O
DIVÓRCIO EM LEVÍTICOS
O MODELO
E EXEMPLO DE MONOGAMIA
PELOS
SACERDOTES DO VT E MINISTROS DO NT
Lv 21:7 -
Não tomarão (xql laqach – tomar ou receber como esposa) mulher (hva 'ishshah)
prostituta (hnz zanah – comete fornicação, adultera) ou desonrada (llx kalal –
uma mulher que foi contaminada ou imoral), nem tomarão (xql laqach – tomar ou
receber como esposa) mulher repudiada (vrg garash – mulher divorciada, lançada
fora, empurrada fora) de seu marido (vya 'iysh), pois o sacerdote é santo (vwdq
qadowsh – santo, a palavra sacerdorte é subentendida do contexto) a seu Deus
(Myhla 'elohiym).
Lv 21:14
- Viúva (hnmla 'almanah), ou repudiada
(vrg garash), ou desonrada (llx kalal), ou prostituta (hnz zanah), estas não
tomará (xql laqach), mas virgem (hlwtb bethuwlah) do seu povo (Me `am – nação,
membro de um povo, neste caso, Israel) tomará por mulher.
Lv 21:15
- E não profanará (llx kalal – profanar no sentido ritual e sexual, desonrar,
poluir, corromper, manchar, ferir, quebrar, violar [uma aliança]) a sua
descendência entre o seu povo, porque eu sou o SENHOR, que o santifico.
Lv 22:13
- Mas, se a filha do sacerdote (Nhk
kohen) for viúva (hnmla 'almanah) ou repudiada (vrg garash), e não tiver
filhos, e se houver tornado à casa de seu pai, como na sua mocidade, do pão de
seu pai comerá; mas nenhum estrangeiro comerá dele.
“desonrada
significa uma mulher que foi contaminada, uma mulher imoral. Uma mulher
abandonada pelo marido, isto é, divorciada, também não era aceitável como
esposa de um sacerdote” (comentário Bíblico de Moody).
O padrão que Deus exigia do sacerdote no Velho
Testamento e dos ministros evangélicos, pastores, missionários, conselheiros
bíblicos e professores de seminário é o mesmo padrão que ele exige de todo o
seu povo. Apenas que os ministros devem ser o principal exemplo de conduta
cristã aceitável perante Deus.
Deus não
tem dois padrões de ética, conduta ou comportamento, pois desde o Velho
Testamento ao Novo, o padrão é o mesmo, o seu próprio caráter santo, “sede
santos como eu sou Santo”, portanto, o comportamento adequado aos santos é a
santidade, igualmente exigida tanto do pastor como de suas ovelhas, a diferença
é que do pastor e mestre a exigência será mais severa, pois a quem muito é
dado, também muito é exigido.
Por isso,
aos crentes do Novo Testamento a quem muitissímo foi dado em relação aos
crentes do Velho Testamento, proporcionalmente lhes será exigido um
comportamento muito mais santo do que o dos crentes do Velho Testamento. Que a
“dureza de coração” dos crentes do VT, não será tolerada nos homens da era da
graça, especialmente dos crentes, devido ao fato, de que a “dureza de coração”
dos crentes do VT, podia até certo ponto, ser explicada, pela razão de não terem a provisão do Espírito Santo
habitando permanentemente neles, juntamente com a sua ignorância devido a
dificuldade para conseguir as Escrituras já escritas e especialmente, a
ignorância provocada pela inexistência do restante das Escrituras bíblicas que
ainda não tinham sido reveladas.
Se Deus
não permitia a um ministro do VT, no caso o sacerdote, casar-se com pessoas
divorciadas, por que, Ele iria permitir que os ministros do NT, no caso,
pastores, missionários, conselheiros bíblicos e professores de seminários, a
quem muito mais deve ser exigido, pudessem ser casados com pessoas divorciadas
? – Aos pastores e demais ministros da era da graça a exigência de Deus é clara:
“É necessário, portanto, que o bispo (o pastor) seja irrepreensível, esposo de
uma só mulher...”. (I Tm 3:2).
“O candidato não deve ter mais de uma esposa
viva de cada vez. Não deve ser bígamo ou
polígamo, e nem deve divorciar-se por motivos insuficientes”.
O Dr.
Moore (Doutor em aconselhamento bíblico), em um de seus cursos a que assisti,
ao usar este texto para falar das credenciais do conselheiro bíblico, afirmou,
que não só o pastor, mas qualquer crente que queira exercer o ministério de
conselheiro bíblico na igreja, não podia ser uma pessoa divorciada e recasada.
