1o PRESSUPOSTO
O Deus da Bíblia existe, Ele é Pessoal, Criador, Soberano, Legislador, Redentor e Juiz do Universo. Por isso, como um ser Pessoal, seu relacionamento conosco é primariamente a nível pessoal, baseado em amor.
Como Criador, estabeleceu
objetivos específicos paras as criaturas a quem criou; Como Soberano Absoluto
do Universo exige obediência de Suas criaturas; Como legislador estabelece leis
para que o Universo não se torne um caos; Como Juiz aje com justiça perfeita
castigando os que desafiam a Sua Pessoa e às Suas Leis; Como Redentor prover
por Sua Graça e somente, segundo a Sua Misericórcia, estabelece o meio de
redenção aos que estão sob a condenção do Seu justo juízo.
a)
Como um Ser Pessoal
o propósito básico de Deus em criar outros seres pessoais é Desevolver um
relacionamento pessoal com os anjos e os homens onde a comunicação ou comunhão
entre criatura e criador possa ser o ponto mais exaltado e realizador
na existências desses seres pessoais, para os quais a suprema felicidade
é exatamente a presença e comunhão com o Seu Criador, a quem amam acima de Tudo.
Da parte de Deus há o prazer Divino de ter comunhão com aqueles que
entendem a Sua Magestade, Beleza, Justiça e Amor. Portanto, o duplo
propósito de Deus ao criar seres pessoais foi:
(1)
Relacional – Desde o princípio o alvo de Deus
ficou evidente, quando todas as tardes, antes da queda, vinha se encontrar com
o homem. Aquele encontro de Adão com Deus era a própria essencia da razão por
que Deus criou o homem. Por isso, o relacionamento com Deus era primeiramente
pessoal e somente depois legal. Deus estabeleceu relação com Adão e somente
depois, criou uma única lei. Aqui está o próprio cerne da vida espiritual. Ser
espiritual em se relacionar bem com o Criador. É fazer como Enoque que andou
com Deus. Esta frase, “andar com Deus” é muitíssimo
significativa, e vai muito além, do que o relacionamento legal, em que alguém
anda com o outro baseado em algo fora de si mesmo, uma lei. “Andar com Deus” é
ser guiado por uma força maior que uma lei exterior, é ser guiado por um
coração que prazeirosamente se dá ao Amado. Por isso, Deus, sem maiores
cerimônias, diz o que quer de nós: “Filho meu, dá-me o teu coração”.
(2)
Comunicativo – Deus fez o homem para reagir a
Sua Pessoa e Magestade com a mais perfeita forma de comunicação entre a
criatura e Seu criador: a adoração de alma e o louvor de coração. É exatamente
isso que define todo o propósito da existencia humana: criados “para o
louvor da Sua glória”. Qualquer coisa menor que isso faz o homem fugir da
sua razão de viver. Sim, Ele, é a nossa razão de viver. Ele deve ser a nossa
paixão maior, diante da qual tudo pode ser desprezado, se nescessário for. Por
isso, Ele, sem nenhum cerimônia nos diz que se estivermos prontos a aborrecer
qualquer outro amor em favor dEle, e somente dEle, não somos dignos de ser seus
discípulos. Ó que cada um de nós vivessemos esta realidade em sua plenitude.
Que paz! Que doçura de alma! Que realização! Que vitória! Amá-lo de todo
coração, alma, entendimento, força. Pois somente Ele é digno de todo louvor,
honra, glória e força. Aleluia! Aleluia mil vezes.
b)
Como Soberano
e Criador criou 3 tipos de seres:
(1)
Impessoais
- Animais – incapazes de um relacionamento pessoal e relacional. São
guiados pelo instinto. Não têm responsabilidade. Não têm de prestar contas. Não
têm um destino eterno. A morte é o fim.
(2)
Pessoais – Anjos. Dotados com capacidade
para relacionamento pessoal, racional e responsável. Têm responsabilidade. Têm
de prestar contas. Têm um destino eterno. Não morrem.Propósito de sua criação:
Servir e adorar eternamente o seu Criador e gozar perpetuamente sua presença .
(3)
Pessoais – Homens. Dotados com capacidade
para relacionamento pessoal, racional e responsável. Têm responsabilidade. Têm
de prestar contas. Têm um destino eterno. A morte não é o fim. Propósito de sua
criação: Servir e adorar eternamente o seu Criador e gozar perpetuamente sua
presença .
