segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O divórcio e o recasamento—P/04-26/08/2013



 1o PRESSUPOSTO 

 O Deus da Bíblia existe, Ele é Pessoal, Criador,  Soberano, Legislador, Redentor e Juiz do Universo. Por isso, como um ser Pessoal, seu relacionamento conosco é primariamente a nível pessoal, baseado em amor.

Como Criador, estabeleceu objetivos específicos paras as criaturas a quem criou; Como Soberano Absoluto do Universo exige obediência de Suas criaturas; Como legislador estabelece leis para que o Universo não se torne um caos; Como Juiz aje com justiça perfeita castigando os que desafiam a Sua Pessoa e às Suas Leis; Como Redentor prover por Sua Graça e somente, segundo a Sua Misericórcia, estabelece o meio de redenção aos que estão sob a condenção do Seu justo juízo.
a)      Como um Ser Pessoal o propósito básico de Deus em criar outros seres pessoais é Desevolver um relacionamento pessoal com os anjos e os homens onde a comunicação ou comunhão entre criatura e criador possa ser o ponto mais exaltado e realizador na existências desses seres pessoais, para os quais a suprema felicidade é exatamente a presença e comunhão com o Seu Criador, a quem amam acima de Tudo. Da parte de Deus há o prazer Divino de ter comunhão com aqueles que entendem a Sua Magestade, Beleza, Justiça e Amor. Portanto, o duplo propósito de Deus ao criar seres pessoais foi:
(1)         Relacional – Desde o princípio o alvo de Deus ficou evidente, quando todas as tardes, antes da queda, vinha se encontrar com o homem. Aquele encontro de Adão com Deus era a própria essencia da razão por que Deus criou o homem. Por isso, o relacionamento com Deus era primeiramente pessoal e somente depois legal. Deus estabeleceu relação com Adão e somente depois, criou uma única lei. Aqui está o próprio cerne da vida espiritual. Ser espiritual em se relacionar bem com o Criador. É fazer como Enoque que andou com Deus. Esta frase, “andar com Deus” é muitíssimo significativa, e vai muito além, do que o relacionamento legal, em que alguém anda com o outro baseado em algo fora de si mesmo, uma lei. “Andar com Deus” é ser guiado por uma força maior que uma lei exterior, é ser guiado por um coração que prazeirosamente se dá ao Amado. Por isso, Deus, sem maiores cerimônias, diz o que quer de nós: “Filho meu, dá-me o teu coração”.
(2)         Comunicativo – Deus fez o homem para reagir a Sua Pessoa e Magestade com a mais perfeita forma de comunicação entre a criatura e Seu criador: a adoração de alma e o louvor de coração. É exatamente isso que define todo o propósito da existencia humana: criados “para o louvor da Sua glória”. Qualquer coisa menor que isso faz o homem fugir da sua razão de viver. Sim, Ele, é a nossa razão de viver. Ele deve ser a nossa paixão maior, diante da qual tudo pode ser desprezado, se nescessário for. Por isso, Ele, sem nenhum cerimônia nos diz que se estivermos prontos a aborrecer qualquer outro amor em favor dEle, e somente dEle, não somos dignos de ser seus discípulos. Ó que cada um de nós vivessemos esta realidade em sua plenitude. Que paz! Que doçura de alma! Que realização! Que vitória! Amá-lo de todo coração, alma, entendimento, força. Pois somente Ele é digno de todo louvor, honra, glória e força. Aleluia! Aleluia mil vezes.


b)      Como Soberano e Criador  criou 3 tipos de seres:
(1)          Impessoais - Animais – incapazes de um relacionamento pessoal e relacional. São guiados pelo instinto. Não têm responsabilidade. Não têm de prestar contas. Não têm um destino eterno. A morte é o fim.
(2)         PessoaisAnjos. Dotados com capacidade para relacionamento pessoal, racional e responsável. Têm responsabilidade. Têm de prestar contas. Têm um destino eterno. Não morrem.Propósito de sua criação: Servir e adorar eternamente o seu Criador e gozar perpetuamente sua presença .
(3)         PessoaisHomens. Dotados com capacidade para relacionamento pessoal, racional e responsável. Têm responsabilidade. Têm de prestar contas. Têm um destino eterno. A morte não é o fim. Propósito de sua criação: Servir e adorar eternamente o seu Criador e gozar perpetuamente sua presença .

