quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O divórcio e o recasamento-P/01



                    O divórcio e o recasamento-P/01


O divórcio e o recasamento devem ser esperados no meio pagão, que virou as costas para Deus e fechou-lhe a alma. A quebra do vínculo matrimonial e o adultério do recasamento surgiram no paganismo e lá devem ficar.
O divórcio e o recasamento, como evidentes frutos da “dureza de coração” nunca deveriam ter entrado no meio cristão. O divórcio e o recasamento são o contrário do casamento. O divórcio e o recasamento são do Diabo e do pagão, diferentemente o casamento é de Deus e do cristão. O divórcio e o recasamento são completamente incompatíveis com o cristianismo bíblico. Se um divorciado e recasado for mesmo um cristão, então é um cristão vivendo como um pagão, ou um filho de Deus vivendo como um filho do diabo. Que Deus tenha misericórdia dele! Pois é culpado de destruir sua família legítima, cooperar para o caos social e principalmente, culpado de trazer vergonha e desonra para o nome de Deus e de Seu Reino, tornando nulo e desmoralizado o testemunho da igreja de Cristo.
Quando a lei de Deus e a lei dos homens entram em conflito, ao cristão genuíno não resta dúvida a qual lei deve ser fiel. “Antes importa obedecer a Deus que aos homens”, “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. Os fariseus foram condenados por Cristo, por misturarem e às vezes trocarem os mandamentos de Deus pelos mandamentos dos homens. A religião institucionalizada e estabelecida dos fariseus, através de interpretações casuísticas conseguiu astuciosamente estabelecer uma posição favorável ao divórcio e ao recasamento.
Cristo confrontou várias vezes a religião estabelecida de seu tempo, quando esta contemporizava ou se acomodava aos costumes pagãos. Sendo o divórcio, um dos muitos casos em que a religião judaica coxeou entre a lei de Jeová e o paganismo, numa flexibilização e contemporização fatais.

A ENTRADA MALIGNA E TARDIA  DO DIVÓRCIO NA IGREJA CRISTÃ – 16 SÉCULOS d.C


Muitos cristãos desavisados pensam que o divórcio e recasamento foram aceitos durante toda a história da igreja. No Antigo Testamento o divórcio e o recasamento entraram no meio do povo de Deus durante o cativeiro Egípcio. O divórcio no VT é filho do paganismo egípcio. O divórcio e o recasamento nas igrejas cristã é relativamente recente, tem aproximadamente apenas cinco séculos, contra dezesseis séculos em que a igreja cristã não tolerou e nem admitiu o divórcio em seu rol de membros.
O humanismo (entronização do homem e destronização de Deus) renascentista do século dezesseis é o pai do divórcio e do recasamento nas igrejas cristãs. Essa foi a época, que os historiadores chamam de “idade moderna”. Também foi a época do rompimento com paradigma ou modelo teocêntrico (Deus no centro) e cristão, trocado pelo paradigma antropocêntrico (o homem no centro) e pagão.
A Quebra do Paradigma Teocêntrico em favor do Paradigma Antropocêntrico
 No século XVI começou a “idade moderna”, e juntamente com ela nascem o humanismo ou a destronização de Deus em favor do reinado absoluto do homem. O homem estava cansado de ter toda a sua vida controlada pela religião católica e decidiu livrar-se não somente da tirania de Roma, mas do próprio cristianismo. Vários movimentos surgiram visando romper o modelo teocêntrico de ver a vida, por uma maneira antropocêntrica de enxergar todas as coisas. Deus e suas leis deveriam ser deixados de lado, e o homem e suas leis passavam a ser medida e norma de todas as coisas. 
Foi nesta época, de rompimento do paradigma teocêntrico (Deus no centro de Tudo), e favor do paradigma antropocêntrico (o homem no centro de Tudo), que surgiu pelo lado secular, o renascimento, e pelo religioso, a reforma protestante. Ambos os movimentos enfatizam a liberdade, igualdade e fraternidade de todos os homens. Esta trilogia: liberdade, igualdade e fraternidade só iria ficar explicita na revolução francesa, mas, já no movimento renascentista e na reforma protestante eles estavam presentes.
O Renascimento rompia com a escolástica ou estudos teológicos romanos surgidos na Idade Média e voltava-se para os antigos clássicos pagãos, onde o homem era o centro e a medida de todas as coisas.
A Reforma protestante foi o movimento que rompeu com a teologia escolástica romana e voltou-se diretamente para os originais da Bíblia. Os reformadores também queriam livrar-se do jugo imperial de Roma, porém, advogavam que somente em Cristo poderia haver liberdade, igualdade e fraternidade.
O desejo de liberdade dos reformadores em algumas áreas foi além do que era bíblico. Inspirados no clima de liberdade da época, fruto do humanismo renascentista. No caso de divórcio e recasamento seguiram as conclusões do humanista Erasmo de Roterdan, que tomou posição favorável ao divórcio e ao recasamento.
“Iluminados” pelo humanista Erasmo de Roterdan
“Iluminados”, não pelo Espírito Santo, mas, pelo humanista Erasmo de Roterdan, Lutero e os demais reformadores, contrariando dezesseis séculos de crença bíblica na indissolubilidade do casamento, deram liberdade para que cônjuges vítimas de infidelidade conjugal pudessem se divorciar e recasar novamente.  De modo que divórcio e recasamento são fruto de humanismo e desvio da prática secular da igreja primitiva.