2 PRESSUPOSTO
O Deus da Bíblia é um Ser Moral, por isso, não é apenas amor
perfeito, mas é também, justiça perfeita, de modo que, quando o seu amor é
recusado, sua majestade aviltada, sua santidade profanada, e sua lei quebrada,
Ele aje em juízo reto e imparcial. – Por isso, que Ele ordena que o Seu
povo pratique a disciplina bíblica, cujo castigo envolvido na mesma, tem a
finalidade de manter o seu povo puro e incontaminado do mundo.
Como Legislador e Juíz – Deus estabeleceu leis e
critérios para abençoar ou castigar suas criaturas. Toda lei deve ter uma
sanção ou castigo correspondente à sua violação. Violentar uma lei é atrair
sobre a sanção ou castigo embutida na mesma. Quem não gosta de castigo e
disciplina, deve evitar quebrar as leis e princípios que acionam tais
disciplinas e castigos. Basicamente, podemos resumir as leis de Deus em três categorias:
Ø
Leis naturais e físicas - para governar o
Universo. Obedecê-las resulta em vida. Violá-las resulta em morte;
Ø
Leis psicológicas ou racionais – que
capacitam os seres pessoais a se relacionarem com os outros seres pessoais
(anjos e homens) e a discernir
racionalmente as coisas. Obedecê-las resulta em paz mental. Violá-las resulta
em confusão mental, desajuste, e por fim, loucura);
Ø
Leis espírituais – que capacitam os seres
pessoais (anjos e homens) a se relacionarem com Deus de modo eficaz. Obedecê-las
resulta em vida abundante e eterna . Violá-las resulta em castigo temporal
nesta vida e castigo eterno na vida porvir.
“Liberdade,
Igualdade e Fraternidade”, o lema da impunidade e do
estabelecimentoda desordem e do caos. Nos tempos modernos, especialmente
com o adventos da revolução francesa, com seu lema baseado na trilogia: “Liberdade,
Igualdade e Fraternidade”, que se tornou universal, ao se tornar a
principal bandeira da pós-modernidade, não há mais lugar para disciplina,
castigo, e punição do erro. Em todos os programas policiais ouve-se o
clamor contra a impunidade que tem mergulado a sociedade num onda de crimes e
violências sem precedentes.
É baseada nesta impunidade
advogada pela sociedade moderna, que até na igreja quando se fala em disciplina
e castigo uma grande multidão levanta a voz, taxando de legalistase
sem amor os que tentam promover
a pureza da igreja, mas sabem que isso não pode ser feito sem a disciplina ou
punição dos que promovem o pecado no meio do povo de Deus.
Os termos castigo e disciplina
vistos apenas pelo lado negativo, por isso, é imediatamente mau visto, e chaga-se a
pensar logo em legalismo, falta de amor, e “criatividade” ou naquele jeitinho
de “fazer vista grossa” ao pecado. Por isso, o mundo tem entrado por
uma porta da igreja e a santidade tem saído pela outra. Daniel E.
Wray descreveu bem este mau cancerígino que consome a vitadde da igreja
moderna:
Constitui
um fato irónico que essa rejeição da disciplina seja freqüentemente justificada
em nome do amor cristão. Quando o apóstolo João escreveu, exortando que nos
amássemos uns aos outros, também escreveu: "E o amor é este, que
andemos segundo os seus mandamentos" (II João 5 e 6). Conforme
verificaremos, o exercício da disciplina eclesiástica é uma ordem baixada pelo
Senhor da Igreja. Quando essa disciplina é apropriadamente executada,
trata-se de uma profunda exibição do amor cristão. Em outras palavras, o
verdadeiro amor cristão não ousa ignorar o uso das várias modalidades de
disciplina, sempre que essas outras formas sejam aplicáveis. O amor
necessariamente afronta o pecado que há em nós mesmos ou em nossos irmãos.
Assim como ninguém poderia ver amor em um pai que vê o seu filho andar livre
para o infortúnio sem detê-lo, também ninguém pode ver amor em um cristão que
vê um irmão em Cristo prosseguir para um caminho de pecado sem confrontá-lo. Se
quisermos ser testemunhas das bênçãos de Deus em nossas igrejas locais, é
essencial que comecemos a agir de conformidade com a Palavra de Deus. Ele
nos disse como nos devemos conduzir ". . . na casa de Deus. . ." (I
Timóteo 3:15 ). Não devemos voltar a nossa atenção para o mundo, em busca dessa
orientação. Se tivermos de pôr em prática o amor cristão, então será
necessário pormos em prática a disciplina da Igreja.
