O REPÚDIO DE DEUS A SUA
ESPOSA ISRAEL
Sua Exemplar Atitude a Ser
Seguida Pelos Fiéis
DEUS, a
quem a bíblia manda imitar, deixou-nos exemplo a ser seguido, pois, mesmo sendo
a parte fiel, inculpável e santa, embora tenha repudiado a sua esposa Israel, a
pior e mais infiel esposa descrita na história bíblica, no entanto, nunca se
divórciou dela, de fato e de verdade, rompendo definitivamente a aliança
original, como é feito no repúdio-divórcio pagão, mas, de modo contínuo e
perseverante a buscou restaurar e reconciliar.
No Velho Testamento, Israel é visto como esposa
de Jeová, e devido ao seu adultério espiritual (idolatria – deixar Deus, por
outros amantes-ídolos), Deus (Seu marido legítimo espiritual) a repudiou
(separou-se [afastou-se] dela por algum tempo), e chegou mesmo a dar-lhe carta
de divórcio, no sentido, de que, efetivava a separação enquanto ela se
mantivesse em adultério, porém, toda a história do relacionamento de Deus com
Israel, revelada na Bíblia, mostra-nos, que a carta de divórcio, dada por Deus
a Israel, nada tem a ver com a carta ou documento de divórcio originada com os
pagãos e feita nos cartórios modernos, documento, que aos olhos dos homens,
desfaz completamente a aliança entre marido e mulher, realizado no dia do seu
casamento, como se ambos nunca tivessem sido casados, dando direito a múltiplos
novos “casamentos”.
è Nos
textos abaixo, fica claro, que o desavergonhado adultério de Israel, não foi
forte o bastante para romper a aliança que Deus tinha com aquele povo.
“[Israel]
foste como a mulher adúltera, que, em lugar de seu marido [Jeová], recebe os
estranhos [Ídolos]”. (Ez 16:32)
“[Israel]... tu tens a fronte de prostituta e
não queres ter vergonha”. (Jr 3.3b)
“Assim
diz o SENHOR: Onde está a carta de divórcio de vossa mãe, pela qual eu a
repudiei?” (Is 50:1)
“Quando,
por causa de tudo isto, por ter cometido adultério, eu despedi a pérfida Israel
e lhe dei carta de divórcio, vi que a falsa Judá, sua irmã, não temeu; mas ela
mesma se foi e se deu à prostituição”. (Jr 3:8) A carta de divórcio dada por
Deus a Israel, não rompia a aliança feita com Israel, mas, trazía-lhe
disciplinar castigo, para mostrar-lhe que uma relação com Deus o Deus Santo,
deve ser santa, e se há traição e grosseira infidelidade, não há condições para
comunhão, e sim para separação (repúdio)
até que haja arrependimento ou o outro morra. O próprio Deus, mesmo
após, o repúdio, continuamente, sem perder a esperança, buscou reconciliação
com Israel, e de modo nenhum quebrou a aliança feita com Ele. Ao contrário dos
que vêem, no adultério, razão para mais que repúdio, mas, para divórcio-pagão
(que separa o que Deus diz que o homem não pode separar), Jeová, que tinha todo
direito, de divórciar-se de Israel, suportou a Sua infidelidade, e não cessou
de tentar não só a reconciliação com ela, mas restabelecê-la completamente, em
sua posição de esposa. è É desconcertante e ao mesmo tempo comovente vê a Deus,
o melhor, o mais amoroso, o mais generoso e mais fiel esposo registrado na
Bíblia, mandando recados de amor e reconciliação através de seus profetas, em
um claro e incansável objetivo, de reconquistar aquela, que aos olhos da lei
merecia ser apedrejada até a morte, por ser, a mais vil, ingrata e infiel
esposa, que se tem registro. “Vai, pois, e apregoa estas palavras para o lado
do Norte e dize: Volta, ó pérfida Israel, diz o SENHOR, e não farei cair a
minha ira sobre ti, porque eu sou compassivo, diz o SENHOR, e não manterei para
sempre a minha ira. Tão-somente reconhece a tua iniqüidade, reconhece que
transgrediste contra o SENHOR, teu Deus, e te prostituíste com os estranhos debaixo
de toda árvore frondosa e não deste ouvidos à minha voz, diz o SENHOR.
Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o SENHOR; porque eu sou o vosso esposo e
vos tomarei, um de cada cidade e dois de cada família, e vos levarei a Sião”.