DIVÓRCIO E RECASAMENTO: FILHOS DO HUMANISMO RENASCENTISTA


A igreja evangélica moderna tem se distanciado cada vez mais da igreja primitiva que resistiu valentemente ao divórcio e ao recasamento até o século XVI. Render-se ao paganismo divorcista e recasamentista tem custado caríssimo a igreja cristã. A razão é clara: aceitar divorciados e recasados na membrasia da igreja não vem da Bíblia, nem dos tempos apostólicos, nem da igreja primitiva, mas da aceitação do humanismo e antropocentrismo ressurgidos com o Renascimento do Século XVI, consolidado com o movimento Iluminista, retratados na trilogia da Revolução Francesa: Liberdade, fraternidade e igualdade, ou seja, todos os homens são iguais, não tendo nada superior acima deles, nada e ninguém para lhes restringir a liberdade ou dizer o que fazer.
Este clima está plenamente estabelecido na sociedade pós-moderna e pós-cristã em que vivemos. Há lugar para tudo, menos para Deus e para autoridade da Sua Palavra. Lamentavelmente, o mesmo podemos dizer da igreja evangélica moderna. Há lugar para tudo que fortaleça a imagem e auto-satisfação do homem “moderno”, menos para a autoridade, relevância e suficiência da Palavra de Deus. Música psicodélica que produza satisfação, sensualidade e êxtase; mensagens psicologizadas voltadas para a auto-estima e para o sucesso aqui e agora; filosofia de marketing que sempre favoreça e satisfaça o membro (“freguês”); pragmatismo casuísta que sempre dar um “jeitinho” de transformar magicamente “males” em “bem”, coisas pagãs em cristãs, profanas em santas, adultério em casamento, etc.
O desvio e apostasia do povo de Deus, sempre se renovam e reaparecem.
A igreja cristã, após a reforma protestante, perigosamente seguindo acomodação e rendição judaica ao paganismo divorcista e recasamentista, também, flexibilizou seu conceito de casamento indissolúvel, e passando por cima do claro ensino bíblico foi progressivamente tolerando o divórcio e o recasamento até aceita-lo como uma instituição “cristã”. Essa prática antibíblica e anticristã, já está tão solidamente implantada no meio cristão, que falar de casamento indissolúvel, de pecado e adultério em relação a divorciados e recasados, parece soar como legalismo, heresia e exagero aos ouvidos dos cristãos modernos.
A cultura divorcista e recasamentista além de ser um dos grandes males, também, é um dos grandes sinais que caracterizam não só a paganizada, acomodada, desmoralizada e falida igreja evangélica moderna, mas especialmente aponta para o tempo do fim: ”casavam e davam em casamento”.

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