Por sua vez, o comentarista Bíblico
Leon Morris, chama a atenção para o fato, de que castigo ao pecado é algo
bíblico e não legalístico.
Em todas
as partes da Bíblia há a insistência de que o pecado deve ser castigado. No final, Deus cuidará
para que isso seja feito, mas temporariamente a obrigação recai sobre as
pessoas em posição de autoridade no sentido de providenciarem o castigo dos
malfeitores. Alex talionis, de Ex 21. 23-25, não é a expressão de um espírito
vingativo. Pelo contrário, assegura uma justiça eqüitativa (os ricos e os
pobres são tratados da mesma maneira) e uma penalidade em proporção ao crime.
Duas
considerações importantes emergem do uso lingüístico no AT. O verbo usado no
sentido de "castigar" é pãqad, que significa "visitar".
Basta Deus entrar em contato com o pecado para ocorrer o castigo. Dos
substantivos usados, a maioria é simplesmente de palavras referentes ao pecado.
O pecado necessária e inevitavelmente envolve o castigo.
Embora, o castigo não seja
legalístico, pode se tornar legalístico, se a disciplina for executada com a
única finalidade punir o “malfeitor”, ou como vingança pessoal, ou ainda
pior, por prazer maligno de fazer outra pessoa passar por vergonha e
sofrimento. Mas ajudar um irmão que se enlameou no pecado a passar por um
processo de purificação, que inevitavelmente terá de passar por disciplina. E
não adianta dizer que deve ser uma disciplina indolor. Toda disciplina traz em
seu próprio conceito a dor e o sofrimento, isso, porque “algumas almas só despertam com a dor”.
Por isso, não dar para disciplinar alguém, e ao mesmo tempo tentar evitar
de que ele sofra a dor requerida na
disciplina. O alvo da disciplina é duplo: pureza da igreja, e
recuperação do membro quando possível.
A graça de Deus, não é como as
liminares dos juízes mundanos, que são utilizadas para suspender o devido
castigo dos transgressores da Lei, deixando-os livres para continuarem seus
crimes. A graça divina é o recurso divino que não apenas suspende a pena
exigida pela Lei, mas , capacitada ao que foi agraciado com a liberdade da
pena, a viver uma vida não violentando atrevidamente a lei de Deus. A
graça divina transforma escravos do pecado em servos da justiça.
Esta é doutrina do apóstolo da graça, que realça não só o poder da graça
para salvar, mas também para santificar. Romanos 6:
[1] Que
diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais
abundante? [2] De modo
nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para
ele morremos? [6] sabendo
isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo
do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;
[7] porquanto quem morreu está justificado
do pecado. [5] E daí? Havemos
de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo
nenhum! [16] Não sabeis que
daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem
obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a
justiça? [17] Mas graças a
Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer
de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; [18] e, uma vez libertados do pecado, fostes
feitos servos da justiça.
3 PRESSUPOSTO
O Deus da
Bíblia é um Ser IMUTÁVEL,
não apenas, jamais muda em Seu Ser mas também em Seus Princípios Eternas, por
isso, a Sua Palavra tem um caráter eterno e absoluto. De modo que a Palavra de
Deus é Suficiente, Relevante e tudo quanto o homem precisa para decidir entre o
certo e o errado, o justo e o injusto, o bem e o mal. Relativizar e
flexibilizar os conceitos, leis,
princípios e exigências que Deus estabeleceu como absolutos e eternos
equivale a desafiá-lo em Sua Soberania, Majestade e Santidade . – De
modo que não cabe ao homem escolher o que vai obedecer e como obedecer, mas
simplesmente, buscar a graça de Deus de obedecer a Palavra de Deus, da maneira
como Ele mandou que fosse obedecida.
