terça-feira, 30 de julho de 2013

Apreço, um amor que não tem preço...30/07/2013

       


Então Isaque levou Rebeca para a barraca onde Sara, a sua mãe, havia morado, e
ela se tornou a sua mulher. Isaque amou Rebeca e assim foi consolado depois da
morte da sua mãe. Gn 24:67 E Isaque orou insistentemente ao SENHOR por sua mulher, porquanto era estéril; e o SENHOR ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu. Gênesis 25:21
A presença de Rebeca foi capaz de suprir a necessidade de amor que Isaque tinha
após a morte de sua mãe. A solidão foi embora e a alegria tomou conta de seu
coração, mas como todo casal, ainda havia problemas a serem resolvidos, pois Rebeca
era estéril e eles precisavam de um filho. Isaque, então, tomou as rédeas do problema
e tratou disso com Deus, e o fez de uma maneira tão insistente que moveu o coração
de Deus e ela concebeu. Outros ícones dos Hebreus optaram por arrumar uma amante
para gerarem filhos, mas não Isaque. Nesse sentido, eles simbolizam aquilo que há de
melhor nos relacionamentos bíblicos, pois eles viveram numa época em que a
poligamia era admissível socialmente, mas nem por isso eles se deixaram influenciar,
especialmente, porque o amor deles foi algo lindo, sem terceiros, sem nada que
roubasse o coração de um ou do outro, uma exclusividade total. Eu fico imaginando o
quanto Rebeca deve ter se sentido amada ao ver seu marido tratando pessoalmente
com Deus sobre a sua esterilidade. Naquele instante ela era, aos seus próprios olhos, a
mulher mais importante do mundo. Ele poderia ter aproveitado a oportunidade para
arrumar uma amante, mas não o fez, e a recompensa foi uma família não perfeita, mas
próspera. Basta olhar para a vida de alguns personagens bíblicos e veremos o estrago
que as amantes provocaram em suas vidas, veja Abraão e Agar, Elcana e Penina, Davi e Bate Seba, todos com sérios problemas em família, onde tragédias, conflitos e tristezas eram constantes. A verdade é que tanto o marido como a esposa têm necessidade de se sentirem importantes para o cônjuge, eles querem ser aceitos com suas virtudes e também com seus muitos defeitos, visto que não se revestiram de perfeição e por melhores que sejam ainda não nasceram asas em suas costas, sinal que continuam humanos e não seres angelicais. Dê uma olhadinha nas costas do seu cônjuge, verifique se lhe nasceram asas, caso não encontre nada aí, além de algumas espinhas, é sinal de que ele ainda é humano e, portanto, irá precisar ser aceito como é, e de vez em quando, perdoado quando falhar. Ter apreço por alguém fala do valor que atribuímos a esta pessoa, o quanto ela é importante para nós e o quanto nos importamos com ela, fazendo coisas para o seu bem estar. Você pode encontrar todas as outras colunas em um relacionamento, porém, se a coluna do apreço não existir, as demais não serão suficientes para manter um relacionamento por muito tempo. Por isso que Paulo fala em I Co 13 que podemos ter muitas virtudes e poderes, porém, se não houver amor, então, nada feito, seremos como címbalo que ressoa. Sabe o que é isso? São pratos metálicos, instrumentos musicais, que se bate um contra o outro, quando tocado sozinho produz som, mas não produz música. E quando acompanhado de outros instrumentos ele se encaixa bem e dá vida a melodia. Pode haver muitas virtudes numa relação, porém, se não houver apreço, será só barulho, não melodia.
Apreço é admiração, é reconhecimento. Então pergunto a você mulher: Você tem
dado valor ao seu marido? E tem falado isso a ele? Os homens precisam ser admirados
mais por aquilo que fazem, constroem e conquistam do que propriamente pela sua
beleza física ou qualquer outra coisa. Também se sentem valorizados e aceitos quando
enaltecemos os seus valores éticos e morais. Experimente falar das qualidades que
você enxerga nele, fale isso não só para ele, mas na presença de outras pessoas, quem
sabe dos seus filhos, e fique atento e perceba o quanto fará bem a ele. Às vezes, por
ignorância nossa, temos o costume de aproveitar a presença de pessoas estranhas
para mandarmos recados para o cônjuge criticando alguns comportamentos, mas isso
o aborrece e envergonha, e geralmente, não produz o efeito desejado. O correto é
censurar em particular e elogiar publicamente. Goethe, um pensador diz assim: "Trate as pessoas da forma como elas devem ser e ajude-as a se tornarem o que elas são capazes de ser." Simplificando eu diria: "Trate as pessoas como se elas já fossem e elas serão". Trate o marido como se já fosse um cavalheiro e ele se tornará em um, trate a
esposa como se ela fosse caprichosa e ela adquirirá capricho nas coisas que faz.
Toda vez que elogiamos a macarronada da esposa, dizendo que ela faz a melhor
macarronada do mundo, além de se sentir amada, ela irá caprichar ainda mais no