      2 PRESSUPOSTO 
 O Deus da Bíblia é um Ser Moral, por isso, não é apenas amor perfeito, mas é também, justiça perfeita, de modo que, quando o seu amor é recusado, sua majestade aviltada, sua santidade profanada, e sua lei quebrada, Ele aje em juízo reto e imparcial. – Por isso, que Ele ordena que o Seu povo pratique a disciplina bíblica, cujo castigo envolvido na mesma, tem a finalidade de manter o seu povo puro e incontaminado do mundo.
Como Legislador e Juíz – Deus estabeleceu leis e critérios para abençoar ou castigar suas criaturas. Toda lei deve ter uma sanção ou castigo correspondente à sua violação. Violentar uma lei é atrair sobre a sanção ou castigo embutida na mesma. Quem não gosta de castigo e disciplina, deve evitar quebrar as leis e princípios que acionam tais disciplinas e castigos. Basicamente, podemos resumir as leis de Deus em três categorias:
Ø  Leis naturais e físicas - para governar o Universo. Obedecê-las resulta em vida. Violá-las resulta em morte;
Ø  Leis psicológicas ou racionais – que capacitam os seres pessoais a se relacionarem com os outros seres pessoais (anjos e homens)  e a discernir racionalmente as coisas. Obedecê-las resulta em paz mental. Violá-las resulta em confusão mental, desajuste, e por fim, loucura);
Ø  Leis espírituais – que capacitam os seres pessoais (anjos e homens) a se relacionarem com Deus de modo eficaz. Obedecê-las resulta em vida abundante e eterna . Violá-las resulta em castigo temporal nesta vida e castigo eterno na vida porvir.

“Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, o lema da impunidade e do estabelecimentoda desordem e do caos. Nos tempos modernos, especialmente com o adventos da revolução francesa, com seu lema baseado na trilogia: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, que se tornou universal, ao se tornar a principal bandeira da pós-modernidade, não há mais lugar para disciplina, castigo, e punição do erro. Em todos os programas policiais ouve-se o clamor contra a impunidade que tem mergulado a sociedade num onda de crimes e violências sem precedentes.
É baseada nesta impunidade advogada pela sociedade moderna, que até na igreja quando se fala em disciplina e castigo uma grande multidão levanta a voz, taxando de legalistase sem amor  os que tentam promover a pureza da igreja, mas sabem que isso não pode ser feito sem a disciplina ou punição dos que promovem o pecado no meio do povo de Deus.
Os termos castigo e disciplina vistos apenas pelo lado negativo, por isso,  é imediatamente mau visto, e chaga-se a pensar logo em legalismo, falta de amor, e “criatividade” ou naquele jeitinho de “fazer vista grossa” ao pecado. Por isso, o mundo tem entrado por uma porta da igreja e a santidade tem saído pela outra. Daniel E. Wray descreveu bem este mau cancerígino que consome a vitadde da igreja moderna:
Constitui um fato irónico que essa rejeição da disciplina seja freqüentemente justificada em nome do amor cristão. Quando o apóstolo João escreveu, exortando que nos amássemos uns aos outros, também escreveu: "E o amor é este, que andemos segundo os seus mandamentos" (II João 5 e 6). Conforme verificaremos, o exercício da disciplina eclesiástica é uma ordem baixada pelo Senhor da Igreja. Quando essa disciplina é apropriadamente executada, trata-se de uma profunda exibição do amor cristão. Em outras palavras, o verdadeiro amor cristão não ousa ignorar o uso das várias modalidades de disciplina, sempre que essas outras formas sejam aplicáveis. O amor necessariamente afronta o pecado que há em nós mesmos ou em nossos irmãos. Assim como ninguém poderia ver amor em um pai que vê o seu filho andar livre para o infortúnio sem detê-lo, também ninguém pode ver amor em um cristão que vê um irmão em Cristo prosseguir para um caminho de pecado sem confrontá-lo. Se quisermos ser testemunhas das bênçãos de Deus em nossas igrejas locais, é essencial que comecemos a agir de conformidade com a Palavra de Deus. Ele nos disse como nos devemos conduzir ". . . na casa de Deus. . ." (I Timóteo 3:15 ). Não devemos voltar a nossa atenção para o mundo, em busca dessa orientação. Se tivermos de pôr em prática o amor cristão, então será necessário pormos em prática a disciplina da Igreja

