. Se você observar seu filho, ou filha, sempre desejoso (a) de ajudar os irmãozinhos, isso provavelmente significa que a linguagem dele (dela) é “Formas de Servir”. Se ele ou ela tiver o hábito de elogiá-lo (a) constantemente, ao afirmar que você está muito elegante, é um bom pai ou uma boa mãe e que bom trabalho você fez, são fortes indica­dores de que a primeira linguagem do amor dele (dela) é “Palavras de Afirmação”. Tudo isso se passa a nível do inconsciente da criança, ou seja, ela propositadamente não pensa: “Se eu der um pre­sente a meus pais, eles também me darão outro; se eu os to­car, também serei acariciado”; mas o comportamento dela é motivado por seus desejos emocionais. Talvez tenha apren­dido, por experiência própria, que ao falar ou dizer determi­nadas coisas, recebe um padrão de reação dos pais. Portan­to, o que ela faz ou diz tem o objetivo de suprir suas necessi­dades emocionais. Se tudo prosseguir normalmente e suas necessidades emocionais forem supridas, tudo se encaminha­rá para que se tornem adultos responsáveis. Porém, se a ca­rência emocional não for suprida, podem chegar a violar determinados padrões, ou expressar a ira contra seus pais, por eles não terem suprido suas necessidades. Isto também os levará a procurar amor em lugares inadequados. Um psiquiatra que me falou pela pri­meira vez do “tanque do amor” emocional, diz que durante os muitos anos em que tratou de adolescentes envolvidos em comportamentos sexuais irregulares, havia entre eles algo cuja carência afetiva deveria ter sido suprida pelos pais. Sua opi­nião era que praticamente toda conduta sexual irregular em adolescentes tinha sua raiz em um “tanque” do amor emocio­nal vazio.
Por que, quando os filhos ficam mais velhos, nossas “Palavras de Afirmação” tornam-se palavras de condenação?
Você já reparou esse tipo de coisa ocorrer em sua comunidade? Um adolescente foge de casa. Os pais levantam suas mãos para o alto e perguntam: “Como ele pôde fazer isso comigo, depois de tudo o que realizei por ele?” Aquele adolescente, porém, a vários quilômetros de distância, abre o seu coração para algum conselheiro e diz: “Meus pais não me amam. Eles nunca gostaram de mim. Eles amam meu irmão, mas jamais gostaram de mim.” Será que estes pais amam aquele adolescente? Na mai­oria dos casos, sim. Então, onde está o problema? Quase sem­pre este tipo de situação ocorre quando os pais não sabem comunicar seu amor em uma linguagem que o filho possa entender. Talvez eles comprem luvas de boxe e bicicletas para mostrar seu amor, mas talvez o filho grite: “Por favor, alguém deseja jogar bola comigo!?” A diferença entre comprar uma bola e jogar com seu filho pode ser um “tanque” do amor cheio ou vazio. Os pais procuram, sinceramente, amar seus filhos (a maioria deles age as­sim), mas somente sinceridade não adianta. Precisamos apren­der a falar a primeira linguagem do amor de nossos filhos, se quisermos suprir-lhes sua necessidade emocional de amor. Olhemos para as cinco linguagens do amor, no propó­sito de compreendermos nossos filhos:

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