(Jr 3:12-14). Como Deus poderia se divórciar de sua esposa Israel, se Ele mesmo
disse que odeia o divórcio? è Mesmo depois de dizer que tinha dado carta de
divórcio a Israel em Jr 3:8 (...eu despedi a pérfida Israel e lhe dei carta de
divórcio...), Deus, o esposo traído, continua afirmando que, mesmo após ter
dado a carta de repúdio (divórcio) a Israel,
Ele, ainda continuava sendo o esposo de Israel, ou seja, que a carta de
divórcio, que Ele deu a Israel, não quebra o vínculo indissolúvel criado pela
aliança que Ele tinha com Israel, mas, causa separação a nível de comunhão
(este repúdio aqui poderia ser comparado ao desquite ou separação judicial.
Ver:
Jr 3:8
(...eu despedi a pérfida Israel e lhe dei carta de divórcio...) com Jr 3:14 –
(“... porque eu sou o vosso esposo e vos tomarei, um de cada cidade e dois de
cada família, e vos levarei a Sião”). (Jr 3:14).
“Volta, ó
[esposa] Israel, para o SENHOR [esposo], teu Deus, porque, pelos teus pecados,
estás caído... Curarei a sua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei, porque a
minha ira se apartou deles”. (Os 14:1,4)
Se não há
dureza de coração (rebelião contra a vontade e Palavra de Deus), mas, se há
verdadeiro temor a Deus, não há como evitar o dever de imitar a Deus, em seu
doloroso relacionamento com sua infiel esposa, Israel. Deus espera, que, nos
mantenhamos fiéis a aliança original de casamento, mesmo que isso seja feito
apenas de nossa parte, ou até mesmo depois de ter havido a pagã carta de
divórcio. O que interessa aqui, não é se isso é fácil, mas que é isso que Deus
espera que cada pessoa que teme a Ele faça, e se é isso que Ele quer que
façamos, com certeza Ele suprirá a força e a graça suficiente para que isso
possa ser feito - “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados”; (Ef
5:1). ”Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”. (Mt
5:48).
Cabe neste ponto dá algumas definições e
distinções a bem da boa compreensão deste trabalho.
DESQUITE
ou SEPARAÇÃO JUDICIAL – É a separação formalizada em cartório onde os cônjuges
sofrem o que é chamado de separação de cama e mesa, porém, não dá direito aos
desquitados ou separados judicialmente de recasarem. Neste caso, não há
rompimento do vínculo legal do casamento, de modo, que o desquite (nome antigo)
e a separação judicial (nome atual) dão direito a restauração plena dos antigos
laços matrimoniais perante a lei. Para a mentalidade judaica e pagã, uma
separação ou divórcio que não dessem direito a recasamento era inconcebíbel,
porém, vimos que essa era a mentalidade de Deus, que se separou judicialmente
de Israel, dando-lhe carta de divórcio, mas continuo fiel ao compromisso da
aliança, por isso, independentemente do que aconteceu, acontecia ou viesse a
acontecer, Ele continua a se condiderar esposo de Israel e de chamar a Israel
de sua esposa. “... eu despedi a pérfida
Israel e lhe dei carta de divórcio... porque eu sou o vosso esposo e vos
tomarei, um de cada cidade e dois de cada família, e vos levarei a
Sião....Volta, ó [esposa] Israel, para o SENHOR [esposo], teu Deus, porque,
pelos teus pecados, estás caído... Curarei a sua infidelidade, eu de mim mesmo
os amarei, porque a minha ira se apartou deles". (Jr 3:8, 14; Os 14:1,4)
DOIS SENTIDOS BÍBLICOS PARA A PALAVRA “REPÚDIO”:
-
Tecnicamente repúdio e divórcio são termos sinônimos a diferença pode ser feita a partir do
contexto em que a Palavra é usada.
Exemplo
de palavras, que só dá para saber exatamente o que significam conforme o
contexto em que estão inseridas: “Carne” pode significar, uma parte do corpo
humano, ou a natureza má e egocêntrica, ou descendência, etc...
1)
“REPÚDIO” NO SENTIDO PAGÃO DA PALAVRA É SINÔNIMO DE “DIVÓRCIO” – Que aos
olhos das leis humanas, rompe definitivamente o vínculo matrimonial, dando
direito a recasamento.
- Foi a
este tipo de repúdio a que se referiu Moisés, ao qual Deus disse odiar, e a
quem Jesus se referiu como uma concessão feita por Moisés devido a dureza dos
corações dos israelitas viciados com os costumes pagãos dos egípcios.
2)
“REPÚDIO” NO SENTIDO MAIS PRÓXIMO DE “DESQUITE OU SEPARAÇÃO JUDICIAL” –
Acredito, que foi neste sentido que Jesus permitiu a separação de um cônjuge
adúltero que não quer se arrepender nem se reconciliar. O repúdio neste caso
seria equivalente a carta de divórcio que Deus deu a sua esposa simbolica
Israel, mas que era equivalente a um desquite ou separação judicial, ou seja,
permitia restauração do casamento original.