Por sua vez, o comentarista Bíblico Leon Morris, chama a atenção para o fato, de que castigo ao pecado é algo bíblico e não legalístico.

Em todas as partes da Bíblia há a insistência de que o pecado deve ser castigado. No final, Deus cuidará para que isso seja feito, mas temporariamente a obrigação recai sobre as pessoas em posição de autoridade no sentido de providenciarem o castigo dos malfeitores. Alex talionis, de Ex 21. 23-25, não é a expressão de um espírito vingativo. Pelo contrário, assegura uma justiça eqüitativa (os ricos e os pobres são tratados da mesma maneira) e uma penalidade em proporção ao crime.
Duas considerações importantes emergem do uso lingüístico no AT. O verbo usado no sentido de "castigar" é pãqad, que significa "visitar". Basta Deus entrar em contato com o pecado para ocorrer o castigo. Dos substantivos usados, a maioria é simplesmente de palavras referentes ao pecado. O pecado necessária e inevitavelmente envolve o castigo

Embora, o castigo não seja legalístico, pode se tornar legalístico, se a disciplina for executada com a única finalidade punir o “malfeitor”, ou como vingança pessoal, ou ainda pior, por prazer maligno de fazer outra pessoa passar por vergonha e sofrimento. Mas ajudar um irmão que se enlameou no pecado a passar por um processo de purificação, que inevitavelmente terá de passar por disciplina. E não adianta dizer que deve ser uma disciplina indolor. Toda disciplina traz em seu próprio conceito a dor e o sofrimento, isso, porque  “algumas almas só despertam com a dor”. Por isso, não dar para disciplinar alguém, e ao mesmo tempo tentar evitar de que ele sofra  a dor requerida na disciplina. O alvo da disciplina é duplo: pureza da igreja, e recuperação do membro quando possível.

A graça de Deus, não é como as liminares dos juízes mundanos, que são utilizadas para suspender o devido castigo dos transgressores da Lei, deixando-os livres para continuarem seus crimes. A graça divina é o recurso divino que não apenas suspende a pena exigida pela Lei, mas , capacitada ao que foi agraciado com a liberdade da pena, a viver uma vida não violentando atrevidamente a lei de Deus. A graça divina transforma escravos do pecado em servos da justiça. Esta é doutrina do apóstolo da graça, que realça não só o poder da graça para salvar, mas também para santificar. Romanos 6:
[1]  Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? [2]  De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? [6]  sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; [7]  porquanto quem morreu está justificado do pecado. [5]  E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum! [16]  Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça? [17]  Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; [18]  e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.

