O divórcio e o recasamento devem
ser esperados no meio pagão, que virou as costas para Deus e fechou-lhe a alma.
A quebra do vínculo matrimonial e o adultério do recasamento surgiram no
paganismo e lá devem ficar.
O divórcio e o recasamento, como
evidentes frutos da “dureza de coração” nunca deveriam ter entrado no
meio cristão. O divórcio e o recasamento são o contrário do casamento. O
divórcio e o recasamento são do Diabo e do pagão, diferentemente o casamento é
de Deus e do cristão. O divórcio e o recasamento são completamente
incompatíveis com o cristianismo bíblico. Se um divorciado e recasado for mesmo
um cristão, então é um cristão vivendo como um pagão, ou um filho de Deus
vivendo como um filho do diabo. Que Deus tenha misericórdia dele! Pois é
culpado de destruir sua família legítima, cooperar para o caos social e
principalmente, culpado de trazer vergonha e desonra para o nome de Deus e de
Seu Reino, tornando nulo e desmoralizado o testemunho da igreja de Cristo.
Quando a lei de Deus e a lei dos
homens entram em conflito, ao cristão genuíno não resta dúvida a qual lei deve
ser fiel. “Antes importa obedecer a Deus que aos homens”, “Tudo
me é lícito, mas nem tudo me convém”. Os fariseus foram condenados por
Cristo, por misturarem e às vezes trocarem os mandamentos de Deus pelos
mandamentos dos homens. A religião institucionalizada e estabelecida dos
fariseus, através de interpretações casuísticas conseguiu
astuciosamente estabelecer uma posição favorável ao divórcio e ao recasamento.
Cristo confrontou várias vezes a
religião estabelecida de seu tempo, quando esta contemporizava ou se acomodava
aos costumes pagãos. Sendo o divórcio, um dos muitos casos em que a religião
judaica coxeou entre a lei de Jeová e o paganismo, numa flexibilização e
contemporização fatais.
A ENTRADA MALIGNA E TARDIA DO DIVÓRCIO NA IGREJA CRISTÃ – 16 SÉCULOS d.C
Muitos cristãos desavisados
pensam que o divórcio e recasamento foram aceitos durante toda a história da
igreja. No Antigo Testamento o divórcio e o recasamento entraram no meio do
povo de Deus durante o cativeiro Egípcio. O divórcio no VT é filho do paganismo
egípcio. O divórcio e o recasamento nas igrejas cristã é relativamente recente,
tem aproximadamente apenas cinco séculos, contra dezesseis séculos em que a
igreja cristã não tolerou e nem admitiu o divórcio em seu rol de membros.
O humanismo
(entronização do homem e destronização de Deus) renascentista do século
dezesseis é o pai do divórcio e do recasamento nas igrejas cristãs. Essa foi a
época, que os historiadores chamam de “idade moderna”. Também foi a época do
rompimento com paradigma ou modelo teocêntrico (Deus no centro) e cristão,
trocado pelo paradigma antropocêntrico (o homem no centro) e pagão.
A
Quebra do Paradigma Teocêntrico em favor do Paradigma Antropocêntrico
No século XVI começou a “idade moderna”, e
juntamente com ela nascem o humanismo ou a destronização de Deus em favor do
reinado absoluto do homem. O homem estava cansado de ter toda a sua vida
controlada pela religião católica e decidiu livrar-se não somente da tirania de
Roma, mas do próprio cristianismo. Vários movimentos surgiram visando romper o
modelo teocêntrico de ver a vida, por uma maneira antropocêntrica de enxergar
todas as coisas. Deus e suas leis deveriam ser deixados de lado, e o homem e
suas leis passavam a ser medida e norma de todas as coisas.
Foi nesta época, de rompimento do
paradigma teocêntrico (Deus no centro de Tudo), e favor do paradigma
antropocêntrico (o homem no centro de Tudo), que surgiu pelo lado secular, o
renascimento, e pelo religioso, a reforma protestante. Ambos os movimentos
enfatizam a liberdade, igualdade e fraternidade de todos os homens. Esta
trilogia: liberdade, igualdade e fraternidade só iria ficar explicita na
revolução francesa, mas, já no movimento renascentista e na reforma protestante
eles estavam presentes.