A pessoas podem ser dividas entre
os seguintes grupos em relação a Palavra de Deus:
(1)
Aqueles que de modo nenhum obedecem os mandamentos de
Deus, nem a forma como Deus ordena que sejam obedecidos;
(2)
Aqueles que decidem obedecer os mandamentos de Deus,
mas escolhem a melhor forma de obedecê-los, por isso, tentam amenizar as
exigências feitas por Deus, de modo que, no final das contas, para Deus,
desobedeceram tudo;
(3)
Aqueles que decidem não só obedecer os mandamentos de
Deus, mas também fazê-lo conforme a forma que ele prescreveu. Dizendo isso de
outra maneira seria: “Deus mandou está mandado, eu que sou servo, tenho de simplesmente
cumprir ao pé da letra a Sua vontade”. E quando falo “ao pé da letra”, não
estou me referindo a letra morta da lei, onde, o legalista, revoltado dentro de
si, decide fazer o que a letra da lei está exigindo. Obedecer “ao pé da letra”,
seria o equivalente a obedecer fielmente, sem enrolação ou malandragem.
Por isso a abordagem Ética
coerente com o caráter imutável de Deus é o que é chamado de DEONTOLÓGICA,
na qual, a verdade da Palavra de Deus é tratada como verdade absoluta, onde o
certo e o errado, não são conceitos a ser definidos conforme a situação, a
época ou a cultura, mas são padrões preestabelecidas definitivamente por Deus.
As diretrizes éticas para a vida do cristão, estão de modo definitivo,
encravadas na palavra de Deus.
Porém, lamentavelmente, a ética que empesta e grangrena a igreja de
Cristo, é a ética que tem sido chama de TELEOLÓGICA– a qual o certo
e o errado passam a depender dos resultados das decisões humanas. Por exemplo,
se permite que divorciados e recasados se tornem membros da igreja, fará com
eles vivam de maneira harmoniosa e como “bons cristãos”, então a decisão
de tolerar divorciardos e recasados no rol de membros da igreja é certa. Irmãos
a guerra de Saul contra os Amelequitas foi um estrondoso sucesso, porém, foi naquele
ato, que Deus decidiu anunciar-lhe que o tinha rejeitado, exatamente porque ele
decidiu agir teleologicamente, ou seja, obedecer a Deus, porém obedecer do seu
jeito, e foi a isso que Deus chamou de rebelião abominável semelhantemente aos
pecados de idolatria e feitiçaria. Uma variação da
Outro tipo de ética ou forma de
obedecer a Deus, largamente usada nas igreja modernas, é a chamada ética SITUACIONISTA.
Esta ética tem um nome muito sugestivo, que por si mesmo, já diz o que ela faz
e significa. A ética situacista é a ética que muda conforme o caso ou a
situação. Por isso, que a maoria dos pecados deixaram de ser pecados por si
mesmo e passaram a ser uma questão do caso ou a situação a que estão
relacionados. É também, por isso, que muitos pastores, que nunca gostam de se
posicionar, saem logo com a expressão: “dependende do caso ou da situação”.
Uma variação das éticas
humanistas, já mencionada, a teleológica, baseada nos resultados das ações, e
situacionistas, baseada na situação, é a ética HIERÁRQUICA de Norman
Geisler, que estabele uma perigosa e subjetiva hierarquia de verdades, onde no
final das contas, a decisão será feita não que é realmente bíblico, mas, mesmo
que uma coisa seja pecado, pode ser tolerada se vier a benefiar ou fazer um bem
maior a um grande número de pessoas, é uma variação da materialista ética UTILITÁRIA,
onde uma coisa mesmo errada poderia se tornar certa, de pudesse ser feita de
modo a se tornar útil ou trazer benefícios para a sociedade.
Essa é a situação trágica da
igreja moderna, que abandonou o conceito divino de VERDADE ABSOLUTA, que
não nunca, e caiu no RELATIVISMO EM RELAÇÃO A VERDADE, ou seja, onde a
verdade deixou de ser verdade por Si mesma. Para a igreja moderna, a verdade
passou a depender dos resultados, da situação, do caso, do benefício imediato
que possa trazer e quase nada pode ser definido simplesmente com a Bíblia. A
realidade nua e crua é que para muita gente, apesar de se dizerem biblicistas e
alguns até se dizem fundamentalistas bíblicos, a Bíblia e os Absolutos Divinos
tornaram-se obsoletos e descartáveis, e como dizia Caio Fábio, entra na
história só para amarrar a pontas, ou, melhor dizendo, o conteúdo bíblico passa
a ser interpretado pela situação, pelos impulsos que a pessoa tem, pelas normas
sociais, pela cultura, pela política, etc...