   3   PRESSUPOSTO 
 O Deus da Bíblia é um Ser IMUTÁVEL, não apenas, jamais muda em Seu Ser mas também em Seus Princípios Eternas, por isso, a Sua Palavra tem um caráter eterno e absoluto. De modo que a Palavra de Deus é Suficiente, Relevante e tudo quanto o homem precisa para decidir entre o certo e o errado, o justo e o injusto, o bem e o mal. Relativizar e flexibilizar os conceitos, leis,  princípios e exigências que Deus estabeleceu como absolutos e eternos equivale a desafiá-lo em Sua Soberania, Majestade e Santidade . – De modo que não cabe ao homem escolher o que vai obedecer e como obedecer, mas simplesmente, buscar a graça de Deus de obedecer a Palavra de Deus, da maneira como Ele mandou que fosse obedecida.
A pessoas podem ser dividas entre os seguintes grupos em relação a Palavra de Deus:
(1)         Aqueles que de modo nenhum obedecem os mandamentos de Deus, nem a forma como Deus ordena que sejam obedecidos;
(2)         Aqueles que decidem obedecer os mandamentos de Deus, mas escolhem a melhor forma de obedecê-los, por isso, tentam amenizar as exigências feitas por Deus, de modo que, no final das contas, para Deus, desobedeceram tudo;
(3)         Aqueles que decidem não só obedecer os mandamentos de Deus, mas também fazê-lo conforme a forma que ele prescreveu. Dizendo isso de outra maneira seria: “Deus mandou está mandado, eu que sou servo, tenho de simplesmente cumprir ao pé da letra a Sua vontade”. E quando falo “ao pé da letra”, não estou me referindo a letra morta da lei, onde, o legalista, revoltado dentro de si, decide fazer o que a letra da lei está exigindo. Obedecer “ao pé da letra”, seria o equivalente a obedecer fielmente, sem enrolação ou malandragem.
Por isso a abordagem Ética coerente com o caráter imutável de Deus é o que é chamado de DEONTOLÓGICA, na qual, a verdade da Palavra de Deus é tratada como verdade absoluta, onde o certo e o errado, não são conceitos a ser definidos conforme a situação, a época ou a cultura, mas são padrões preestabelecidas definitivamente por Deus. As diretrizes éticas para a vida do cristão, estão de modo definitivo, encravadas na palavra de Deus.
Porém, lamentavelmente, a ética que empesta e grangrena a igreja de Cristo, é a ética que tem sido chama de TELEOLÓGICA– a qual o certo e o errado passam a depender dos resultados das decisões humanas. Por exemplo, se permite que divorciados e recasados se tornem membros da igreja, fará com eles vivam de maneira harmoniosa e como “bons cristãos”, então a decisão de tolerar divorciardos e recasados no rol de membros da igreja é certa. Irmãos a guerra de Saul contra os Amelequitas foi um estrondoso sucesso, porém, foi naquele ato, que Deus decidiu anunciar-lhe que o tinha rejeitado, exatamente porque ele decidiu agir teleologicamente, ou seja, obedecer a Deus, porém obedecer do seu jeito, e foi a isso que Deus chamou de rebelião abominável semelhantemente aos pecados de idolatria e feitiçaria. Uma variação da
Outro tipo de ética ou forma de obedecer a Deus, largamente usada nas igreja modernas, é a chamada ética SITUACIONISTA. Esta ética tem um nome muito sugestivo, que por si mesmo, já diz o que ela faz e significa. A ética situacista é a ética que muda conforme o caso ou a situação. Por isso, que a maoria dos pecados deixaram de ser pecados por si mesmo e passaram a ser uma questão do caso ou a situação a que estão relacionados. É também, por isso, que muitos pastores, que nunca gostam de se posicionar, saem logo com a expressão: “dependende do caso ou da situação”.
Uma variação das éticas humanistas, já mencionada, a teleológica, baseada nos resultados das ações, e situacionistas, baseada na situação, é a ética HIERÁRQUICA de Norman Geisler, que estabele uma perigosa e subjetiva hierarquia de verdades, onde no final das contas, a decisão será feita não que é realmente bíblico, mas, mesmo que uma coisa seja pecado, pode ser tolerada se vier a benefiar ou fazer um bem maior a um grande número de pessoas, é uma variação da materialista ética UTILITÁRIA, onde uma coisa mesmo errada poderia se tornar certa, de pudesse ser feita de modo a se tornar útil ou trazer benefícios para a sociedade.
Essa é a situação trágica da igreja moderna, que abandonou o conceito divino de VERDADE ABSOLUTA, que não nunca, e caiu no RELATIVISMO EM RELAÇÃO A VERDADE, ou seja, onde a verdade deixou de ser verdade por Si mesma. Para a igreja moderna, a verdade passou a depender dos resultados, da situação, do caso, do benefício imediato que possa trazer e quase nada pode ser definido simplesmente com a Bíblia. A realidade nua e crua é que para muita gente, apesar de se dizerem biblicistas e alguns até se dizem fundamentalistas bíblicos, a Bíblia e os Absolutos Divinos tornaram-se obsoletos e descartáveis, e como dizia Caio Fábio, entra na história só para amarrar a pontas, ou, melhor dizendo, o conteúdo bíblico passa a ser interpretado pela situação, pelos impulsos que a pessoa tem, pelas normas sociais, pela cultura, pela política, etc...
O TRÁGICO RESULTADO DE SE ABANDONAR O ASPECTO ABSOLUTO DA PALAVRA DE DEUS.
1o)    A OBEDIÊNCIA A VERDADE TORNA-SE FACULTATIVA E RELATIVA
Para muitos o conceito de obediência passou a ser um conceito legalista. É como se para Deus provar que ama o pecador e que a oferta de Sua graça é genuína deveria deixar o pecador fazer o que quisesse, e que impor constrangimentos à vontade do pecador seria legalismo. É por conceitos como este, que transformam a graça divina em libertinagem, que muitos que se dizem cristãos estão descendo pelo ralo do mundo.
Amor e obediência são dois conceitos que se entrelaçam em toda Bíblia. Nosso Senhor Jesus Cristo foi muito claro em seu conceito de amor: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele”. (João 14:21). “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço”. (João 15:1). Por isso, para os santos, especialmente, os santos do Novo Testamento, obedecer é um ato de amor, embora, exija sacrifícios e renúncias pessoais, é como o trabalhar de Jacó por Raquel, o pesado se torna maneiro, o doloroso se torna prazeiroso, o sacrifício se torna um ardoroso tributo de amor. Também é dizer como Paulo:
 “Em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus”; “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro”; “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei (legalismo), senão a que é mediante a em Cristo, a justiça que procede de Deus (santidade), baseada na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos”. (At 20:24; Fp 1:21; 3:8-11).  
Isso é genuína santidade, ou pode se chamada também de verdadeira espiritualidade, aquele tipo de comportamento adequado e esperado dos santos. Qualquer coisa inferior  a isso, é zombaria do sangue da graça, é legalismo frio e doentio, ou liberalismo vil e mundano, é cooperar com Satanás na preparação daquela que é chamada a a grande meretriz, a igreja do anticristo, e finalmente, é também, atentar contra a pureza e virgindade da noiva de Cristo, a igreja. 