No
seguinte comentário sobre a frase “Marido de uma só mulher” em I Timóteo 3:12;
Tito 1:6, é mostrada a impossibilidade
bíblica de alguém envolvido em divórcio e recasamento assumir possições de
liderança, tais como diácono e pastor. Veja:
“Esta
frase (uma qualificação dum presbítero ou diácono) quer dizer que poligamia,
divórcio e promiscuidade são proibidos e que nenhum homem que pratica isso é
qualificado para ser presbítero ou diácono. Este aplica também, contrário ao
que alguns acham, para um homem divorciado e casado de novo pelas seguintes
razões: (1) O sentido literal da frase: ‘homem de uma só mulher’, inclui homens
divorciados e casados de novo. De acordo com Lucas 16:18, “Quem repudiar sua
mulher e casar com outra, comete adultério...’. Se está comentendo adultério,
então, para Deus, a primeira ainda é s sua legítima esposa e ele está vivendo
em adultério com a segunda. Isto o desqualifica de ser pastor. (2) Divórcio na
Bíblia, de acordo com Mat. 19:7,8, foi permitido por Moisés ‘por causa da
dureza de coração’ . Foi o resultado de rebelião contra Deus. Então com podia
ser um exemplo de fé numa situação assim? (3) Uma possível exceção. Um pastor
cuja esposa foi continuamente infiel a ele e o deixou (divórcio) e ele ficou
solteiro. Num caso assim, seria muito difícil servir a Deus na capacidade de
pastor. ...”.
I Tm 3:2 é mais claro e enfático quanto a
impossibilidade de um pastor ou qualquer outro líder da igreja ser divorciado e
recasado:
“...o
superintendente (bispo = pastor) deve ser irrepreensível. Ou seja: não* deve
apresentar nenhum defeito óbvio de caráter ou de conduta, na sua vida passada
ou presente, que os maliciosos, seja dentro, seja fora da igreja, possam
explorar para desacreditá-lo. Este é o significado claro de “esposo de uma só
mulher”: Em especial, sua vida sexual deve ser exemplar, e os mais altos padrões
devem ser esperados dele: deve ser casado uma só vez. O novo casamento, seja
depois do divórcio no caso de um pagão convertido, ou depois do falecimento da
sua primeira esposa, é censurado como sendo impróprio num ministro de Cristo. É
igualmente proibido aos diáconos (3:12) e aos presbíteros (Tt 1:6), e conta
como uma desqualificação nas aspirantes à ordem das viúvas (5:9).
(outras)
Alternativas propostas (mais improváveis) como interpretações são:
(a) que as palavras são dirigidas contra
manter concubinas ou contra a poligamia, i.é, ter mais de uma só esposa de uma
vez - sugestões estas que são extremamente improváveis, visto que nenhuma
destas práticas pode ter sido uma opção real para qualquer cristão comum, e
muito menos para um ministro;
(b) que meramente estipulam que o
superintendente seja um homem casado - isto está em harmonia com o alto valor
que a carta atribui ao casamento (4:3), mas é muito improvável em si mesmo, e
de qualquer maneira torna sem sentido a palavra “uma só” enfática em Grego;
(c) que o objeto é meramente preceituar a
fidelidade dentro do casamento, tratando-se de "não cobiçar outras
mulheres senão sua esposa" - mas isto é extrair do Grego mais do que o
texto pode suportar. Quanto a esta questão, bem como em tantos outros assuntos,
a atitude da antigüidade era marcantemente diferente daquilo que prevalece na
maioria dos círculos hoje, e há evidências abundantes, tanto da literatura
quanto das inscrições funerárias, pagãs e judaicas, que permanecer solteiro
depois da morte da cônjuge ou do divórcio era considerado meritório, ao passo
que casar-se de novo era considerado um sinal de auto-indulgência.
Paulo
certamente compartilhava deste ponto de vista, e embora permitisse a uma viúva
que se casasse de novo, estimava-a mais bem-aventurada se se abstivesse de um
segundo casamento (1 Co 7:40). De modo geral, embora se opusesse ao
ultra-ascetismo que desconsiderava o casamento e que aplaudia façanhas de
abnegação (cf. e.g., sua crítica das "uniões espirituais" em 1 Co
7:36-38), tinha grande respeito pela abstinência sexual completa,
considerando-a um dom de Deus, e também sustentava que o controle-próprio
periódico dentro do casamento era de valor espiritual (1 Co 7:1-7). No contexto
de tais pressuposições era natural esperar que os ministros da igreja fossem
exemplos a outras pessoas e que se satisfazessem com um único casamento. Nos
primeiros séculos cristãos, devemos notar, o segundo casamento não era
totalmente proibido, mas era considerado com nítida desaprovação.”