O TRÁGICO RESULTADO DE SE ABANDONAR O ASPECTO
ABSOLUTO DA PALAVRA DE DEUS.
1o) A OBEDIÊNCIA A VERDADE TORNA-SE FACULTATIVA
E RELATIVA
Para muitos o conceito de obediência passou a ser um
conceito legalista. É como se para Deus
provar que ama o pecador e que a oferta de Sua graça é genuína deveria deixar o
pecador fazer o que quisesse, e que impor constrangimentos à vontade do pecador
seria legalismo. É por conceitos como este, que transformam a graça divina em
libertinagem, que muitos que se dizem cristãos estão descendo pelo ralo do
mundo.
Amor e obediência são dois conceitos que se entrelaçam em
toda Bíblia. Nosso Senhor Jesus Cristo foi
muito claro em seu conceito de amor: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que
me ama; e
aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me
manifestarei a ele”. (João
14:21). “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor;
assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço”.
(João 15:1). Por isso, para os santos, especialmente, os santos do Novo Testamento, obedecer
é um ato de amor, embora, exija sacrifícios e renúncias pessoais, é
como o trabalhar de Jacó por Raquel, o pesado se torna maneiro, o doloroso se
torna prazeiroso, o sacrifício se torna um ardoroso tributo de amor. Também é
dizer como Paulo:
“Em nada
considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério
que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de
Deus”; “Porquanto, para mim, o viver é Cristo,
e o morrer é lucro”; “Sim, deveras considero tudo como perda,
por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor;
por amor do qual perdi todas as coisas e as considero
como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não
tendo justiça própria, que procede de lei (legalismo), senão
a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede
de Deus (santidade), baseada na fé; para o conhecer, e o
poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me
com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre
os mortos”. (At 20:24; Fp 1:21; 3:8-11).
Isso é genuína santidade, ou pode se chamada
também de verdadeira espiritualidade, aquele tipo de
comportamento adequado e esperado dos santos. Qualquer coisa inferior a isso, é zombaria do sangue da graça, é
legalismo frio e doentio, ou liberalismo vil e mundano, é cooperar com Satanás
na preparação daquela que é chamada a a grande meretriz, a igreja do anticristo,
e finalmente, é também, atentar contra a pureza e virgindade da noiva de
Cristo, a igreja.
2o) A IGREJA É DEMOLIDA. ORA PELO LEGALISMO,
ORA PELO ANTINOMISMO.
- O Legalismo (Salvação, Segurança, Santificação
adquiridos pela autosuficiência humana mediante expedientes humanos, que levam
o homem à soberba), faz a igreja escolher as leis e mandamentos que lhe é conveniente,
então, se dá por segura, pois embora, não seja tão fiel, mas tem já tem
obedecido a um bom número de mandamentos do Senhor;
- O Antinomismo (Salvação baseada numa graça que
exclue completamente a obediência a Lei de Deus e deixa facultativo o dever de
santificação do crente) faz a igreja progressivamente mergulhar no mundanismo
até se equiparar ao mesmo, sobrando apenas distinções de caráter religioso
formal.
Por isso, temendo e tremendo diante da responsabilidade
de não escandalizar ou fazer tropeçar a noiva de Cristo, especialmente,
certo de que sou vulnerável a estas poderosas forças culturais (pressões
de fora - da sociedade humana e mundana),
supraculturais (pressões invisíveis - do mundo tenebroso e
demoníaco) e forças carnais
(pressões internas – da natureza caída, o Ego mau, o velho homem), clamo pela
misericórdia de Deus e me refugio, tão somente na Sua Graça. Luto
conscientemente para não contradizer com a minha vida aquilo que estou a
pregar. Trago sempre na consciência de que o legalismo, mero esfoço para
está de acordo com a lei exterior, nada pode contra a carne e sua sensualidade,
e por outro, lado o antinomismo,
que continua e progressivamente vai fazendo concessões ao mundo e dando
asas a carne, só nos afasta mais ainda da santidade. Conseqüentemente, só nos
resta como saída, não o ascetismo legalista, nem o antinomismo mundano, mas, a
façanha espiritual sobrehumana, de encarar seriamente a mortificação da
carne e a negação do Eu, somente possível, pelos poderosos meios ou
recursos da graça divina.