2o)    A IGREJA É DEMOLIDA. ORA PELO LEGALISMO, ORA PELO ANTINOMISMO.
-       O Legalismo (Salvação, Segurança, Santificação adquiridos pela autosuficiência humana mediante expedientes humanos, que levam o homem à soberba), faz a igreja escolher as leis e mandamentos que lhe é conveniente, então, se dá por segura, pois embora, não seja tão fiel, mas tem já tem obedecido a um bom número de mandamentos do Senhor;
-       O Antinomismo (Salvação baseada numa graça que exclue completamente a obediência a Lei de Deus e deixa facultativo o dever de santificação do crente) faz a igreja progressivamente mergulhar no mundanismo até se equiparar ao mesmo, sobrando apenas distinções de caráter religioso formal.
Por isso, temendo e tremendo diante da responsabilidade de não escandalizar ou fazer tropeçar a noiva de Cristo, especialmente, certo de que sou vulnerável a estas poderosas forças culturais (pressões de fora - da sociedade humana e mundana),  supraculturais (pressões invisíveis - do mundo tenebroso e demoníaco) e forças  carnais (pressões internas – da natureza caída, o Ego mau, o velho homem), clamo pela misericórdia de Deus e me refugio, tão somente na Sua Graça. Luto conscientemente para não contradizer com a minha vida aquilo que estou a pregar. Trago sempre na consciência de que o legalismo, mero esfoço para está de acordo com a lei exterior, nada pode contra a carne e sua sensualidade, e por outro, lado o antinomismo,  que continua e progressivamente vai fazendo concessões ao mundo e dando asas a carne, só nos afasta mais ainda da santidade. Conseqüentemente, só nos resta como saída, não o ascetismo legalista, nem o antinomismo mundano, mas, a façanha espiritual sobrehumana, de encarar seriamente a mortificação da carne e a negação do Eu, somente possível, pelos poderosos meios ou recursos da graça divina. 
De modo que, somente a mortificação do pecado e auto-negação, sob a graça Divina e exercitadas com o propósito único de desenvolver genuínas piedade e integridade perante Deus e os homens, que redunde em real louvor a Deus poderá evitar que a carne nos corrompa, o mundo nos desvie e Satanás assuma o comando. Algo que tem desaparecido das igrejas cristãs e somente é usado em igrejas com motivação errada é o jejum. Não faz muito tempo, visitando a casa do meu amigo, o Missionário Valter Gordon, após o belo almoço preparado pela irmã Judite, deparei-me com um precioso livro (em inglês) que tratava exclusivamente do jejum e se não me engano era no último capítulo que trazia uma coleção histórica de citações dos princípais líderes e mestres da igreja nos últimos dois milênios, onde mostravam a imperiosa necessidade da igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo voltar a jejuar, para através da fome física ser melhor despertada para a fome de Deus que a igreja padece, mas carnalmente fastiosa, em seu sofisticado hedonismo, nem sequer percebe o que lhe faz tanta falta, a melhor parte, Ele mesmo. Finalmente, rogo humildemente, a meus amados colegas de ministério e toda a igreja de Cristo, formada por aqueles, que desejam se preparar e ajudar a igreja do Senhor  para o glorioso dia do arrebatamento, que escutem este alerta, e de minha parte dar-me-ei por agraciado por Deus se contribuir, nem que seja com a menor parte, na preparação (nutrição, purificação e embelezamento) da noiva do Senhor para o dia glorioso das bodas celestiais.

