quarta-feira, 8 de agosto de 2018

UMA ATITUDE PODE SALVAR TEU CASAMENTO...P/01...08/08/2018






O dia finalmente chegou.
Eu insisti o quanto pude para manter meu casamento.
Assim que Fábio, meu marido, saiu para o trabalho, fiz uma única mala para mim e meu filho de 14 meses e abandonei nosso lar.
Este era o único ano em nosso casamento que vivíamos na mesma cidade que meus pais.
Obviamente, a conveniência de poder correr para os braços de papai e mamãe tornou a decisão de deixar Fábio mais fácil.
Foi com um rosto enraivecido e molhado de lágrimas que entrei na cozinha de minha mãe.
Ela pegou o bebê enquanto eu, entre soluços, fazia minha declaração de independência.
Depois de lavar o rosto e tomar um copo de coca, mamãe me disse que papai e ela me ajudariam.
 Era reconfortante saber que eles estariam ali para me apoiar.
 Mas, antes que deixe Fábio definitivamente  ela disse , tenho uma tarefa para você.
Minha mãe colocou o bebê adormecido na cama e, pegando uma folha de papel e uma caneta, traçou uma linha vertical dividindo a folha ao meio. Ela me explicou que eu deveria escrever na coluna da esquerda uma lista de todas as coisas que Fábio havia feito e que tornavam impossível a convivência com ele.
Conforme observava a linha divisória, imaginei então, que ela me pediria para relacionar as boas qualidades de Fábio na coluna da direita.
“Vai ser fácil”, pensei.

Imediatamente a caneta começou a deslizar sobre o papel, e rapidamente cheguei ao final do lado esquerdo.
Para começar,  Fábio nunca juntava as roupas que ele deixava pelo chão, sempre deixava a toalha molhada na cama.
Nunca me avisava quando ia sair.
Dormia durante os cultos.
Tinha hábitos deselegantes e embaraçosos, como por exemplo, assoar o nariz ou arrotar à mesa.
Nunca me comprava bons presentes.
Recusava-se a combinar as roupas, era rigoroso com gastos e não me ajudava com as tarefas domésticas.
 Também não  gostava de conversar comigo.
Deixou de ser romântico.
A lista continuava até encher toda a folha.
Certamente eu tinha evidências mais do que suficientes para provar que nenhuma mulher seria capaz de viver com este homem.
Declarei pretensiosamente, logo que terminei:
Agora sei que você vai me pedir para escrever as boas qualidades de Fábio do lado direito.
Não – ela respondeu.
Eu já conheço as qualidades de Fábio.
Em vez disso, gostaria que, para cada item do lado esquerdo, escrevesse qual foi a sua reação e o que você fez.
Bem, isto já seria mais difícil.
Eu já havia pensado nas poucas qualidades de Fábio que poderia mencionar.
Porém, em nenhum momento considerei pensar sobre mim mesma.
Eu tinha certeza que mamãe não me permitiria deixar a tarefa incompleta. Então, comecei a escrever a segunda coluna.
Em resposta às atitudes dele eu fazia cara feia, chorava e sentia raiva.
Eu me envergonhava de sua companhia.
Eu me comportava como uma “mártir”.
Desejava ter me casado com outra pessoa.
Dava-lhe o  “tratamento silencioso”.
Acreditava que era boa demais para ele.
O meu lado da lista parecia não ter fim.
Quando cheguei ao final da página, mamãe pegou o papel da minha mão e foi até a gaveta do armário.
Ela pegou uma tesoura e cortou-o ao meio no sentido da linha vertical que havia traçado.
Pegou a coluna da esquerda, amassou-a e a jogou no lixo; e voltando-se em minha direção me entregou o lado direito.
Ana, leve esta lista de volta para casa com você , ela me disse.
Passe o restante do dia refletindo sobre ela.
Ore sobre isso.
Cuidarei do bebê até o anoitecer.
Se fizer o que estou lhe pedindo, e depois se você sinceramente ainda quiser se separar de Fábio, seu pai e eu estaremos aqui para lhe ajudar.
TEM CONTINUAÇÃO.

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