segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O divórcio e o recasamento-P/08—23/09/2013



                               O DIVÓRCIO EM LEVÍTICOS
                  O MODELO E EXEMPLO DE MONOGAMIA
                PELOS SACERDOTES DO VT E MINISTROS DO NT

Lv 21:7 - Não tomarão (xql laqach – tomar ou receber como esposa) mulher (hva 'ishshah) prostituta (hnz zanah – comete fornicação, adultera) ou desonrada (llx kalal – uma mulher que foi contaminada ou imoral), nem tomarão (xql laqach – tomar ou receber como esposa) mulher repudiada (vrg garash – mulher divorciada, lançada fora, empurrada fora) de seu marido (vya 'iysh), pois o sacerdote é santo (vwdq qadowsh – santo, a palavra sacerdorte é subentendida do contexto) a seu Deus (Myhla 'elohiym).

Lv 21:14 -  Viúva (hnmla 'almanah), ou repudiada (vrg garash), ou desonrada (llx kalal), ou prostituta (hnz zanah), estas não tomará (xql laqach), mas virgem (hlwtb bethuwlah) do seu povo (Me `am – nação, membro de um povo, neste caso, Israel) tomará por mulher.

Lv 21:15 - E não profanará (llx kalal – profanar no sentido ritual e sexual, desonrar, poluir, corromper, manchar, ferir, quebrar, violar [uma aliança]) a sua descendência entre o seu povo, porque eu sou o SENHOR, que o santifico.

Lv 22:13 -  Mas, se a filha do sacerdote (Nhk kohen) for viúva (hnmla 'almanah) ou repudiada (vrg garash), e não tiver filhos, e se houver tornado à casa de seu pai, como na sua mocidade, do pão de seu pai comerá; mas nenhum estrangeiro comerá dele.