  4   PRESSUPOSTO 
 O Deus da Bíblia é um Ser SANTO E GRACIOSO, não apenas, separado de todo mal, mas é Ele, em Si mesmo, a Essência e fonte de todo Bem,  por isso, ao que se aproximam dEle exige coerencia com a Sua Natureza Santa. Por causa do trágico fato da queda no pecado, somente através da GRAÇA DIVINA, o homem pode se aproximar de Deus.
-   Por isso a GRAÇA DE DEUS muitíssimo além de ser salvadora, ela é principalmente santificadora, obra sem qual o homem jamais poderia se aproximar do Deus Santo. Portanto, reduzir o conceito da graça a apenas uma salvação gratuíta, equivale a não entender nada do proposito de Deus através do seu evangelho gracioso. E quem assim faz, acaba por reduzir a graça de Deus, a uma mera libertinagem sacralizada, em vez, da verdadeira liberdade dos filhos de Deus, que consiste em viverem vidas santas, muitíssimo acima do estilo de vida da geração má e adúltera onde vivem
– De modo,  que ser salvo é equivalente a ser santo, e ser santo é ser um objeto da poderosa graça edudora de Deus, que educa a consciência dos  salvos segundo a justiça de Deus.
Poderíamos, até dizer que, a salvação  é um aspecto negativo da graça, no sentido de o pecado não era uma necessidade, por isso ao pecar ao graça teve de ser acionada e desviada de ação positiva e principal que era santificar e manter santo. De modo que se a graça divina operasse apenas no sentido de salvar da culpa do pecado e do inferno, ela faria um trabalho imperfeito, pois o homem fatalmente voltaria a pecar e ficaria destituido da presença gloriosa de Deus. É por causa da graça de Deus, que o crente, embora, ainda possa cair no pecado, sua alma jamais conseguirá se deleitar no pecado como antes da conversão. Deus salvou o homem não apenas para que ele escapasse do inferno e tivesse direito ao céu, mas para que ele fosse restaurado a uma condição onde pudesse se relacionar novamente com Deus baseado não na frieza e coerção da lei, mas na entregue voluntária e absoluta de um amor grato e imorredouro.