Se Deus
não permitiu ao sacerdote, e nem permite aos ministros evangélicos da era da
graça serem divorciados e recasados, por que permitiria aos crentes fazerem a
mesma coisa ? Paulo não esperava que os
crentes a quem ministrava tivesse um padrão de conduta cristã inferior ao dele,
pois conclamava-os a se tornarem seus imitadores, exatamente aquilo que ele era como cristão.
Deus diz que os ministros do evangelho foram dados para que todos os crentes
atinjam o mesmo padrão de maturidade e santidade, ou seja, varão perfeito
segundo a estatura de Cristo. Por isso, é incoerente imaginar que Deus vai
tolerar na vida dos crentes, algo que ele não admite e nem tolera na vida do
pastor.
Alguns
até admitem que um pastor nem pode ser divorciado e nem casado com pessoas divorciadas,
mas toleram, que diáconos e outros líderes da igreja sejam divorciados e
recasados, e quanto aos demais crentes, agem segundo o duplo padrão da igreja
católica, ao fazer divisão entre o clero e os leigos. O clero, os ministros
devem ter um padrão de conduta cristã elevada, porém, ao laicato (os leigos, ‘o
resto’ dos crentes ‘comuns’), é dado um desconto, ou seja, a eles é permitido
terem vidas “menos santas” e mais mundanas.
Este
duplo padrão tem custado caro a igreja do Senhor, pois no final das contas,
quando há duplicidade de conduta, nem líderes nem liderados expressarão genuína
santidade, mas, apenas religiosidade legalística, de modo, que cada um, fica
satisfeito com o padrão que é esperado dele, esquecendo-se que o padrão, é
igual e elevado para todos, o próprio caráter de Deus, “sede santos como eu sou
santo” e não “sede santos conforme a média dos crentes de sua igreja”.
Embora a
santidade tenha relação direta com a obediência
às leis de Deus, ela é muito mais do que penosa e relutante observância
de cada princípio e regra das Escrituras Sagradas. Santidade é muitíssimo mais
que obediência, é acima de qualquer coisa um relacionamento vivo e pessoal com
Deus baseado num amor que deseja imitar o caráter do Amado, pois sabe que
somente assim o relacionamento será perfeito, de modo que agradá-lo acima de
tudo e a qualquer custo, torna-se um prazer espiritual e não um sacrificio.
Esse prazer em se imolar para a glória de Deus é graça, pura graça.
Nada há
mais penoso e desesperador para o legalista do que se deparar com as exigências
da lei. A lei torna-se o seu tormento e o ladrão da sua felicidade, pois ela o
conduz fracasso após fracasso, ferindo seu orgulho e auto-suficiencia, pois
quando se propõe a cumprir algumas dezenas de
mandamentos e regras que selecionou conforme sua preferência pessoal, ao
cair num só, vê ruir todos os outros.
Quanta
paz não teria se parasse de colecionar as regras e mandamentos que gosta de
tentar obedecer, e se entregasse ao alvo e desafio da poderosa graça de Deus de
fazer os santos gostarem do que Deus gosta e odiar o que Ele odeia, fazê-los
cientes de que Sua palavra sempre está certa, é sempre justa, boa e perfeita e
que obedecê-la é um privilégio dado aos santos que morreram para o pecado e
para mundo, e nasceram de novo como cidadãos do céu, que se deleitam em pensar
nas coisas lá do alto e não nas que são aqui da terra.
O
DIVÓRCIO EM NÚMEROS
Nm 30:8-9
- “Mas, se seu marido o desaprovar no
dia em que o ouvir e anular o voto que estava sobre ela, como também o dito
irrefletido dos seus lábios, com que a si mesma se obrigou, o SENHOR lho
perdoará. No tocante ao voto da viúva (hnmla 'almanah) ou da divorciada (vrg
garash), tudo com que se obrigar lhe será válido”.
Este
texto de número serve apenas para reconhecer a figura da mulher divorciada no
meio da comunidade de Israel e regular quanto a suas responsabilidades em
relação ao votos que viesse a fazer. Pois, se estivesse sob a autoridade de um
marido, o cumprimento de seu voto estaria subordinado ao marido.
http://facebook.com/JOSEGERALDODEALMEIDA
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