próximo almoço. Está em nós o dever de cooperar para que os outros sejam melhores a cada dia, isso é apreço, é querer bem, é provocar o melhor no outro. Apreço também tem a ver com cuidado, estima, segurança e proteção. O tanque emocional precisa estar sempre cheio, a certeza de que é amado, de que faz parte da vida do outro é imprescindível para um convívio por longos tempos. Alguém disse: "Quem ama cuida" e é verdade, pois tudo aquilo que queremos bem, que estimamos, nós buscamos proteger, cuidar para que continue assim, sempre reluzente. O apreço é tão importante que a ausência dele faz com que uma mulher mesmo amando o marido, porém se sentindo abandonada por ele, excluída do seu coração, acaba cedendo a tentação do adultério. E faz isso em busca de ser apreciada, em busca de alguém que lhe atribua algum valor. Instintivamente, buscamos pertencer a alguém ou grupo que nos aprecie, e é essa necessidade que leva os meninos para as gangs, a menina para o motel com um homem mais velho, que leva a mulher honesta aos braços do amante. O apreço será por cada um de nós buscado, ainda que seja num amor maligno e perverso.
Quando você homem, usa de cavalheirismo para com sua esposa, é sinal de apreço,
de estima. Você está, na verdade, lhe conferindo honrarias dignas de alguém que é
bem vinda na sua vida. Quando você aguça a sua sensibilidade para atender aos apelos silenciosos dela, isso é apreço. Outro dia uma esposa disse assim:
"Pastor, meu marido já não me enxergava dentro de casa, já não notava mais que
me arrumava para ele, que fiz um corte de cabelo, que comprei roupas íntimas para
ficar mais bonita para ele. Um abraço e beijos, só em datas especiais e ainda assim,
bem frios, e nisso tudo, eu estava me sentindo um "trapo velho" e daí, trair foi a forma
que encontrei para provar para mim mesma que eu não estava morta, que ainda tinha
valor para alguém, e com isso eu destruí minha vida". Se existe segredos para o sucesso num relacionamento conjugal este é um deles, que o casal para continuar sempre junto deve aumentar o prazer e diminuir os conflitos. E veja que o prazer de se estar junto não requer grandes momentos, coisas extravagantes, não. Não precisa nada disso. Basta um lugar aconchegante, uma praça, um jardim, mãos dadas, braços que se abraçam e bocas que murmuram palavras de amor, do jeitinho que fala a canção. E para diminuir os conflitos, é primeiro diminuir nosso nível de exigência, aumentando nossa tolerância, respeitando as diferenças, e ao invés de criticar o que se faz, o melhor é indicar como gostaria que fosse feito. Não se deve dizer isto ou aquilo está mal feito, está ruim, mas sim, gostaria que fosse feito desta ou daquela maneira, isso muda tudo, não agride e cria a oportunidade de
melhorar. Porque às vezes o casal briga por coisas tão pequenas? Porque o nível de exigência é alto demais. Não se tolera o menor erro, o pequeno deslize, e são essas "raposinhas", veja Ct 2:15, que fazem grandes males ao casamento.
Porque será que tratamos com prioridade pessoas que nos tratam apenas como
uma opção e tratamos como opção pessoas que deveriam ser tratadas como uma
prioridade? Passamos boa parte da nossa vida dando o nosso melhor para pessoas que
pouco se importam conosco, e dando o pior para aqueles que nos são mais
importantes. É preciso mudar isto com urgência.
Quando um cônjuge percebe que o outro está fazendo o seu melhor para lhe
oferecer conforto, segurança, bem estar, carinho, afeto, ternura, então, se dá conta
que tem valor, que é especial para alguém e nesse vai e vem de cuidados e zelos, passa
a retribuir da mesma forma, e assim o amor cresce e se fortalece, e está erigida a
primeira coluna de sustentação de um casamento duradouro e prazeroso, o apreço.
             Descobrindo o amor
Uma semana após a criação da mulher, o homem voltou-se a Deus e disse-lhe:
Senhor, a criatura que fizestes para ser minha companheira transformou a minha
vida num tormento. Ela fala sem cessar e insiste em que lhe dê atenção o dia inteiro.
Chora por qualquer motivo. Fica emburrada com facilidade e é quase impossível
fazer com que deixe de ficar emburrada. Vim devolvê-la. Por favor, não se ofenda,
mas, não posso viver com ela.
            Uma semana depois:
Senhor, minha vida ficou tão vazia desde que eu lhe devolvi a mulher que me
deste. Penso nela o tempo todo, em sua alegria, seus olhos, sua voz, seus beijos e
abraços. Como dormia em meus braços, como se fosse um anjo. Se for possível,
Senhor pede que a devolva para mim.
             Uma semana depois:
Senhor, não sei como lhe explicar, mas nestas últimas semanas cheguei à
conclusão que ela me causa mais problemas do que alegrias. Tome-a de volta, por
favor! Não consigo viver com ela! Mas, também não pode viver sem ela!
É verdade, Senhor, não consigo viver com ela e não consigo viver sem ela. O quê
está acontecendo comigo, meu Deus?
Você acaba de descobrir o AMOR. O único modo de vocês conseguirem viver
juntos é com amor.

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