De modo que, somente a mortificação do pecado e auto-negação,
sob a graça Divina e exercitadas com o propósito único de desenvolver
genuínas piedade e integridade perante Deus e os homens, que redunde
em real louvor a Deus poderá evitar que a carne nos corrompa, o mundo nos
desvie e Satanás assuma o comando. Algo que tem desaparecido das igrejas cristãs
e somente é usado em igrejas com motivação errada é o jejum. Não
faz muito tempo, visitando a casa do meu amigo, o Missionário Valter Gordon,
após o belo almoço preparado pela irmã Judite, deparei-me com um precioso livro
(em inglês) que tratava exclusivamente do jejum e se não me engano era no
último capítulo que trazia uma coleção histórica de citações dos princípais
líderes e mestres da igreja nos últimos dois milênios, onde mostravam a
imperiosa necessidade da igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo voltar a jejuar,
para através da fome física ser melhor despertada para a fome de Deus que a
igreja padece, mas carnalmente fastiosa, em seu sofisticado hedonismo,
nem sequer percebe o que lhe faz tanta falta, a melhor parte, Ele mesmo.
Finalmente, rogo humildemente, a meus amados colegas de ministério e toda a
igreja de Cristo, formada por aqueles, que desejam se preparar e ajudar a
igreja do Senhor para o glorioso dia do
arrebatamento, que escutem este alerta, e de minha parte dar-me-ei por
agraciado por Deus se contribuir, nem que seja com a menor parte, na preparação
(nutrição, purificação e embelezamento) da noiva do Senhor para o dia glorioso
das bodas celestiais.
4 PRESSUPOSTO
O Deus da Bíblia é um Ser SANTO E GRACIOSO, não apenas,
separado de todo mal, mas é Ele, em Si mesmo, a Essência e fonte de todo
Bem, por isso, ao que se aproximam dEle
exige coerencia com a Sua Natureza Santa. Por causa do trágico fato da queda no
pecado, somente através da GRAÇA DIVINA, o homem pode se aproximar de Deus.
- Por isso a GRAÇA DE DEUS muitíssimo além de ser salvadora, ela é principalmente santificadora, obra sem qual o homem jamais poderia se aproximar do Deus Santo. Portanto, reduzir o conceito da graça a apenas uma salvação gratuíta, equivale a não entender nada do proposito de Deus através do seu evangelho gracioso. E quem assim faz, acaba por reduzir a graça de Deus, a uma mera libertinagem sacralizada, em vez, da verdadeira liberdade dos filhos de Deus, que consiste em viverem vidas santas, muitíssimo acima do estilo de vida da geração má e adúltera onde vivem – De modo, que ser salvo é equivalente a ser santo, e ser santo é ser um objeto da poderosa graça edudora de Deus, que educa a consciência dos salvos segundo a justiça de Deus.
- Por isso a GRAÇA DE DEUS muitíssimo além de ser salvadora, ela é principalmente santificadora, obra sem qual o homem jamais poderia se aproximar do Deus Santo. Portanto, reduzir o conceito da graça a apenas uma salvação gratuíta, equivale a não entender nada do proposito de Deus através do seu evangelho gracioso. E quem assim faz, acaba por reduzir a graça de Deus, a uma mera libertinagem sacralizada, em vez, da verdadeira liberdade dos filhos de Deus, que consiste em viverem vidas santas, muitíssimo acima do estilo de vida da geração má e adúltera onde vivem – De modo, que ser salvo é equivalente a ser santo, e ser santo é ser um objeto da poderosa graça edudora de Deus, que educa a consciência dos salvos segundo a justiça de Deus.
Poderíamos, até dizer que,
a salvação é um aspecto negativo da
graça, no sentido de o pecado não era uma necessidade, por isso ao pecar ao
graça teve de ser acionada e desviada de ação positiva e principal que era
santificar e manter santo. De modo que se a graça divina operasse apenas no
sentido de salvar da culpa do pecado e do inferno, ela faria um trabalho
imperfeito, pois o homem fatalmente voltaria a pecar e ficaria destituido da
presença gloriosa de Deus. É por causa da graça de Deus, que o crente, embora,
ainda possa cair no pecado, sua alma jamais conseguirá se deleitar no pecado
como antes da conversão. Deus salvou o homem não apenas para que ele escapasse
do inferno e tivesse direito ao céu, mas para que ele fosse restaurado a uma
condição onde pudesse se relacionar novamente com Deus baseado não na frieza e
coerção da lei, mas na entregue voluntária e absoluta de um amor grato e
imorredouro.