O Renascimento rompia com
a escolástica ou estudos teológicos romanos surgidos na Idade Média e
voltava-se para os antigos clássicos pagãos, onde o homem era o centro e a
medida de todas as coisas.
A Reforma protestante foi
o movimento que rompeu com a teologia escolástica romana e voltou-se
diretamente para os originais da Bíblia. Os reformadores também queriam
livrar-se do jugo imperial de Roma, porém, advogavam que somente em Cristo
poderia haver liberdade, igualdade e fraternidade.
O desejo de liberdade dos
reformadores em algumas áreas foi além do que era bíblico. Inspirados no clima
de liberdade da época, fruto do humanismo renascentista. No caso de divórcio e
recasamento seguiram as conclusões do humanista Erasmo de Roterdan, que tomou
posição favorável ao divórcio e ao recasamento.
“Iluminados”
pelo humanista Erasmo de Roterdan
“Iluminados”, não pelo Espírito
Santo, mas, pelo humanista Erasmo de Roterdan, Lutero e os demais reformadores,
contrariando dezesseis séculos de crença bíblica na indissolubilidade do
casamento, deram liberdade para que cônjuges vítimas de infidelidade conjugal
pudessem se divorciar e recasar novamente.
De modo que divórcio e recasamento são fruto de humanismo e desvio da
prática secular da igreja primitiva.
DIVÓRCIO E RECASAMENTO: FILHOS DO HUMANISMO RENASCENTISTA
A igreja evangélica moderna tem
se distanciado cada vez mais da igreja primitiva que resistiu valentemente ao
divórcio e ao recasamento até o século XVI. Render-se ao paganismo divorcista e
recasamentista tem custado caríssimo a igreja cristã. A razão é clara: aceitar
divorciados e recasados na membrasia da igreja não vem da Bíblia, nem dos
tempos apostólicos, nem da igreja primitiva, mas da aceitação do humanismo e
antropocentrismo ressurgidos com o Renascimento do Século XVI, consolidado com
o movimento Iluminista, retratados na trilogia da Revolução Francesa:
Liberdade, fraternidade e igualdade, ou seja, todos os homens são iguais, não
tendo nada superior acima deles, nada e ninguém para lhes restringir a
liberdade ou dizer o que fazer.
Este clima está plenamente
estabelecido na sociedade pós-moderna e pós-cristã em que vivemos. Há lugar
para tudo, menos para Deus e para autoridade da Sua Palavra. Lamentavelmente, o
mesmo podemos dizer da igreja evangélica moderna. Há lugar para tudo que
fortaleça a imagem e auto-satisfação do homem “moderno”, menos para a
autoridade, relevância e suficiência da Palavra de Deus. Música psicodélica que
produza satisfação, sensualidade e êxtase; mensagens psicologizadas voltadas
para a auto-estima e para o sucesso aqui e agora; filosofia de marketing que
sempre favoreça e satisfaça o membro (“freguês”); pragmatismo casuísta que
sempre dar um “jeitinho” de transformar magicamente “males” em “bem”, coisas
pagãs em cristãs, profanas em santas, adultério em casamento, etc.
O desvio e apostasia do
povo de Deus, sempre se renovam e reaparecem.
A igreja cristã, após a reforma
protestante, perigosamente seguindo acomodação e rendição judaica ao paganismo
divorcista e recasamentista, também, flexibilizou seu conceito de casamento
indissolúvel, e passando por cima do claro ensino bíblico foi progressivamente
tolerando o divórcio e o recasamento até aceita-lo como uma instituição “cristã”.
Essa prática antibíblica e anticristã, já está tão solidamente implantada no
meio cristão, que falar de casamento indissolúvel, de pecado e adultério em
relação a divorciados e recasados, parece soar como legalismo, heresia e
exagero aos ouvidos dos cristãos modernos.
A cultura divorcista e
recasamentista além de ser um dos grandes males, também, é um dos grandes
sinais que caracterizam não só a paganizada, acomodada, desmoralizada e falida
igreja evangélica moderna, mas especialmente aponta para o tempo do fim:
”casavam e davam em casamento”.
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