A ordem de Deus para todos os salvos do VT: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus"; A ordem de Deus para todos os salvos do NT: “Porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo”; O plano eterno de Deus para todos os salvos: “...os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho...”; O alvo de todo crente sincero: “... pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.” (Lv 20:7; 1 Pe 1:16; Rm 8:29; Ef 4:13).
Os textos citados acima, falam de um esforço conciente de cada crente genuíno em prol de Sua Santificação. Estes textos também, vão contra a idéia moderna de santidade passiva, ou seja, deturpam a verdade de que somente o Espírito Santo, pode santificar ou tornar alguém santo, e fazem uma aplicação do texto, mais ou menos assim, se Deus quer que eu seja santo e isso depende dEle, portanto, o que eu devo fazer é relaxar e esperar que Ele faça isso, quando ele achar mais conveniente. Encontramos ai uma diabólica meia verdade. A parte verdadeira está no fato, de que é impossível alguém ser santo, sem depender totalmente do Espírito Santo, dependencia essa, retrada nas expressões “enchei-vos do Espírito” e “andai no Espírito”, pois o “fruto do Espírito” só ser produzido por Ele mesmo. A parte enganosa é que o crente nada tem a fazer no que concerne a própria santificação.
A verdade completa é que pelo lado Divino temos a obra do Espírito Santo restringidora do pecado e fomentadora do bem, o que poderíamos chamar de obra divina na santificação, a qual, sem ela, o crente se torna apenas um miserável legalista. Pelo lado humano, temos a obras produzidas pela fé salvadora genuína, sem estas obras santas, aquele que se diz crente, se engana, pois a fé que ele diz tê-lo salvado é uma “fé morta” que a ninguém pode salvar.
De modo que, o conceito bíblico de salvação pela graça implica em  santificação ativa por parte do salvo. Essa santificação ativa é evidencias por esforço consciente do crente que colocando-se inteiramente na depencia dos recursos da graça Divina, no sentido positivo, decide usar consciente e de modo perseverante os meios da graça educadora de Deus tais como: Leitura diária e perseverante da Bíblia; Oração de entrega de cada coisa nas mãos divinas com atitude de plena conformação com a resposta e vontade Divinas; Louvor e ações de graças contínuas em cada situação; Serviço abudante, perseverante e frutífero no discipular os crentes e evangelizar os perdidos; No sentido negativo, o exercício da santificação ativa requer resoluta e incondicional tomada da cruz, onde o exercício da mortificação da carne e despojamento do egoísmo se tornam um estilo de vida motivado pela genuína piedade e não atos legalísticos feitos esporadicamente.
De modo que, o referencial da conduta cristã ou adequada aos santos, não é uma coleção de regras e leis a que se tem de penosamente se submeter para agradar a um Deus irado. O relacionamento entre o homem e Deus, mesmo que tenha de ser regulamentado por regras, princípios e leis, é um relacionamento não legal ou baseado no que se obedece ou se deixa de se obedecer, mas, num relacionamento pessoal de amor que deseja ser o motivo da alegria do amado, e para isso, não mede esforços e nem custos para agradá-lo conforme o seu caráter, gosto e desgostos.
E exatamente essa a milagrosa e infinitamente poderosa obra da graça de Deus em Cristo, nos fazer morrer para o pecado e para a lei, no sentido de mudar a inclinação de nossa alma para nos relacionarmos com Ele baseados em um amor que deseja em tudo agradar-Lhe, e por ter o Seu Espírito Santo habitando em si, não consegue mas se deleitar no pecado, mas sofre dores na alma ao cometê-lo, não por está ferindo a um frio código de leis, mas por está ferindo O amado, aquele que é digno de todo louvor, honra, força, dignidade, tudo.

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