“desonrada significa uma mulher que foi contaminada, uma mulher imoral. Uma mulher abandonada pelo marido, isto é, divorciada, também não era aceitável como esposa de um sacerdote” (comentário Bíblico de Moody).
 O padrão que Deus exigia do sacerdote no Velho Testamento e dos ministros evangélicos, pastores, missionários, conselheiros bíblicos e professores de seminário é o mesmo padrão que ele exige de todo o seu povo. Apenas que os ministros devem ser o principal exemplo de conduta cristã aceitável perante Deus.
Deus não tem dois padrões de ética, conduta ou comportamento, pois desde o Velho Testamento ao Novo, o padrão é o mesmo, o seu próprio caráter santo, “sede santos como eu sou Santo”, portanto, o comportamento adequado aos santos é a santidade, igualmente exigida tanto do pastor como de suas ovelhas, a diferença é que do pastor e mestre a exigência será mais severa, pois a quem muito é dado, também muito é exigido.
Por isso, aos crentes do Novo Testamento a quem muitissímo foi dado em relação aos crentes do Velho Testamento, proporcionalmente lhes será exigido um comportamento muito mais santo do que o dos crentes do Velho Testamento. Que a “dureza de coração” dos crentes do VT, não será tolerada nos homens da era da graça, especialmente dos crentes, devido ao fato, de que a “dureza de coração” dos crentes do VT, podia até certo ponto, ser explicada, pela razão de  não terem a provisão do Espírito Santo habitando permanentemente neles, juntamente com a sua ignorância devido a dificuldade para conseguir as Escrituras já escritas e especialmente, a ignorância provocada pela inexistência do restante das Escrituras bíblicas que ainda não tinham sido reveladas.
Se Deus não permitia a um ministro do VT, no caso o sacerdote, casar-se com pessoas divorciadas, por que, Ele iria permitir que os ministros do NT, no caso, pastores, missionários, conselheiros bíblicos e professores de seminários, a quem muito mais deve ser exigido, pudessem ser casados com pessoas divorciadas ? – Aos pastores e demais ministros da era da graça a exigência de Deus é clara: “É necessário, portanto, que o bispo (o pastor) seja irrepreensível, esposo de uma só mulher...”. (I Tm 3:2).
 “O candidato não deve ter mais de uma esposa viva de cada vez. Não deve  ser bígamo ou polígamo, e nem deve divorciar-se por motivos insuficientes”.  
O Dr. Moore (Doutor em aconselhamento bíblico), em um de seus cursos a que assisti, ao usar este texto para falar das credenciais do conselheiro bíblico, afirmou, que não só o pastor, mas qualquer crente que queira exercer o ministério de conselheiro bíblico na igreja, não podia ser uma pessoa divorciada e recasada.
No seguinte comentário sobre a frase “Marido de uma só mulher” em I Timóteo 3:12; Tito 1:6, é mostrada  a impossibilidade bíblica de alguém envolvido em divórcio e recasamento assumir possições de liderança, tais como diácono e pastor. Veja:
“Esta frase (uma qualificação dum presbítero ou diácono) quer dizer que poligamia, divórcio e promiscuidade são proibidos e que nenhum homem que pratica isso é qualificado para ser presbítero ou diácono. Este aplica também, contrário ao que alguns acham, para um homem divorciado e casado de novo pelas seguintes razões: (1) O sentido literal da frase: ‘homem de uma só mulher’, inclui homens divorciados e casados de novo. De acordo com Lucas 16:18, “Quem repudiar sua mulher e casar com outra, comete adultério...’. Se está comentendo adultério, então, para Deus, a primeira ainda é s sua legítima esposa e ele está vivendo em adultério com a segunda. Isto o desqualifica de ser pastor. (2) Divórcio na Bíblia, de acordo com Mat. 19:7,8, foi permitido por Moisés ‘por causa da dureza de coração’ . Foi o resultado de rebelião contra Deus. Então com podia ser um exemplo de fé numa situação assim? (3) Uma possível exceção. Um pastor cuja esposa foi continuamente infiel a ele e o deixou (divórcio) e ele ficou solteiro. Num caso assim, seria muito difícil servir a Deus na capacidade de pastor. ...”.
 I Tm 3:2 é mais claro e enfático quanto a impossibilidade de um pastor ou qualquer outro líder da igreja ser divorciado e recasado:
“...o superintendente (bispo = pastor) deve ser irrepreensível. Ou seja: não* deve apresentar nenhum defeito óbvio de caráter ou de conduta, na sua vida passada ou presente, que os maliciosos, seja dentro, seja fora da igreja, possam explorar para desacreditá-lo. Este é o significado claro de “esposo de uma só mulher”: Em especial, sua vida sexual deve ser exemplar, e os mais altos padrões devem ser esperados dele: deve ser casado uma só vez. O novo casamento, seja depois do divórcio no caso de um pagão convertido, ou depois do falecimento da sua primeira esposa, é censurado como sendo impróprio num ministro de Cristo. É igualmente proibido aos diáconos (3:12) e aos presbíteros (Tt 1:6), e conta como uma desqualificação nas aspirantes à ordem das viúvas (5:9).
(outras) Alternativas propostas (mais improváveis) como interpretações são:
(a)     que as palavras são dirigidas contra manter concubinas ou contra a poligamia, i.é, ter mais de uma só esposa de uma vez - sugestões estas que são extremamente improváveis, visto que nenhuma destas práticas pode ter sido uma opção real para qualquer cristão comum, e muito menos para um ministro;
(b)     que meramente estipulam que o superintendente seja um homem casado - isto está em harmonia com o alto valor que a carta atribui ao casamento (4:3), mas é muito improvável em si mesmo, e de qualquer maneira torna sem sentido a palavra “uma só” enfática em Grego;