A ordem de Deus
para todos os salvos do VT: “Portanto, santificai-vos e sede santos,
pois eu sou o SENHOR, vosso Deus"; A ordem de Deus para todos os
salvos do NT: “Porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo”; O plano
eterno de Deus para todos os salvos: “...os predestinou para serem conformes à imagem
de seu Filho...”; O alvo de todo crente sincero: “... pleno
conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida
da estatura da plenitude de Cristo.” (Lv 20:7; 1 Pe 1:16; Rm 8:29;
Ef 4:13).
Os textos citados acima, falam de um esforço conciente
de cada crente genuíno em prol de Sua Santificação. Estes textos também,
vão contra a idéia moderna de santidade passiva, ou seja,
deturpam a verdade de que somente o Espírito Santo, pode santificar ou tornar
alguém santo, e fazem uma aplicação do texto, mais ou menos assim, se Deus quer
que eu seja santo e isso depende dEle, portanto, o que eu devo fazer é relaxar
e esperar que Ele faça isso, quando ele achar mais conveniente. Encontramos ai
uma diabólica meia verdade. A parte verdadeira está no fato, de que é
impossível alguém ser santo, sem depender totalmente do Espírito Santo,
dependencia essa, retrada nas expressões “enchei-vos do Espírito”
e “andai no Espírito”, pois o “fruto do Espírito”
só ser produzido por Ele mesmo. A parte enganosa é que o crente nada tem a
fazer no que concerne a própria santificação.
A verdade completa é que pelo lado Divino temos a obra do
Espírito Santo restringidora do pecado e fomentadora do bem, o que poderíamos
chamar de obra divina na santificação, a qual, sem ela, o crente se torna
apenas um miserável legalista. Pelo lado humano, temos a obras produzidas pela
fé salvadora genuína, sem estas obras santas, aquele que se diz crente, se
engana, pois a fé que ele diz tê-lo salvado é uma “fé morta” que a ninguém pode
salvar.
De modo que, o conceito bíblico de salvação pela graça
implica em santificação ativa
por parte do salvo. Essa santificação ativa é evidencias por esforço
consciente do crente que colocando-se inteiramente na depencia dos recursos da
graça Divina, no sentido positivo, decide usar consciente e de modo
perseverante os meios da graça educadora de Deus tais como: Leitura
diária e perseverante da Bíblia; Oração de entrega de cada coisa nas mãos
divinas com atitude de plena conformação com a resposta e vontade Divinas;
Louvor e ações de graças contínuas em cada situação; Serviço abudante,
perseverante e frutífero no discipular os crentes e evangelizar os perdidos; No
sentido negativo, o exercício da santificação ativa requer resoluta
e incondicional tomada da cruz, onde o exercício da mortificação da carne e
despojamento do egoísmo se tornam um estilo de vida motivado pela genuína
piedade e não atos legalísticos feitos esporadicamente.
De modo que, o referencial da conduta cristã ou adequada
aos santos, não é uma coleção de regras e leis a que se tem de
penosamente se submeter para agradar a um Deus irado. O relacionamento entre o
homem e Deus, mesmo que tenha de ser regulamentado por regras,
princípios e leis, é um relacionamento não legal ou baseado no que se obedece
ou se deixa de se obedecer, mas, num relacionamento pessoal de amor que
deseja ser o motivo da alegria do amado, e para isso, não mede esforços e nem
custos para agradá-lo conforme o seu caráter, gosto e desgostos.
E exatamente essa a milagrosa e infinitamente poderosa
obra da graça de Deus em Cristo, nos fazer morrer para o pecado e para a
lei, no sentido de mudar a inclinação de nossa alma para nos relacionarmos
com Ele baseados em um amor que deseja em tudo agradar-Lhe, e por ter o Seu
Espírito Santo habitando em si, não consegue mas se deleitar no pecado, mas
sofre dores na alma ao cometê-lo, não por está ferindo a um frio código de
leis, mas por está ferindo O amado, aquele que é digno de todo louvor, honra,
força, dignidade, tudo.
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