sábado, 26 de outubro de 2013

O divórcio e o recasamento-P/11—26/10/2013




4a QUESTÃO – ADULTÉRIO ROMPE A ALIANÇA

SE O ADULTÉRIO NÃO ROMPE O CASAMENTO, POR QUE CRISTO PERMITIU DAR CARTA DE DIVÓRCIO NO CASO DE RELAÇÕES SEXUAIS ILÍCITAS?
RESPOSTA:
O ADULTÉRIO PROFANA, TRAUMATIZA, COMPLICA O RELACIONAMENTO, MAS NÃO DESFAZ O VÍNCULO MATRIMONIAL.

SE O ADULTÉRIO DE UM DOS CÔNJUGES, DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO PUDESSEM ANULAR O PRIMEIRO CASAMENTO, DEUS NÃO DIRIA CLARAMENTE, QUE QUEM CASAR COM ALGUÉM REPULDIADO COMETE ADULTÉRIO, E DESDE QUE PARA HAVER ADULTÉRIO TEM DE EXISTIR UM CASAMENTO A SER ADULTERADO, ISSO, LOGICAMENTE SIGNIFICA, QUE O VÍNCULO DO CASAMENTO ANTERIOR NÃO FOI ROMPIDO, DE MODO QUE, O ADULTÉRIO, PROFANA, MACULA, COMPLICA A SITUAÇÃO, ATRAI MALDIÇÃO E CASTIGO, PORÉM, NÃO ROMPE O CASAMENTO ORIGINAL.
“Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério”. (Lc 16:18)

O ADULTÉRIO E SUA DIMENSÃO
QUE É MAIS FORTE? – O VÍNCULO DO CASAMENTO OU A PROFANÇÃO DO ADULTÉRIO?

O adultério na Lei Mosaica é basicamente definido como fazer sexo com uma mulher que pertencia a outro homem pelo casamento ou pelo noivado, que no judaísmo já criava um vínculo, cuja infidelidade sexual de qualquer das partes constitue adultério. (Lv 20,10; Dt 22,22ss).
O adultério, para existir, requer um vínculo matrimonial a ser adulterado ou profanado. De fato, o adultério, embora não quebre o vínculo matrimonial, quebra os votos, promessas, ou compromisso feito por ocasião da aliança matrimonial, e a aliança entre os cônjuges fosse uma aliança meramente humana, condicionada ao comprimento humano daqueles votos, a aliança estaria rompida e o vínculo do casamento desfeito. Porém, o vínculo do casamento, para ser mantido, não está baseado nas cirscuntancias, sentimentos, impulsos, cumprimento ou descumprimentos dos votos. Mas está na decisão do casal em fazerem uma aliança, testemunhada por Deus, que depois de haver sido feita, foi selada por Deus, de modo, que nada que o homem faça, inclusive atos odiosos a Deus, atos feitos pelo homem, como o adultério e o divórcio,  poderão quebrar o selo de indissolubilidade criado pela aliança matrimonial. Por isso, o Senhor disse: “Portanto, o que Deus a-juntou não o separe o homem”. (Mt 19:5,6).
A VERDADEIRA DIMENSÃO DO ADULTÉRIO
1.      Para a sociedade mundana e pagã, o adultério é mais um fato da vida, que foge ao ideal mais que pode ser plenamente tolerado e até justificado;
2.      Aos olhos de Deus o adultério é um pecado terrível e de conseqüências trágicas, tanto nesta vida, quanto no porvir. Nos dez mandamentos sua proibição vem mencionada, logo após o assassinato (Ex 20:13-14). 
3.      No Velho Testamento o adúltero era tão prejudicial e perigoso a comunidade santa de Israel, que deveria ser arrancado radicalmente da mesma, num punição pública, para que servisse de exemplo para todos. Morte por apedrejamento. - Lv 20:10
4.      No Novo Testamento, embora, tenha sido suspensa a pena de morte, Deus prometeu julgar todos os fornicário e adúlteros com a exclusão do Reino de Deus - Hb 13:4; 1 Co 6:9-10.
5.      Na lei do VT não havia provisão graciosa para os adúlteros, embora, houvesse parcialidade na pena de morte, que quase sempre era aplicada apenas a mulher, e não ao adúltero e a adúltera como mandava a lei. Vemos essa parcialidade até no tempo de Cristo, pois somente a mulher foi levada para ser apedrejada.
6.      Na obra graciosa de Deus através de Cristo, foi feita provisão graciosa para todos os perdidos, com essa da blasfemia contra o Espírito Santo. Isso porque a missão de Cristo era exatamente buscar e salvar os perdidos. Um belo exemplo dessa graça perdoara aplicada aos adúlteros é visto quando Jesus mostra simpatia e misericórdia para com a mulher adúltera trazida a sua presença pelos fariseus. Mostrou-lhe sua graça, sem ser conivente com o seu pecado, por isso lhe faz uma séria advertência: “vá e não peques mais” (Jo 8:1-11).
- Muitos, convenientemente, só vêem o ato de misericórdia de Cristo, mas não conseguem enxergar a sua advertência de não mais continuar no adultério.