(c)     que o objeto é meramente preceituar a fidelidade dentro do casamento, tratando-se de "não cobiçar outras mulheres senão sua esposa" - mas isto é extrair do Grego mais do que o texto pode suportar. Quanto a esta questão, bem como em tantos outros assuntos, a atitude da antigüidade era marcantemente diferente daquilo que prevalece na maioria dos círculos hoje, e há evidências abundantes, tanto da literatura quanto das inscrições funerárias, pagãs e judaicas, que permanecer solteiro depois da morte da cônjuge ou do divórcio era considerado meritório, ao passo que casar-se de novo era considerado um sinal de auto-indulgência.
Paulo certamente compartilhava deste ponto de vista, e embora permitisse a uma viúva que se casasse de novo, estimava-a mais bem-aventurada se se abstivesse de um segundo casamento (1 Co 7:40). De modo geral, embora se opusesse ao ultra-ascetismo que desconsiderava o casamento e que aplaudia façanhas de abnegação (cf. e.g., sua crítica das "uniões espirituais" em 1 Co 7:36-38), tinha grande respeito pela abstinência sexual completa, considerando-a um dom de Deus, e também sustentava que o controle-próprio periódico dentro do casamento era de valor espiritual (1 Co 7:1-7). No contexto de tais pressuposições era natural esperar que os ministros da igreja fossem exemplos a outras pessoas e que se satisfazessem com um único casamento. Nos primeiros séculos cristãos, devemos notar, o segundo casamento não era totalmente proibido, mas era considerado com nítida desaprovação.”
Se Deus não permitiu ao sacerdote, e nem permite aos ministros evangélicos da era da graça serem divorciados e recasados, por que permitiria aos crentes fazerem a mesma coisa ?  Paulo não esperava que os crentes a quem ministrava tivesse um padrão de conduta cristã inferior ao dele, pois conclamava-os a se tornarem seus imitadores,  exatamente aquilo que ele era como cristão. Deus diz que os ministros do evangelho foram dados para que todos os crentes atinjam o mesmo padrão de maturidade e santidade, ou seja, varão perfeito segundo a estatura de Cristo. Por isso, é incoerente imaginar que Deus vai tolerar na vida dos crentes, algo que ele não admite e nem tolera na vida do pastor.
Alguns até admitem que um pastor nem pode ser divorciado e nem casado com pessoas divorciadas, mas toleram, que diáconos e outros líderes da igreja sejam divorciados e recasados, e quanto aos demais crentes, agem segundo o duplo padrão da igreja católica, ao fazer divisão entre o clero e os leigos. O clero, os ministros devem ter um padrão de conduta cristã elevada, porém, ao laicato (os leigos, ‘o resto’ dos crentes ‘comuns’), é dado um desconto, ou seja, a eles é permitido terem vidas “menos santas” e mais mundanas.
Este duplo padrão tem custado caro a igreja do Senhor, pois no final das contas, quando há duplicidade de conduta, nem líderes nem liderados expressarão genuína santidade, mas, apenas religiosidade legalística, de modo, que cada um, fica satisfeito com o padrão que é esperado dele, esquecendo-se que o padrão, é igual e elevado para todos, o próprio caráter de Deus, “sede santos como eu sou santo” e não “sede santos conforme a média dos crentes de sua igreja”.
Embora a santidade tenha relação direta com a obediência  às leis de Deus, ela é muito mais do que penosa e relutante observância de cada princípio e regra das Escrituras Sagradas. Santidade é muitíssimo mais que obediência, é acima de qualquer coisa um relacionamento vivo e pessoal com Deus baseado num amor que deseja imitar o caráter do Amado, pois sabe que somente assim o relacionamento será perfeito, de modo que agradá-lo acima de tudo e a qualquer custo, torna-se um prazer espiritual e não um sacrificio. Esse prazer em se imolar para a glória de Deus é graça, pura graça.
Nada há mais penoso e desesperador para o legalista do que se deparar com as exigências da lei. A lei torna-se o seu tormento e o ladrão da sua felicidade, pois ela o conduz fracasso após fracasso, ferindo seu orgulho e auto-suficiencia, pois quando se propõe a cumprir algumas dezenas de  mandamentos e regras que selecionou conforme sua preferência pessoal, ao cair num só, vê ruir todos os outros.
Quanta paz não teria se parasse de colecionar as regras e mandamentos que gosta de tentar obedecer, e se entregasse ao alvo e desafio da poderosa graça de Deus de fazer os santos gostarem do que Deus gosta e odiar o que Ele odeia, fazê-los cientes de que Sua palavra sempre está certa, é sempre justa, boa e perfeita e que obedecê-la é um privilégio dado aos santos que morreram para o pecado e para mundo, e nasceram de novo como cidadãos do céu, que se deleitam em pensar nas coisas lá do alto e não nas que são aqui da terra.
                                    O DIVÓRCIO EM NÚMEROS
            REGULA A QUESTÃO DO VOTO DAS VIÚVAS E REPUDIADAS
 Nm 30:8-9 -  “Mas, se seu marido o desaprovar no dia em que o ouvir e anular o voto que estava sobre ela, como também o dito irrefletido dos seus lábios, com que a si mesma se obrigou, o SENHOR lho perdoará. No tocante ao voto da viúva (hnmla 'almanah) ou da divorciada (vrg garash), tudo com que se obrigar lhe será válido”.
Este texto de número serve apenas para reconhecer a figura da mulher divorciada no meio da comunidade de Israel e regular quanto a suas responsabilidades em relação ao votos que viesse a fazer. Pois, se estivesse sob a autoridade de um marido, o cumprimento de seu voto estaria subordinado ao marido.
                    FACEBOOK DO EDITOR

http://facebook.com/JOSEGERALDODEALMEIDA

Nenhum comentário:

Postar um comentário