à
Portanto, a excessão dada por Cristo, no caso de relações sexuais ilícitas,
daria no máximo, direito um repúdio, num sentido parecido com desquite ou
separação judicial, que impediria um novo casamento, ao passo que deixava
aberta a oportunidade de reconciliação e restauração do matrimônio em crise.
O DIVÓRCIO EM
MALAQUIAS
A ATITUDE
DE DEUS PARA COM O DIVÓRCIO E RECASAMENTO
E A
QUESTÃO DO CULTO OFERECIDO POR DIVORCIADOS E RECASADOS
O próprio
Deus afirma em Sua Palavra que amaldiçôou com ódio o repúdio (com o sentido
moderno de divórcio) e consequente
recasamento, de modo que, não aceita os gemidos e choro de suas orações,
nem tem prazer nas suas ofertas, ou seja, rejeita o seu culto.
Às vezes
me surpreendo com a maneira dura e inflexível com que Deus trata neste texto os
que se envolvem nesta questão do divórcio e recasamento. O tratamento de Deus,
a essas pessoas é bem diferente daquele prestado pelas igrejas modernas. Sem
nenhuma ‘suavização’, “flexibilidade” ou relativismo (desaprovando o conceito
relativista de que cada caso de divórcio e recasamento é um caso a ser
analizado separadamente), mas de forma direta, clara e de certo, modo, inclemente,
incluindo todos que pactuam com divórcio e recasamento, Deus mostra a
insensatez e terríveis conseqüências que cairão sobre os profanadores dos laços
conjugais. Se de acordo com a legislação humana, o homem só pode recasar após o
divórcio, e a Bíblia declara que esse divórcio é odioso a Deus, como poderíamos
imaginar que Deus, teria como menos odioso o recasamento produzido por este
divórcio? A bíblia nos previne contra a insensatez, ou seja, não querer seguir
um mínimo de bom senso e raciocínio lógico. Como o homem poderia tornar amável,
aquilo que Deus odeia? Como o homem pode desfazer de modo aceitável, aquilo que
Ele proibe claramente: desajuntar o que Ele ajuntou? Como o homem pode
santificar e abençoar o que Deus amaldiçôou ?
“Se o não ouvirdes e se não propuserdes no
vosso coração dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei sobre
vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado,
porque vós não propondes isso no coração. Eis que vos reprovarei a descendência,
atirarei excremento ao vosso rosto, excremento dos vossos sacrifícios, e para
junto deste sereis levados... E perguntais: Por quê? Porque o SENHOR foi
testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste
desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança... Portanto,
cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.
Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio” - (Ml
2:2,3,4,15b,16).
Quando acima, disse que neste texto, Deus fala
de modo inclemente em relaçãos aos recasados aapós divórcio, é porque, para ter
clemência com os recasados após divórcio, ele faltaria com Sua clemência, para
com aqueles que foram abandonados e entregues a própria sorte, após o divórcio.
Em geral, as pessoas, na característica injustiça humana, só pensa no bem
estar, do novo casal, mas esquecem do rastro de miséria que deixam atrás de si
após um divórcio.
Como o homem poderia abençoar ao que Deus
amaldiçôou?
“...
enviarei sobre vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho
amaldiçoado...” (Ml 2:2)
“... E
perguntais: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha da aliança entre ti e a
mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua
companheira e a mulher da tua aliança...”.
No texto
de Malaquias 2, Deus diz que Deus amaldiçoa e odeia o divórcio.
Por que,
o divórcio e recasamento estão sob o ódio e maldição de Deus ?
1. Porque desonra o nome santo de Deus:
“não
propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome... foste desleal, sendo ela
a tua companheira e a mulher da tua aliança”
– De modo
que o divórcio e recasamento, especialmente, entre pessoas que se dizem
“crentes”, não somente traz desonra a Deus, como também faz com que seu Santo
nome seja blasfemado entre os pagãos.
2. Porque destróe a próxima geração – Os filhos
.
Ml 2:15 –
“Não fez o SENHOR um, mesmo que havendo nele um pouco de espírito? E por que
somente um? Ele buscava a descendência (filhos) que prometera. Portanto, cuidai
de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade”.
Sobre o
impacto destruidor do divórcio sobre os filhos, veja o tópico sobre o impacto
demolidor dos números do divórcio sobre
a sociede, a família (especialmente os filhos) e sobre a igreja.
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http://facebook.com/JOSEGERALDODEALMEIDA
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