2. ALIANÇA QUE FUNDAMENTA O CASAMENTO E A PROFANAÇÃO DO ADULTÉRIO:
1.      Aliança entre marido e mulher se veste de um grau de indissolubilidade tão grande e misterioso, que é usada para ilustrar a aliança de caráter indissolúvel no Velho Testamento entre Jeová, o esposo, e Israel a esposa (Os 2:21s; Is 54:5s)
2.      Embora, a infidelidade da esposa simbólica de Jeová, Israel, por se entregar a adoração de ídolos, seja, chamada de adultério e prostituição da mais baixa e vergonha possível, e apesar, ferido em seu amor, Jeová, o marido, dê carta de repúdio a vil adultera, está carta de repúdio era diferente do divórcio pagão que rompia a aliança, pois, Jeová, continua se considerando marido da repudiada, e faz tudo para restaurá-la na sua plea condição de esposa.  (Os 2:4, 7; 4:10; Jr 5:7; 13:27; Ez 23:43ss; Is 57:3)
3.      Portanto, o adultério é pecado gravíssimo e de efeitos terríveis, pois, embora, não destrua o vínculo do casamento, destróe a harmonia, respeito, confiança e felicidade do lar. Por isso, o castigo de Deus para os adúlteros é tão radical e extremado, tanto no Velho Testamento, a pena de morte, como no Novo Testamento, a exclusão da membrasia da igreja, e continuar impenitente do adultério será excluído do Reino de Deus, ou seja, o inferno.

5A QUESTÃO - “COMETER ADULTÉRIO” E “VIVER EM ADULTÉRIO”

EXISTE, MESMO, UMA DIFERENÇA ENTRE “COMETER ADULTÉRIO” E “VIVER EM ADULTÉRIO”  DE MODO QUE, O CASAL DE RECASADOS COMETE ADULTÉRIO APENAS QUANDO RECASA, MAS APÓS SEU ARREPENDIMENTO, DEIXAM DE VIVER EM ADULTÉRIO?
ISTO É VERDADE, OU É MAIS UMA DESCULPA ANTIBÍBLICA PARA ALIVIAR A CONCIÊNCIA DE DIVORCIADOS E MANTÊ-LOS NO ROL DE MEMBROS DA IGREJA?
Rom. 7: 2,3 - ”Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que, enquanto viver o marido, será considerada  adúltera, se for de outro homem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se for de outro marido”.
I Co. 7:39 - "A mulher está ligada ao marido  enquanto ele viver, contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor"
Creio sinceramente na existência de um razoável número de pessoas, que sinceramente considero meus irmãos em Cristo, e que, entraram  nesta difícil situação devido a vários fatores presentes em nossa época, que explicam a razão deles terem entrado em divórcio e recasamento. Creio, inclusive, por que sinceramente, à parte da graça e misericórdia de Deus, não me acho melhor e nem mais espiritual do que qualquer crente divorciado e recasado, que estaria na mesma situação deles, se não fosse a graça de Deus e estivese numa época em que as denominações e igrejas passassem a tratar o casamento como algo “importante” (enquanto for conveniênte), mas descartável, e que o divórcio e os recasamentos, embora, não sejam o “ideal de Deus” para o crente, podem ser tolerados e até mesmo “santificados”, no sentido, de se tornarem plenamente lícitos e aprovados por Deus.
Por isso, neste trabalho, tento sinceramente, despertar a consciência dos pastores, mestres de seminário e líderes da igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo para o decesivo papel que eles exercem em muitos destes divórcios e recasamentos. Mesmo antes, mas especialmente depois de começar este trabalho, já conversei com muitos crentes divorciados, e sempre tive a curiosidade de lhes perguntar qual foi o fator decisivo que os levou a tomar uma decisão de natureza tão drástica, quanto um divórcio e um recasamento. A resposta, quase que invariavelmente era que, além de não verem nem uma saída para os seus casos, encontraram apoio de seus pastores ou algum professor de seminário, que lhes asseguraram que embora o ideal Divino era o casamento, se os problemas não pudessem ser contornados, especialmente, no caso de adultério, a saída era de fato um divórcio e recasamento, com a vantagem de serem aprovados por Deus.
             QUESTÃO - HILLEL E SHAMMAI

AO DAR A EXCESSÃO POR CAUSA DE ADULTÉRIO JESUS NÃO ESTAVA REPÚDIANDO O LIBERALISMO DA ESCOLA DE HILLEL E SE POSICIONANDO AO LADO DA ESCOLA CONSEVADOR DE SHAMMAI?
                        Resposta:
JESUS NÃO ESTAVA CONCORDANDO NEM COM HILLEL E NEM COM SHAMMAI, NEM MESMO COM MOISÉS. JESUS PASSA POR CIMA DE TODAS  AS DITORÇÕES DO PLANO DE DEUS DEPOIS DA QUEDA, E RETORNA AO PRINCÍPIO, AO PROPOSITO ORIGINAL DE DEUS ORIGINAL PARA O CASAMENTO, QUE ERA DE UMA UNIÃO INDISSOLÚVEL. PRINCÍPIO ESSE QUE NUNCA FOI ALTERADO.

A ASTÚCIA DOS FARISEUS - “alguns fariseus, o experimentaram”.

Mc 10:2  E, aproximando-se alguns fariseus, o experimentaram, perguntando-lhe: É lícito ao marido repudiar sua mulher?
De acordo com Robertson, os fariseus tentavam colocar o Senhor numa situação difícil perante os seus ouvintes e discípulos.
Os fariseus,  "não podiam fazer uma pergunta a Jesus sem ser por motivos sinistros" (Bruce). Vejam 4:1 para a palavra (peirazw). {Por qualquer motivo ou causa} (kata pasan aitian). Esta cláusula é uma alusão a disputa entre as duas escolas teológicas sobre o significado de Dt 24:1. A escola de Shammai adotou o ponto de vista severo e impopular sobre o divórcio apenas no caso de  incastidade,  enquanto que a escola de Hillel adotou a visão  liberal e popular sobre o divórcio fácil,  por qualquer motivo, tal como no caso, do capricho do marido que encontrou uma  mais bonita  ou porque queimou seus biscoitos para o café da manhã. Era um belo dilema cuja finalidade é prejudicara imagem de Jesus perante as pessoas. 
                
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